FC Famalicão 2-0 FC Paços de Ferreira: Famalicenses ligados à corrente

    A CRÓNICA: FC FAMALICÃO PRESSIONANTE “LIMOU BEM O MÓVEL”

    Numa luta entre equipas com objetivos algo diferentes, o FC Famalicão recebeu o FC Paços de Ferreira para mais um duelo a contar para a 25ª jornada da Primeira Liga. No lado caseiro, permanecia a vontade de demonstrar que se estava perante uma equipa diferente do que aquela que se viu durante a primeira metade da época. Já os forasteiros, permaneciam na luta pelos lugares europeus. Esperava-se um bom duelo entre duas formações com uma extrema vontade de vencer.

    Durante a primeira parte viu-se um jogo bastante mexido, mas as oportunidades de golo só surgiam para um lado. A pressão ofensiva exercida pelo FC Famalicão não deixou, em grande parte, que o FC Paços de Ferreira jogasse como gosta. Os famalicenses atuaram com a primeira linha bastante subida, o que compactou bastante o jogo e dificultou a tarefa aos castores. Aquando das movimentações ofensivas dos castores, o plano era praticamente o mesmo, apesar de existir uma marcação cerrada aos homens de Pepa.

    Com uma grande ocasião ao abrir o pano, o FC Famalicão logo deu a entender ao que verdadeiramente vinha e fez de tudo para conseguir inaugurar o marcador. Enquanto o FC Paços de Ferreira permanecia algo nervoso em campo e sem oportunidades flagrantes, foram os famalicenses a fazer o gosto ao pé ainda na primeira parte.

    Faltavam apenas três minutos para o árbitro Nuno Almeida apitar para recolher aos balneários durante o intervalo quando Rúben Vinagre deixou três defesas dos castores para trás, elaborando uma brilhante jogada individual, e assistiu para Anderson Oliveira. O avançado do Famalicão bateu Jordi e abriu o resultado no Estádio Municipal de Famalicão.

    Decorrendo a segunda parte, o FC Paços de Ferreira demonstrou crescer algo no jogo, mas não pareceu ser o suficiente para se superiorizar. Mesmo com as entradas de Uilton e João Amaral, com o objetivo de dar outro andamento às movimentações ofensivas, a equipa da capital do móvel não atava nem desatava.

    Posto isto, em transição ofensiva, o FC Famalicão aumentou a vantagem sobre os castores. Gil Dias efetuou um passe a rasgar a defesa pacense e Iván Jaime fez o melhor que tinha a fazer: inserir a bola no fundo da baliza de Jordi. Aos 64 minutos, os famalicenses de Ivo Vieira liderava o resultado por 2-0.

    Era notória a insatisfação de Pepa e da sua equipa em campo perante a exibição e o resultado. Um FC Paços de Ferreira algo irreconhecível perante um FC Famalicão destemido. No entanto, cinco minutos após o segundo golo famalicense, os castores assustaram a equipa da casa. Douglas Tanque conseguiu concretizar, mas depois de Nuno Almeida, árbitro do encontro, consultar o vídeo-árbitro, o golo acabou invalidado por toque da bola no braço do avançado.

    Acabou por ser um jogo praticamente dominado pelo FC Famalicão na maioria do tempo. Sem grandes ocasiões a favor do FC Paços de Ferreira, e apesar de bem mexido no meio-campo, os famalicenses levaram de vencida os castores. Um resultado que terminou num 2-0 algo claro, dada a dominância, persistência e resistência da formação de Ivo Vieira.

     

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Rúben Vinagre – Um dos grandes motores da construção ofensiva do FC Famalicão. Não precisa de ter o nome inscrito nos marcadores ou assistentes porque demonstra em campo as suas valências, quer a nível defensivo como ofensivo. Acabou por assistir de forma exímia para o primeiro golo famalicense, mas fica em mente a grande exibição de Rúben Vinagre.

