A CRÓNICA: SUAR ATÉ AO ÚLTIMO MINUTO
Depois do SC Braga ter carimbado a passagem à final da Taça da Liga no dia de ontem, hoje era a vez de Vitória SC e FC Porto lutarem por um lugar na final de sábado. Se para o Vitória SC era a estreia na final-four da Taça da Liga, para o FC Porto era uma fase da prova a que os dragões estavam bem habituados.
A primeira parte foi marcada pela combatividade dos dois conjuntos, mas sem efeitos em termos de oportunidades. Ambas as equipas lutaram a meio-campo, mas raras foram as vezes que houve perigo perto das balizas. As melhor oportunidades foram de Mbemba, aos 41′, após um canto batido por Alex Telles, e de Davidson, já em cima dos 45′, com um remate perigoso que passou perto da baliza de Diogo Costa.
Os golos pareciam estar todos guardados e os primeiros dois apareceram num espaço de dois minutos. Primeiro foi o Vitória SC a marcar. Jorge Sousa, com o auxílio do VAR, assinalou grande penalidade por falta de Soares sobre Bonatini e Tapsoba converteu. Na reposição de jogo, Alex Telles, na ressaca de uma disputa na grande área vitoriana, rematou com efeito e empatou a partida.
O FC Porto, aos 74′, chegou, pela primeira vez, à vantagem através de Soares. Corona ganhou o duelo com Florent na direita e deu para o brasileiro, que já leva nove jogos seguidos a marcar.
Os vimaranenses ainda marcaram aos 95′, mas Jorge Sousa, com auxílio do VAR, considerou que houve uma ação faltosa de João Pedro sobre Diogo Costa. O golo foi invalidado e o jogo terminou com vitória do FC Porto.
Os dragões seguem, assim, para a final, onde defrontarão o SC Braga, vencedor da primeira meia-final. O jogo de sábado será a oportunidade dos portistas vencerem o troféu que lhes tem fugido e, ao mesmo tempo, de vingar a derrota para o campeonato perante os bracarenses.
A FIGURA
Jesús Corona – Comprometido defensivamente e determinante no processo ofensivo, o mexicano destacou-se na ala direita portista, sendo, inclusive, protagonista no segundo golo dos dragões.
O FORA DE JOGO
André André – O médio português lutou bastante no meio-campo, mas acrescentou muito pouco ao processo ofensivo do Vitória.
ANÁLISE TÁTICA – VITÓRIA SC
O Vitória SC apresenta-se em 4-3-3. Na baliza vai estar o habitual titular, Douglas; a defesa é composta por Florent e Victor Garcia nas laterais, dois homens para fazer a ala completa, e no meio por Tapsoba, uma das grandes revelações do campeonato português, e o experiente Pedro Henrique; o meio-campo é constituído por Pêpê, que vem normalmente buscar o jogo atrás, depois um médio mais central que dá estabilidade ao setor intermédio, André André, e ainda um criativo, Lucas Evangelista, para apoiar no ataque; precisamente no último terço vão estar Davidson e Edwards, as principais ameaças para os portistas, dada a sua qualidade técnica, e ainda Bonatini, o homem-alvo do ataque vitoriano. Os vitorianos não conseguiram impôr o seu futebol e foram obrigados a apostar no contra-ataque como arma ofensiva.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Douglas (5)
Florent (6)
Pedro Henrique (6)
Tapsoba (7)
Víctor García (6)
Lucas Evangelista (6)
André André (5)
Pêpê (5)
Davidson (6)
Bonatini (6)
Edwards(6)
SUBS UTILIZADOS
Poha (5)
João Pedro (5)
Rochinha (–)
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
O FC Porto apresenta-se no 4-4-2 habitual. Na baliza está o homem das taças, Diogo Costa; a defesa é constituída por Corona, que recua no campo em relação ao jogo com o SC Braga para o campeonato, os centrais são Mbemba e Marcano e à esquerda está Alex Telles; o meio-campo terá como principal novidade Sérgio Oliveira, que entra para o lugar de Danilo Pereira, e contará ainda com Uribe no miolo e Otávio e Luis Díaz nas alas; a dupla ofensiva é a do costume: Marega e Soares. O FC Porto procurou explorar a profundidade, sobretudo através de Marega, mas a defesa vitoriana controlou bem os espaços. Depois do golo vimaranense, a equipa portista reagiu bem e acabou por sair por cima.
11 INCIAL E PONTUAÇÕES
Diogo Costa (6)
Jesús Corona (7)
Chancel Mbemba (6)
Iván Marcano (6)
Alex Telles (7)
Luis Díaz (6)
Sérgio Oliveira (5)
Mateus Uribe (6)
Otávio (6)
Marega (6)
Soares (7)
SUBS UTILIZADOS
Manafá (6)
Romário Baró (6)
Vitinha (–)
BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
VITÓRIA SC
BnR: Ivo, sente que faltou um maior domínio do meio-campo para poder aplicar o futebol à vitória?
Ivo Vieira: Faltou-nos equilíbrio emocional depois de fazermos o golo. Depois de fazermos o golo, houve euforia e abrandámos o jogo. Não acho que fosse pelo meio-campo, jogámos com o Pêpê a 6 e o André André , que esteve parado durante 8 meses, para combater o ataque do FC Porto mas o FC Porto quis esticar muito o jogo em profundidade e os médios não têm grande influência nesse momento de jogo.
FC PORTO
Sérgio Conceição:
“Danilo tem jogado limitado e achamos por bem não o colocar. Tem sido um verdadeiro capitão.
Foi um jogo equilibrado e competitivo, duas equipas que quiseram estar na final. Parabéns ao Vitória pelo jogo que fez. O relvado estava difícil, vários jogadores escorregaram. Reagimos muito bem, uma demonstração de grande carácter dos jogadores, mas penso que a vitória é inteiramente justa.”
Foto de Capa: Diogo Cardoso/Bola na Rede
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão