A terminar mais uma jornada, Belenenses e Boavista encontravam-se no Restelo de cara lavada. Os azuis do Restelo estreavam o novo treinador Julio Velázquez no banco, após a saída de Sá Pinto. Já os axadrezados ainda davam o primeiros passos com Erwin Sanchez no comando. Um duelo entre dois dos três treinadores estrangeiros na nossa liga.
Primeira parte: André Conde
A querer mostrar serviço perante o novo treinador, os jogadores do Belenenses entraram melhor. Um remate à figura logo nos primeiros minutos foi o mote para o grande golo que viria a seguir por Filipe Ferreira. Julio Velazquez não podia pedir melhor inicio no seu primeiro jogo de Cruz de Cristo ao peito. A partida continuou animada com o Belenenses a ter sempre mais iniciativa, mas a falhar no toque final. O Boavista apenas tinhas fugazes lances em que procurava a baliza de Ventura mas que acabam por não dar em nada(remates muito ao lado ou cruzamentos que não chegavam a ninguém). Apenas por uma vez vimos o conjunto boavisteiro a atacar com verdadeiro perigo, num cabeceamento ao lado. Talvez pela fraca oposição do Boavista, o Belenenses sentiu-se confortável no encontro e a qualidade do jogo caiu até ao intervalo. Ambas as equipas pouco arriscavam, sendo que a agressividade de lado a lado foi a nota dominante. Se no campo o jogo estava frio, nas bancadas o ambiente estava quente. Com a chegada da claque do Boavista, os cânticos de parte a parte começaram.
Ao intervalo, a vitória do Belenenses era justa, pela boa entrada na partida. Num entanto, pedia-se mais qualidade a ambas as equipas.
Segunda parte: Duarte Pereira da Silva
No recomeço da partida, o Boavista apareceu mais esclarecido e podia, logo nos minutos após o intervalo, ter empatado a partida. No entanto, foi sol de pouca dura. O jogo voltou a arrefecer e pouco mais há a dizer sobre este encontro.
A verdade é que havia muita vontade, todavia, a qualidade escasseou. O frio fazia-se sentir no Restelo, mas os jogadores poderiam, e deveriam, ter produzido um futebol, no mínimo, ligeiramente melhor. O resultado acaba por ser justo porque o Belenenses demonstrou, pelo menos numa fase inicial, ser superior ao Boavista.
A Figura:
Filipe Ferreira – Logo aos três minutos, Filipe Ferreira proporcionou o melhor momento do encontro. O português assinou um excelente golo através de um remate de belo efeito fora da grande área.
O Fora-de-Jogo:
Pouca qualidade do Futebol – Mais uma vez, a qualidade do futebol praticado hoje no Estádio do Restelo peca pela escassez. Qualquer uma das duas equipas tem a obrigação de fazer mais.
Reportagem e Texto de André Conde e Duarte Pereira da Silva
Foto de Capa: CF “Os Belenenses”