CD Santa Clara 1-1 FC Paços Ferreira: O Duelo Rasgadinho

    A CRÓNICA: COM UM DESFECHO POUCO FELIZ

    Em lugares de aflitos, CD Santa Clara e FC Paços Ferreira defrontaram-se no Estádio de São Miguel. Os pacenses visitavam os açorianos depois de uma sequência de seis derrotas em igual número de jogos. Já a equipa da casa vinha de uma derrota  por margem mínima diante do Vitória SC, fora de portas. Escusado será dizer que se esperava um duelo rasgadinho, com as equipas a procurar vender caro qualquer perda de pontos.

    Primeira parte começava pouco inspirada. A equipa da casa procurava mostrar-se mais em jogo apesar deste estar, a maior parte do tempo, centralizado a meio-campo. Um jogo que parecia amorfo, mudou o seu rumo aos seis minutos. Através de uma bola longa e de uma saída demasiado precipitada de Vecik, Gabriel Silva contornou o guardião dos castores e só teve de encostar a redondinha às redes. Estava feito o primeiro golo da partida. Golo este que despertou uma dinâmica diferente.

    A turma de César Peixoto, tentava aparecer mais no jogo, a trabalhar a posse e a procurar mais linhas de passe, mas sem grande perigo para os açorianos que, por sua vez, mostravam-se superiores por aproveitar as recuperações de bola.

    Uma nova tentativa dos castores para virar o marcador viria, aos 33 minutos, através de Matchoi, que tenta a sua sorte ao rematar, mas a bola acabaria por sair ao lado.

    Em cima do intervalo, mais uma situação de perigo da equipa do capital do móvel, Matchoi voltava a ameaçar através de um livre, mas o atento Marco Pereira, acabaria por defender as suas redes.

    Segunda parte trouxe um Paços diferente, mais agressivo, à procura de chegar à baliza do Santa Clara. O suspeito do dia, da equipa do Paços Ferreira, Matchoi, seria o felizardo de igualar o marcador, depois de um canto, onde o guarda-redes açoriano não teve oportunidade de defender, aos 53 minutos.

    Após o golo, a partida ficaria mais dividida e faltosa, no entanto, a equipa da capital do móvel acabaria por estar mais perto da baliza do Santa Clara por alguns momentos.

    O remate final do jogo não sofreu grandes alterações. Ambas equipas procuraram aproveitar os momentos com posse para alterar o marcador, modificando, por completo, a velocidade do jogo até ao final. O apito final soava e houve divisão de pontos nesta 7.ª Jornada em São Miguel ficando, assim, o CD Santa Clara com cinco pontos e o FC Paços Ferreira com um.

     

    A FIGURA

    Matchoi Djalo
    Fonte: Paulo Ladeiro/Bola na Rede

    Matchoi Djaló – Foi o jogador que esteve mais ligado ao jogo, acabou por imprimir mais velocidade ao jogo e acabaria por marcar o golo do empate que ajudou o Paços a pontuar pela primeira vez na época.

     

    O FORA DE JOGO

    Ricardinho Santa Clara
    Fonte: Cláudia Figueiredo/Bola na Rede

    Ricardinho – O criativo encarnado esteve uns furos abaixo do nível habitual e não conseguiu imprimir velocidade, nem empregar criatividade ao jogo dos açorianos.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA

    O Santa Clara atuou com o esquema tático 4-2-1-3. Mario Silva repetiu o mesmo onze que iniciou o jogo diante do Vitória SC. Marco ocupou a baliza, Sagna atou na lateral direita e Paulo Henrique na ala oposta. No eixo central actuaram Boateng e Tassano. Adriano iniciou o jogo a trinco, Bobsin jogou como oito, como médio de ligação, e Ricardinho foi o responsável por servir os três homens da frente. Allano jogou pela ala esquerda, Gabriel pela direita e Babi foi o homem mais adiantado no ataque da equipa insular.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marco Pereira (6)

    Sagna (Paulo Eduardo 76’) (5)

    Boateng (4)

    Cristian Tassano (6)

    Paulo Henrique (Calila 20’) (4)

    Bobsin (5)

    Adriano (Anderson Carvalho 45’) (4)

    Ricardinho (4)

    Gabriel Silva (7)

    Matheus Babi (Tagawa 54’) (5)

    Allano Lima (Stevanovic 76’)

    SUBS UTILIZADOS

    Calila (Paulo Henrique 20’) (4)

    Anderson Carvalho (Adriano 45’) (3)

    Tagawa (Matherus Babi 54’) (5)

    Stevanovic (Allano Lima 76’) (4)

    Paulo Eduardo (Sagna 76’) (4)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PAÇOS FERREIRA

    Um Paços de Ferreira em 4-2-3-1. César Peixoto, à procura dos primeiros pontos no campeonato, alterou o sistema tático habitual da equipa. Flávio Ramos fez dupla no centro com Ferigra, o veterano Antunes jogou como lateral esquerdo e Juan Delgado na lateral direita. No meio-campo um duplo pivot defensivo com Rui Pires e Ibrahim. Na frente, Gaitan voltou ao onze, como médio ofensivo. Nas alas jogaram Uilton, mais baixo no terreno, a tentar ajudar Antunes e, do outro lado, o jovem internacional Matchoi Djalo. Na frente jogou surgiu Butzke como homem mais adiantado da equipa da capital do móvel.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Vekic (6)

    Antunes (4)

    Ferigra (5)

    Flavio Ramos (4)

    Uilton (Thomas 45’)

    Ibrahim (Bastien Toma 84’) (-)

    Matchoi (Koffii 78’) (8)

    Delgado (4)

    Rui Pires (4)

    Adrian Butzke (4)

    Nico Gaitan (Fernando 66’) (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Thomas (Uilton 45’) (5)

    Fernando (Nico gaitan 66’) (5)

    Koffii (Matchoi 78’) (5)

    Bastien Toma (Ibrahim 84’) (5)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

     

    CD SANTA CLARA

    BnR: O golo madrugador do Santa Clara acabou por fazer relaxar a equipa durante o jogo?

    Mário Silva: Não. Acho mais fácil marcar perto do fim e segurar o resultado do que segurar o resultado perto do fim. O golo madrugador podia servir como um desbloqueio para o que viria a ser o jogo, para um resultado diferente. No entanto, não conseguimos. O facto da equipa estar ansiosa também não ajudou. Podíamos ter feito melhor, na recta final da partida, por exemplo, queríamos outro resultado, mas foi difícil. Vamos continuar o nosso trabalho para a equipa recuperar.

     

    FC PAÇOS DE FERREIRA

    BnR: O início da segunda parte do Paços foi clarividente e acabou por redundar no empate. Este é um resultado que pode ajudar a equipa a ascender na tabela classificativa?

    César Peixoto:  Era importante desbloquear a pressão que tínhamos em pontuar. Noutros jogos isso poderia ter acontecido, era importante dar uma resposta, tentar jogar e ter mais oportunidades. Se levássemos os três pontos era bom para nós. Unimo-nos e mostramos espírito de sacrifício de grupo e este golo era importante . As soluções do banco também foram uma forma de motivar e puxar mais pela equipa. A nossa equipa tentou jogar, fomos melhor, mas o empate também não é um resultado tão desajustados.

     

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    Raquel Roque
    Raquel Roquehttp://www.bolanarede.pt
    A Raquel vem dos Açores, do paraíso no meio do Oceano Atlântico. Está a concluir a licenciatura em Estudos Portugueses e Ingleses. Guarda os clássicos da literatura, a Vogue e os jornais desportivos na mesma prateleira.                                                                                                                                                 A Raquel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.