A “Mundialite” que mudou o jogador | Taremi

    Um ponta de lança pode definir o sucesso ou o insucesso de uma equipa. Alguém com critério e eficácia frente à baliza é o típico “meio-golo”, dá segurança aos colegas em campo e aos adeptos, já que o finalizador está apto para o fazer: finalizar. E Mehdi Taremi habituou o Dragão a ser esse jogador

    Dividiremos a cronologia em dois períodos: o pré-Mundial e o pós-Mundial.

    No pré-Mundial, o FC Porto já teria acumulado algumas exibições desastrosas que deixaram toda a massa adepta boquiaberta com a discrepância entre a época passada e a atual. O jogo não fluía como antes e ninguém ficou contente. Mas o nosso homem-golo, ia somando boas prestações em campo, procurava puxar a equipa, procurava ser parte da jogada sem esperar lá na área adversária receber um passe certeiro.

    Além de ser uma parte já devidamente integrada no sistema tático de Conceição, Taremi não sentia a pressão de estar “cara a cara” com o guarda-redes adversário, acumulando golos pelas variadas frentes nas quais os dragões estavam inseridos.

    Assim era o momento de forma de Taremi, um jogador com garantias resultados e boas exibições em qualquer jogo, durante a semana ou no fim de semana.

    O mundo do futebol parou, o Mundial aconteceu, a Argentina foi a grande vencedora e os campeonatos arrancaram de novo.

    Alguns jogadores aproveitaram a paragem para fortalecer o seu jogo e assumir cada vez mais importância para a equipa, o FC Porto precisava de algumas figuras de referência, uma vez que o campeonato estava longe de estar decidido, outros, como é o caso aqui representado, vieram irreconhecíveis daquilo que foram antes da paragem.

    Taremi foi um desses jogadores, a “Mundialite” atacou o iraniano e deixou-o na sombra do jogador que era. Claro que o jogador ainda oferece muitas das suas características ao jogo, ainda procura o jogo interior e abrir linhas de passe. No entanto, falta algo ao iraniano, a frieza e a inteligência que o diferenciavam dos restantes, deixou de aparecer e os golos vão-se esfumando.

    A temporada não tarda em findar, na memória do portista vai sempre estar presente a lembrança do mundial que mudou o jogador.

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    Ricardo Rafael Silva
    Ricardo Rafael Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo Rafael é um jovem estudante de ciências da comunicação e adepto do FC Porto. Olha para o futebol sempre com ar crítico e procura ver o melhor do desporto.