Num clássico em que o FC Porto saiu como vencedor, em casa do Sporting, ficam na retina as exibições luxuosas do dinamarquês Victor Froholdt e do brasileiro, William Gomes.
Dois jovens de 19 anos que têm aproveitado a chegada do novo treinador, Francesco Farioli, para se destacarem nesta nova era dos dragões. O médio Froholdt, que veio para ser titular, está a demonstrar o porquê de ter custado aos cofres portistas cerca de 20 milhões de euros. E o extremo William Gomes está a ser a grande surpresa, pois os indicadores demonstrados na temporada anterior não previam esta ascensão do número sete.

Começando pela apresentação do dinamarquês, em pleno Estádio José Alvalade, os adjetivos vão-se esgotando. Mais uma vez, uma exibição tremenda, em que terminou com uma assistência, 100% dos duelos aéreos ganhos, duas intercetações e seis recuperações de bola. Um poço de energia e, infelizmente, não deverá durar muito tempo em solo português. É daqueles jogadores que, sozinho, eleva o patamar da equipa. É, até ao momento - na minha opinião – a melhor contratação do campeonato e, quiçá, da Europa.

No mesmo flanco, temos William Gomes, ex-São Paulo, que está a substituir Pepê de uma forma sublime. Em dois jogos como titular, presenteou-nos com dois golaços de encher os olhos, fazendo lembrar o seu compatriota Hulk. E, além do seu grande momento no clássico, o seu espírito trabalhador e de humildade para esperar o seu momento são de louvar. O brasileiro tem as características ideais para vingar no estilo de jogo de Farioli.
É claro que destacar apenas dois jogadores acaba por ser injusto, tendo em conta uma vitória que foi uma das mais importantes desde a chegada de André Vilas-Boas à presidência do FC Porto. Três pontos fundamentais para cimentar um projeto ainda em construção e reforçar um modelo cada vez mais vincado pelo seu treinador.