Recheado de surpresas: é assim que tem sido visto o mercado de inverno para o FC Porto. É certo que ainda não terminou esta onda de transferências, mas, para já, o mar azul tem conseguido estar inabalável. Especulava-se – e muito – com possíveis saídas de jogadores preponderantes, mas Sérgio Conceição – que não é de meias palavras – respondeu com ações, e com isto quero dizer: reforços.
Apesar de defensivamente o FC Porto estar bem servido nunca é de mais puxar dos galões e precaver possíveis saídas e/ou lesões, coisas normais de uma equipa que ainda está em todas as frentes e se prepara para meses frenéticos. E é com esta perceção que o FC Porto anunciou a chegada de Wilson Manafá. O nome é sonante, e aquilo que se espera é que o jogador seja também.
Aos 24 anos, o lateral-esquerdo, proveniente do Portimonense, assinou a título definitivo pelo emblema azul e branco até 2023. A chegada de Manafá tem um propósito: render Alex Telles. No entanto, o luso-guineense, que tem jogado tanto a lateral direito como esquerdo, é também uma boa opção para zonas mais dianteiras, podendo, aliás, ser adaptado a extremo, uma vez que foi nessa posição que jogou quando se formou no Sporting.
A passagem pelos leões aconteceu entre 2012 e 2014, quando representou os juniores e a equipa B. Depois desta curta passagem, o lateral jogou pelo Beira-Mar, Anadia, Varzim e Portimonense, tendo sido pelos algarvios que despoletou o interesse do FC Porto, numa altura em que em 17 jogos somava dois golos. Um registo notável para quem defende, mas que demonstra ter o pé quente.
A chegada de Manafá levanta ainda a questão da permanência de Jorge – que para já parece certa -, mas que até ao momento não tem sido opção de Sérgio Conceição, nem mesmo nesta altura crucial em que Alex Telles tem demonstrado desgaste físico, legítimo para quem é o jogador mais utilizado do plantel.
Manafá é assim o terceiro reforço azul e branco neste defeso, depois da chegada de Fernando Andrade e Pepe. O FC Porto prepara agora a final de sábado, diante do Sporting, para a Taça da Liga e depois terá pela frente jogos cruciais do campeonato, Taça de Portugal e Liga dos Campeões. Com o calendário a apertar, ter mais opções no plantel é a solução indicada para colmatar lesões e desgastes físicos.
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira