GD Chaves 2-0 Moreirense FC: Flavienses decidem “à lei da bomba”

    A CRÓNICA: “JOÃOS” TEIXEIRA E CORREIA DEIXAM GD CHAVES COM UM PÉ NA PRIMEIRA LIGA

    Campeonatos terminados, hora de playoffs. O terceiro classificado da Segunda Liga, GD Chaves, recebeu o primodivisionário Moreirense FC, que garantiu este lugar nos jogos de “vida ou morte” apenas da última jornada.

    Num jogo que não estava a ser recheado de inspiração, ia reinando a transpiração. A equipa da casa não se mostrava confortável no jogo, mas tudo mudou à passagem do quarto de hora de jogo. Livre ainda longe da baliza dos cónegos, mas João Teixeira não teve meias medidas. Com um remate potentíssimo, quase rasteiro, bate Kewin e inaugura o marcador no Municipal de Chaves, levando o estádio ao delírio.

    A partir desse momento, a equipa ganhou outra confiança e, embora o jogo continuasse em “banho-maria” em relação a oportunidades, a equipa flaviense foi controlado até ao intervalo. A melhor oportunidade acabou por cair para o lado dos visitados, após um canto ao primeiro poste, onde Platiny desviou por cima da baliza do Moreirense.

    A segunda parte inicia-se com o Moreirense a tentar crescer no jogo e a querer assumir o mesmo, mas a equipa flaviense não arredava pé e dava sempre uma resposta cabal à iniciativa forasteira.

    O jogo continuava não muito pródigo em oportunidades quando, numa ótima jogada, o GD Chaves aumenta a vantagem no marcador. Grande incursão de João Correia pela direita, tabela com Batxi e depois, já por dentro, deixa Mané para trás com um túnel e fuzila a baliza à guarda de Kewin. 2-0 para os da casa.

    O Moreirense mostrava alguma incapacidade de criar lances de perigo real, refugiando-se apenas em lances de bola parada e foi por essa via que criou uma das poucas oportunidades que teve. Lançamento longo e Galego obriga Paulo Vitor a uma excelente intervenção.

    A equipa minhota ainda tentou chegar ao golo, mas apenas com bolas despejadas para a área, algo que o Chaves não teve dificuldade em controlar. Resultado final: 2-0 para a equipa flaviense, que aumenta em larga escala as suas hipóteses de promoção ao principal escalão do Futebol português.

     

    A FIGURA

    Ricardo Guima  – Todas as orquestras têm os carregadores de piano e os tocadores de violino. Na orquestra flaviense, Guima foi um misto dos dois. Com bola, deu um perfume diferente ao jogo. Sem ela, foi preponderante na pressão do Chaves. Enorme jogo. Menção honrosa para João Teixeira, pelo golaço.

     

    O FORA DE JOGO

    Sori Mané  – Jogo para esquecer. Com bola, acrescentou pouquíssimo. Foi jogando na transpiração, mas não passou disso. Abordagens ingénuas foram do que mais se viu. Ficou muito mal na fotografia no segundo golo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – GD CHAVES

    O Chaves fez três alterações em relação à última partida, em Vila do Conde. João Queirós entrou para o lugar do suspenso Luís Rocha, e João Teixeira e Platiny entraram para substituir Patrick e João Mendes.

    A equipa transmontana organizou-se em 4-3-3, sendo que variou para um 4-4-1-1 em processo defensivo. João Teixeira jogou no centro do terreno com Guima, Obiora foi o pivô defensivo do meio campo.

    Defensivamente, sempre muito bem organizados, com Guima a pressionar, numa primeira fase, como um segundo avançado, e depois a encaixar como médio com a subida da equipa do Moreirense.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Paulo Vítor (7)

    Alexsandro (7)

    Queirós (6)

    João Correia (8)

    Langa (6)

    Obiora (7)

    Guima (8)

    João Teixeira (7)

    Wellington (5)

    Batxi (5)

    Platiny (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Patrick (6)

    Juninho (6)

    Adriano (-)

    Kevin (-)

    Rúben (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – MOREIRENSE FC

    A equipa minhota repetiu o onze da vitória frente ao Vizela, mas não se repetiu a receita. Mané foi o médio mais defensivo do trio, Derik perfilou-se na esquerda do ataque, Paulinho jogou mais à frente do que o costume, como um extremo direito.

    Defensivamente, organizaram-se em 4-1-4-1, com as linhas muito juntas, sendo Sori Mané o homem mais recuado dos do meio nessa fase, juntando-se depois os extremos à linha de médios. Rafael Martins ficava um pouco sozinho na frente.

    Foi evidente uma insistência no lado direito para atacar, embora sem muito sucesso.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Kewin (5)

    Artur Jorge (6)

    Pablo (5)

    Amador (6)

    Paulinho (6)

    Sori (4)

    Jefferson Junior (6)

    Franco (6)

    Rodrigo Conceição (5)

    Derik (5)

    Rafael Martins (5)

    SUBS UTILIZADOS

    André Luís (5)

    Ibrahima (6)

    Fábio Pacheco (-)

    Galego (-)

    Walterson (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    GD Chaves

    BnR: Depois de um resultado pesado em Vila do Conde, a equipa dá uma grande resposta neste primeiro jogo dos playoffs, onde foi quase sempre superior e vence por dois golos. Pergunto-lhe como é que se levanta uma equipa e um balneário que, no fim do último jogo, parecia um desolado para reagir desta forma contra uma equipa de um escalão superior

    Vítor Campelos: Tivemos uma época muito difícil. Tivemos muitas baixas por lesão, por covid e tivemos de treinar muitas vezes separados, a fazer quatro treinos diários. No mês de dezembro tivemos apenas um jogo e não conseguíamos ter ritmo competitivo. Vimos os nossos adversários diretos com 15 pontos de vantagem e mesmo assim não desistimos. Este grupo está habituado a estas adversidades e a ultrapassá-las. Sentimos muito o jogo do Rio Ave, e emocionalmente foi duro, mas fizemos um trabalho durante a semana para os prepararmos para este jogo. Os jogadores foram inexcedíveis.

     

    Moreirense FC

    BnR: Depois de uma vitória que deu bastantes esperanças à equipa, uma derrota desoladora aqui em Chaves, num jogo em que raramente se viu o Moreirense a ser superior e a criar oportunidades de golo. Pergunto-lhe se a falta de opções ofensivas, principalmente a partir do banco, foram determinantes, numa fase em que o Moreirense se encontrava a perder e necessitava de remontar a partida?

    Rui Mota:  Acho que fez mais diferença a falta de eficácia. Acho que criámos mais oportunidades do que o nosso adversário. Todos os jogadores que jogaram deram o seu melhor para as coisas correrem bem e o resultado ser diferente.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Francisco Moreira e Silva
    Francisco Moreira e Silvahttp://mariooliveira
    O Francisco é natural de Santo Tirso. Encontra-se a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Sempre teve uma paixão enorme pelo deporto, sobretudo pelo futebol. Tem também um gosto especial pelo basquetebol, mais concretamente NBA. Jogou futebol durante 13 anos, mas agora é na vertente do treino que vai continuando o bichinho pela modalidade.