Moreirense FC 0-1 Vitória SC: O desespero por pontos

    A CRÓNICA: ROCHINHA DÁ COM A ESPADA NA CAUDA DOS CÓNEGOS

    O final da tarde em Moreira de Cónegos celebrou a receção da equipa da casa ao vizinho Vitória SC numa tarde aquecida pelos adeptos da cidade de Guimarães em alto número nas bancadas visitantes.

    A jornada 28 que era importante para ambas a obtenção de ponto foi corrida por uma primeira parte que registou um total de zero golos. Com uma oportunidade de Rafa Soares logo no minuto quatro para uma defesa incrível de Pasinato.

    Aos 19’ a equipa visitante voltou a mirar no alvo com uma oportunidade de Janvier para o lado direito do guarda-redes que escapa por meros milímetros. Esta oportunidade fechou o ciclo de tentativas com perigo iminente por parte dos vimaranenses.

    Do lado do Moreirense, Paulinho tenta uma bola de canto aos 24’ mas sem grande sucesso. O perigo mais iminente é assinalado por Rafael Martins aos 37’ mas Bruno Varela demonstrou-se atento ao desafio cara-a-cara. No fecho da primeira parte, a equipa ainda tenta uma jogada coletiva após Walterson ganhar a bola no meio-campo e correr para as redes do adversário, cruzando para Gonçalo Franco no centro, que busca Paulinho na direita para rematar contra as mãos de Bruno Varela, novamente.

    Paulinho quis conferir emoção e pertença bem cedo (49’): após desmarcação de Rosic e bola desviada por Yan Matheus, o lateral direito manda Rafa Soares dar uma volta, penetra a grande área e dispara forte para a defesa intranquila de Bruno Varela.

    Por sua vez, Janvier (54’), comandado pela inveja e pela ambição desmedida de ser o protagonista, deu o ar da sua graça e rematou antes da linha delimitadora da área do Moreirense FC: Pasinato socou o esférico para espaço vazio no qual aparece Rochinha sem conseguir a extrema unção do lance.

    O último a ameaçar foi o primeiro a adiantar-se no marcador (62’): Maga, no flanco direito, após passe de Janvier, cruza para área cónega; Estupiñán, chega atrasado e dá nas orelhas da bola e Rochinha, apurando o sentido de oportunidade, aparece ao segundo poste e concretiza a jogada coletiva. 0-1!

    Rochinha explicou o porquê de ser o jogador em destaque da formação vitoriana (68’): Rafa Soares, no flanco esquerdo, tabelou com o camisola 16; este último, após ludibriar Paulinho, desfere um remate em arco a passar a escassos milímetros do poste.

    A Bruno Duarte, recém-entrado, disseram-lhe que tinha a missão de dilatar o marcador: através de uma investida individual, o camisola nove faz Rosic ir ao tapete e, na frente de Pasinato, atirou junto do poste mais distante (84’).

    O Vitória SC controlou a partida após o tento e acabou por vencer, cimentando a sexta posição. Por sua vez, o Moreirense FC caiu para a cauda da tabela classificativa.

     

    A FIGURA

    Rochinha Pedro Gonçalves
    Fonte: Sebastião Rôxo / Bola na Rede

    Rochinha – apesar de não ser dos melhores jogos com a camisola do Vitória SC, Rochinha destacou-se na partida de hoje. Muitas das jogadas perigosas do lado vimaranense tinham o seu cunho, contribuiu eficazmente para a solidez defensiva da equipa, recuando sempre que necessário, e marcou o golo do triunfo. Preponderante!

     

    O FORA DE JOGO

    Moreirense
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Equipa do Moreirense FC – o coletivo cónego desmoronou à passagem da jornada 28. Conhecendo o resultado (triunfos) de cada um dos seus adversários diretos, o Moreirense FC sabia que ganhar a partida defronte do Vitória SC era a única solução viável. Contudo, apesar de ter criado boas oportunidades na primeira metade, acabou por sucumbir. Sem referências atacantes, displicente defensivamente e sem a inspiração de Yan Matheus.

     

    ANÁLISE TÁTICA – MOREIRENSE FC

    Comparativamente ao jogo da passada jornada, defronte do FC Paços de Ferreira, o Moreirense FC apresentou três alterações no seu onze inicial: Pedro Amador, André Luís e Ibrahima Camará passaram de titulares a suplentes em detrimento de Frimpong, Rafael Martins e Franco, respetivamente. Contudo, Ricardo Sá Pinto adotou o mesmo sistema tático utilizado diante dos castores: um 4-3-3.

