Jogo de extrema importância para o Futebol Clube do Porto, na caminhada que se faz longa rumo ao título de campeão nacional. Os dragões foram para este embate com a plena noção de que eram precisom “argumentos para ganhar” a um União que tinha “vontade de pontuar em casa” e que se apresentava como a quinta melhor defesa do campeonato, apesar de ter dois encontros em atraso.
Destaque na equipa do FC Porto para as inclusões de Jesús Corona e Pablo Osvaldo na equipa inicial em detrimento de Bueno e Vincent Aboubakar respetivamente. Os azuis e brancos apresentaram no seu onze inicial: Casillas; Maxi Pereira, Martins Indi, Marcano e Layún; Herrera, Danilo e André; Corona, Osvaldo e Brahimi.
No União não existiram surpresas num onze composto por: André Moreira, Paulinho, Diego Galo, Paulo Monteiro, Joãozinho, Shehu, Soares, Gian, Amilton, Élio e Danilo Dias.
Na primeira parte entra melhor o FC Porto, com as linhas muitos subidas, com um meio campo muito móvel e com os alas muito ativos, naturalmente o golo surgia logo aos 12 minutos pelo médio mexicano Herrera. O dragão de ouro 2015 que está a viver uma época com altos e baixos ao serviço dos dragões, finaliza a meias com Joãozino, uma jogada muito bem construída a passar por quase todos os elementos do ataque do FC Porto.
Passado apenas 2 minutos é a vez que Brahimi corresponder a um cruzamento de Maxi da melhor maneira. Vendaval portista que tinha nos extremos e nos laterais os maiores intervenientes. O União com um meio campo muito musculado e compacto não conseguia travar as letais investidas dos dragões pelas faixas. Não tardava muito em acontecer o terceiro golo do FC Porto por intermédio de Jesús Corona, num cruzamento-remate com a bola a ressaltar num tufo de relva e a entrar ao ângulo superior esquerdo da baliza defendida por André Moreira. Uma felicidade que resulta num golo sensacional.
Até ao final do primeiro tempo o jogo era completamente controlado pelos comandos de Lopetegui, que com o resultado a seu favor dominavam com a sua típica posse de bola defensiva. É de realçar duas oportunidades, uma por Pablo Osvaldo num remate cruzado a embater em Paulo Monteiro e outra por Yacine Brahimi com André Moreira na pequena área a cortar as intenções portistas de chegar ao quarto golo.
A segunda metade conta uma história completamente diferente. A perder por três bolas o União tenta mais atrevidamente chegar à baliza de Casillas. Amilton e Shehu foram as principais dores de cabeça para os visitantes que apenas já jogavam com o relógio.
O FC Porto muito trapalhão a todos os níveis, a começar no guarda-redes que quase propiciou um frango aos 48 minutos e a passar por todos os elementos que não eram capazes de fazer um transporte de bola seguro, destacava-se o enorme número de passes falhados.
A completar a má exibição na segunda parte do FC Porto, dá-se relevância à expulsão muito duvidosa de Pablo Osvaldo. O avançado argentino envolveu-se com Paulo Monteiro, com uma entrada de sola mas sem atingir o defesa. Expulsão exagerada protagonizada pelo árbitro Bruno Paixão.
Num jogo sem brilho de maior, ainda se viu André Moreira brilhar numa excelente defesa num livre cobrado pelo capitão portista Maicon e para terminar em beleza um golo apontado por Danilo Pereira numa jogada estudada, que começa na marcação de um livre. Maxi toca para Layún e o mexicano cruza para o coração da área, onde aparece Danilo Pereira com exuberância a finalizar da melhor maniera.
Vitória muito saborosa do FC Porto que vence com inteira justiça e põe fim à série de maus resultados na Madeira. Os azuis e brancos começaram a construir desde bem cedo a vantagem e até final não houve uma ocasião em que Casillas tivesse sido colocado à prova. Este triunfo deixa os dragões a dois pontos da liderança e com confiança acrescida para os próximos jogos com o Paços de Ferreira e Chelsea.
A Figura:
Danilo Pereira- Pelo virtuosismo e maturidade que apresentou. É hoje um jogador que sabe ler o que o jogo pede nos seus diversos momentos e também pelo golo mais do que merecido que marcou. Danilo mostra-se como a opção mais consistente no meio campo portista e que está pronto para ser titular da Seleção Nacional.
O Fora-de-Jogo:
Pablo Osvaldo – Não esteve bem, vê-se de longe que é um jogador sem rotinas de jogo e sem entrosamento dentro da equipa, apenas teve destaque num remate que nem sequer foi ao encontro da baliza. Começa a ser um jogador a mais no Futebol Clube do Porto, sem a simpatia dos adeptos e ainda por cima com a expulsão de hoje torna-se cada vez mais óbvio que em Janeiro, Osvaldo estará de saída da Invicta.
Foto de Capa: FC Porto