     

    O FORA DE JOGO

    FC Paços de Ferreira – Aquém daquilo que tem vindo a demonstrar derivado à alta pressão do FC Famalicão, a equipa da capital do móvel não teve capacidade suficiente para se superiorizar.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC FAMALICÃO

    Ivo Vieira viu-se obrigado a efetuar alterações no onze inicial para o duelo frente ao FC Paços de Ferreira, devido às lesões de Ivo Rodrigues e Babic. Para render os jogadores, Heriberto e Patrick William foram as soluções encontradas pelo técnico. Para além desse fator, também surgiu alteração no meio-campo devido à ausência de Gustavo Assunção por castigo. A grande surpresa prendeu-se com Iván Jaime a titular.

    Assim sendo, o onze apresentou-se em campo num 4-4-2, com a linha defensiva montada por Riccieli e Patrick William na zona central e Rúben Vinagre e Diogo Figueiras a ocupar as laterais. Nota também para a ausência de Diogo Queirós que, devido à pausa internacional, esteve a representar a seleção e, consequentemente, não treinou com a equipa famalicense durante a semana.

    No meio-campo, também montado por quatro jogadores, Ugarte e Pepê foram os escolhidos para atuar no miolo com o objetivo de fazer a ligação de jogo entre os setores. Gil Dias e Iván Jaime ocuparam as extremidades para dar profundidade ao ataque do FC Famalicão e para ajudar os homens da frente, Heriberto e Anderson.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Luiz Júnior (6)

    Rúben Vinagre (8)

    Riccieli (7)

    Patrick William (6)

    Diogo Figueiras (6)

    Gil Dias (7)

    Pepê (6)

    Ugarte (6)

    Ivan Jaime (8)

    Anderson (7)

    Heriberto Tavares (6)

     SUBS UTILIZADOS

     Fernando Valenzuela (6)

    Kraev (6)

    Leonardo Campana (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PAÇOS DE FERREIRA

    Pepa privilegiou a enchente no meio-campo, optando por criar uma linha defensiva montado por apenas três jogadores e com Douglas Tanque sozinho na frente. No meio-campo, Eustáquio ficou encarregue da ligação entre o setor defensivo e os restantes, aquando da construção de jogo. Com os laterais bastante subidos, principalmente Rebocho do lado esquerdo, o meio-campo pacense ficou ocupado pelos restantes jogadores, com o objetivo de ter mais gente na construção.

    Defensivamente, o onze pacense ficou moldado num 4-1-4-1, com Eustáquio a ser o elemento mais recuado do meio-campo e Tanque sozinho na frente, ou num 4-4-2, consoante o momento de jogo, devido à construção de jogo compacta do FC Famalicão com a primeira linha bastante subida.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Jordi (6)

    Pedro Rebocho (6)

    Hélder F. (6)

    Bruno Costa (6)

    Castanheira (5)

    Carlos (6)

    Maracás (5)

    Fonseca (6)

    Marcelo (5)

    Eustáquio (7)

    Tanque (6)

    SUBS UTILIZADOS

     Uilton (6)

    João Amaral (6)

    Dor Jan (6)

    Marques (6)

    Ibrahim (6)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Famalicão

    BnR: O FC Famalicão demonstrou uma grande capacidade ofensiva, tendo pressionado o Paços de Ferreira em praticamente todas as vertentes. Acha que este resultado poderia ter sido, eventualmente, mais avolumado e o que pensa da exibição da sua equipa frente aos castores?

    Ivo Vieira: A equipa teve várias situações no último terço. Teve várias oportunidades de golo e conseguiu concretizar duas. Acho que o resultado se ajusta. Tivemos uma equipa do outro lado que, eventualmente, poderia ter feito golo. A estratégia foi montada para uma equipa fortíssima. O FC Paços de Ferreira está forte e confiante devido ao lugar que ocupa e nós tínhamos de dar uma resposta à altura daquilo que o jogo precisava. No fundo o segredo foi saber abordar os lances e tudo aquilo que o jogo dá.

     

    FC Paços de Ferreira

    BnR: Viu-se um FC Paços de Ferreira algo apagado na primeira parte, mas que voltou ao ataque na segunda parte. As entradas de Uliton e João Amaral ainda deram algum alento à equipa, mas não conseguiram concretizar. O que faltou à equipa para conseguir levar pontos deste encontro?

    Pepa: Temos de ser mais proativos na reação à perda. Perdemos bolas que, normalmente, não perdemos em situações simples. Faltou-nos discernimento e critério, mas, acima e tudo, demos muito espaço e liberdade ao FC Famalicão.

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.