    Durante a primeira metade, a equipa cónego erigiu três linhas de pressão aquando dos momentos sem a posse de bola: Rafael Martins foi o homem mais adiantado no terreno e constituiu a primeira linha de pressão; Yan, Walterson, Franco e Jefferson compunham a segunda linha de pressão enquanto Fábio Pacheco recuava para se juntar ao quarteto defensivo. Ofensivamente, Paulinho era o sinal mais do Moreirense FC: as investidas mais perigosas começaram do flanco direito, em várias triangulações com Franco e Yan Matheus. Porém, a equipa não privilegiava a construção a partir da primeira fase.

    Nos últimos 45 minutos, ofensivamente, o Moreirense FC criou perigo apenas numa jogada: Yan Matheus, sem inspiração e com marcação apertada, não chegava a tempo de acender as luzes atacantes, Rafael Martins era o homem mais solitário no terreno e a Walterson faltou velocidade. Defensivamente, os cónegos cometeram poucos erros defensivos. Rochinha, Estupiñán e Lameiras desequilibravam em velocidade, mas o quarteto mais recuado do terreno acompanhava a maioria das movimentações. Já no miolo, os duelos foram carimbados com esforço e garra de ambas as partes e a posse de bola repartida.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Pasinato (5)

    Paulinho (5)

    Rosic (5)

    Artur Jorge (4)

    Frimpong (5)

    Franco (6)

    Pacheco (6)

    Jefferson (5)

    Yan (6)

    Rafael Martins (5)

    Walterson (5)

    SUBS UTILIZADAS

    Derik (4)

    Ibrahima Camará (3)

    Mirallas (3)

    Pedro Amador (3)

    André Luís (3)

     

    ANÁLISE TÁTICA – VITÓRIA SC

    A equipa orientada pelo técnico português Pepa – que é ausência no banco devido ao cartão vermelho do último jogo em casa frente ao Sporting CP – e substituído por Hugo Silva nesta jornada alinha com um 4-3-3 sem grandes surpresas no onze inicial.

    O guarda-redes como habitual a escolha é Bruno Varela que coopera com os defesas Miguel Maga na esquerda, Borevkovic, Mumin e Rafa Soares na direita. No centro do campo do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas alinha Tiago Silva, Alfa e Janvier. Na frente o trio de ataque passa por Rúben Lameiras e Rochinha, com Estupiñan enquanto homem mais avançado.

    Geny Catamo entra no lugar de Ruben Lameiras com uma tentativa de procurar mais profundidade. Bamba substitui Alfa Semedo – o jogador já tinha sido amarelado na primeira parte – e Bruno Duarte para a frente de ataque substituindo Estupiñan.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Varela (7)

    Miguel Maga (6)

    Borevkovic (6)

    Mumin (6)

    Rafa (6)

    Tiago Silva (7)

    Alfa Semedo (6)

    Janvier (7)

    Lameiras (6)

    Estupinan (6)

    Rochinha (7)

    SUBS UTILIZADAS

    Geny Catamo (6)

    Bruno Duarte (4)

    Bamba (5)

    Nélson da Luz (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Moreirense FC

    BnR: Existiu um período durante a primeira parte no qual o Moreirense FC foi superior ao Vitória SC e no qual o golo se fazia (quase) adivinhar. Considera que a falta de sorte ainda caminha ao lado da sua equipa?

    O que pode significar esta derrota face ao resultado dos adversários (ditos) diretos?

    Sá Pinto: É muito penalizante. Uma grande tristeza para nós. É a realidade. Acredito que no próximo fim de semana tenhamos uma vitória e os outros não. As equipas ganham, empatam e perdem. Não podemos é continuar a desperdiçar oportunidades como esta. Senão daqui a pouco não existem jogos e os objetivos ficam por cumprir. Na forma como a equipa está envolvida, a jogar, a defender, precisa de alguma felicidade e acredito que vai aparecer.

     

    Vitória SC

    BnR: Da primeira parte para a segunda a equipa mudou a força de estar em campo e demonstrou ainda mais apetite para vencer o jogo. Pergunto-lhe o que acha que foi o causador desta mudança, se foi a vantagem no marcador, as substituições que ajudaram a ganhar mais terreno de jogo ou a junção de ambas?

    Hugo Silva: Sim, não é que a equipa tivesse a fazer um mau jogo na primeira parte, mas o índice de agressividade mudou na segunda parte e acrescentou aquilo que faltava à equipa durante a primeira. No meio-campo os nossos dois médios estavam deslocados e isso também teve alguma interferência no desempenho no global e as substituições foram exatamente nesse âmbito. Os alas também precisavam de pressionar mais para ganhar mais consistência e os jogadores perceberam essa mensagem e foi isso que mudou e deu o acrescente para a segunda parte e para o golo também.

     

    Rescaldo da opinião de Ana Martins e Romão Rodrigues.

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