CD Cova da Piedade 1-1 Leixões SC: Evandro Brandão salvou um ponto no último segundo

    Cova da Piedade e Leixões chegaram à 30.ª jornada da Segunda Liga separados por apenas um ponto na tabela, com as duas formações a garantirem, praticamente, a permanência em caso de triunfo.

    Vindas de vitórias pela margem mínima frente a SC Braga B e Mafra, respetivamente, os dois treinadores realizaram um par de alterações nos seus onzes, com Boubakary Diarra e Sami a jogarem de início no Piedade, enquanto Matheus Costa e André Clóvis eram aposta de Jorge Casquila.

    No encharcado relvado do Estádio Municipal José Martins Vieira, o Cova da Piedade conseguiu passar boa parte dos primeiros 15 minutos no meio-campo do Leixões e podia mesmo estar em vantagem numérica logo no primeiro minuto, com Stanley a ser agarrado à entrada da área; mas o árbitro nada assinalou.

    A equipa da Margem Sul esteve muito perto de abrir o marcador no quarto de hora inicial, com Pedro Coronas a subir pela direita, a cruzar ao segundo poste, onde apareceu Hugo Firmino a atirar com força; mas Tony Batista conseguiu desviar a bola, com estrondo, para a barra.

    O Leixões tentava responder, mas a linha defensiva do Piedade mostrava-se sólida, a tirar com prontidão a bola de perto da área, enquanto as bolas nas costas por parte dos homens de Miguel Leal revelavam-se um verdadeiro problema para os leixonenses.

    Não surpreendeu, então, que os locais inaugurassem o marcador aos 23 minutos, com mais uma corrida pela direita de Pedro Coronas a deixar a bola na área, onde Stanley atrasa para Sori Mané e o costa-marfinense assiste Hugo Firmino, que remata colocado e em força para o 1-0 do Cova da Piedade.

    O Leixões não conseguia aproximar-se sequer da baliza local, com Moreira a apenas tocar na bola em ocasionais passes perdidos dos visitantes, e o Piedade aproveitava para criar perigo com um jogo direto letal para os centrais e o lateral-esquerdo do Leixões, muitas vezes apanhados em contrapé.

    Aos 37 minutos, e como exemplo da dificuldade em sair a jogar dos homens de Jorge Casquilha, o Leixões recupera a bola e pode iniciar o ataque em superioridade numérica, mas os jogadores demoram muito tempo a circular a bola e a defesa local recompõe-se facilmente, perdendo-se o que poderia ser um momento de perigo.

    O intervalo chegou com a vantagem do Cova da Piedade, perfeitamente merecida, e com Jorge Casquilha a ter de mudar alguma coisa para sair com pontos da Margem Sul.

    Hugo Firmino voltou a estar em destaque, mas não conseguiu levar à vitória o Cova da Piedade
    Fonte: CD Cova da Piedade

    A segunda parte mostrou mais equilíbrio, mas o Leixões continuava com grandes dificuldades em incomodar Moreira, com um remate desenquadrado de Luís Silva e um livre de Zé Paulo a serem despachado pela defesa do Piedade e a serem as poucas oportunidades para incomodar o guarda-redes, por parte dos leixonenses.

    Já o Cova da Piedade mantinha-se incisivo no jogo direto, criando imenso perigo para a baliza de Tony Batista. Aos 57 minutos, um cruzamento de Sami, na direita, chegou a Cele, que, num pontapé de bicicleta, atirou ligeiramente ao lado.

    O Leixões respondia à desvantagem como podia, mas raramente mostrou assertividade para criar real perigo de golo, como aconteceu aos 60 minutos, quando Jorge Silva entra pelo meio-campo do Piedade, chega à área, mas não tem a capacidade para atirar à baliza, com a bola a acabar por circular entre vários jogadores até passar o perigo para a defensiva local.

    Com o sol a aparecer em Almada, as oportunidades de golo “secaram”, com o Cova da Piedade a controlar o ritmo de jogo e a ser menos ofensivo, enquanto o conjunto de Matosinhos teimava em não conseguir passar pela barreira defensiva local, com um remate de fora da área de Felipe Ribeiro a ser um dos poucos vislumbres de perigo do segundo tempo.

    Já com Anacoura na baliza, substituindo o lesionado Moreira, o Cova da Piedade entrou nos sete minutos de desconto para controlar a vantagem mínima, mas foi surpreendido na último jogada do desafio. Rodrigo Martins perdeu a bola num ataque pela direita e o Leixões partiu para o contra-ataque; houve um cruzamento largo para o segundo poste, onde um primeiro remate foi bloqueado, mas, na recarga, Evandro Brandão encostou para um empate dramático para o conjunto de Matosinhos.

    Este foi um balde de água gelada sobre os adeptos locais e deixou os homens de Miguel Leal vivos na luta pela manutenção.

    ONZES INCIAIS E SUBSTITUIÇÕES

    CD Cova da Piedade: J. Moreira (J. Anacoura, 88’), P. Coronas, Allef, Willyan, Evaldo, B. Diarra, T. Cele (A. Carvalhas, 62’), S. Mané, H. Firmino, Sami (R. Martins, 72’), A. Stanley.

    Leixões SC: T. Batista, J. Silva, M. Costa, P. Monteiro, D. Poloni (A. Ceitil, 83’), Zé Paulo, A. Oudrhiri (F. Ribeiro, 65’), L. Silva, Erivaldo (Camará, 72’), E. Brandão, A. Clóvis.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Roger Schmidt: «Eles não criaram chances»

    Roger Schmidt já reagiu ao desafio entre o Benfica...

    Florentino Luís: «Não tivemos o futebol dos últimos jogos»

    Florentino Luís já reagiu ao desafio entre o Benfica...

    Conference League: eis os resultados desta quinta-feira

    A Liga Conferência já não tem treinadores portugueses com...

    Liga Europa: eis os resultados desta quinta-feira

    A Liga Europa foi a grande protagonista da noite...
    João Reis
    João Reishttp://www.bolanarede.pt
    Desde de 1993 que a cor que lhe corre nas veias é vermelha e branca! Quando era mais novo, chegou a jogar no clube rival de Lisboa, mas nunca escondeu que o seu grande amor era o Glorioso. Tem uma enorme admiração pelo Liverpool FC. Gostava de um dia ir a Anfield Road e cantar bem alto a canção que imortalizou os Gerry & The Pacemakers: "You'll Never Walk Alone!" A dar os primeiros passos como treinador de futebol, o seu maior sonho é treinar o clube de coração e alma, o Sport Lisboa e Benfica.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.