O FC Porto não podia pedir um arranque de época mais moralizador. Pelos contornos da vitória, a Supertaça uniu jogadores, equipa técnica e adeptos e foi um primeiro passo importante na estratégia renovada de um clube que se apresenta numa nova versão dentro e fora de campo. E, se o FC Porto foi capaz de recuperar de uma desvantagem de três golos diante do campeão nacional, então acreditará até ao fim perante qualquer cenário.
O Gil Vicente foi pedra no sapato do FC Porto na última temporada e abrem as hostes da participação azul e branca na edição 2024/25 da Liga Betclic. Isto já sem Tozé Marreco, que deixou o clube a dois dias do início da época. A partir das 20:30 deste sábado, 10 de agosto, dragões e galos lutam por um lugar no poleiro que, à primeira jornada, será sempre partilhado: o dos três pontos.
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3 aspetos táticos a observar no FC Porto x Gil Vicente
Meio-campo do FC Porto: Alan Varela e Nico González são nomes certos no meio-campo de Vítor Bruno, mas a terceira vaga está em aberto. Marko Grujic é o nome mais forte para jogar ao lado do médio argentino, mas levanta dúvidas quanto à capacidade de funcionar como organizador e de acrescentar com bola num jogo em que os dragões se quererão assumir como favoritos e a capacidade de ocupar espaços não terá a mesma importância. Recuar Nico González – mesmo que Vítor Bruno já tenha assumido que vê o médio como um jogador para definir mais à frente e chegar à área – permitirá enquadrar nomes como Pepê (rompedor em condução) ou Iván Jaime (definição em espaços curtos) no onze, mas obrigará a mudanças na estrutura base que tem resultado.
Félix Correia ou Tidjany Touré: Os dois jogadores mais virtuosos do Gil Vicente têm preferência pelo mesmo corredor. Tanto Félix Correia, provavelmente o melhor jogador dos gilistas na última temporada, como Tidjany Touré, jogador com formação de PSG e com um teto maior, enquadram melhor as suas características a partir da esquerda, com campo aberto para acionar o pé direito e maior naturalidade e imprevisibilidade no drible. O alto investimento nos dois jogadores deixa antever um papel preponderante de ambos, e a chave estará no enquadramento dos dois. À partida, Félix Correia tem mais experiência fora de posição, quer à direita quer por dentro como falsa referência ofensiva.
Aproveitamento da largura: Tanto o FC Porto como o Gil Vicente quererão alargar o campo e proteger o espaço exterior. Os dragões procuram conjugar perfis diferentes no corredor entre lateral e extremo (um por dentro, um por fora) para espaçar o adversário, mas o presumível 4-5-1 (ou 4-1-4-1) do Gil Vicente tem coberturas suficientes para manter o equilíbrio. Da Supertaça, Vítor Bruno ganhou opções com Wenderson Galeno – que será sempre melhor quanto mais espaço houver para correr – e Martim Fernandes, a funcionar como lateral à direita para dar soluções à saída de bola, mas que, à esquerda, poderá ser mais definidor em zonas mais avançadas. O FC Porto quer atrair por fora para gerar jogo por dentro e terá zonas do campo altamente condicionadas para impedi-lo.
3 registos que a história nos dá
- Na última temporada o FC Porto sofreu sempre com o Gil Vicente: empatou em Barcelos e no Dragão só desfez o empate nos descontos.
- O Gil Vicente só por uma vez perdeu nos últimos três confrontos no Dragão. O registo indica uma vitória para cada lado e um empate.
- Excetuando os dois deslizes recentes, o FC Porto venceu sempre que jogou no Estádio do Dragão diante do Gil Vicente, com 26 vitórias em 28 jogos.
3 jogadores a ter em conta no FC Porto x Gil Vicente
Martim Fernandes: Por mérito próprio tem o lugar no onze praticamente garantido, quer à direita, quer à esquerda. Nota-se o conforto maior a jogar a pé natural, no lado em que sempre fez formação, com capacidade para jogar baixo e aberto, oferecendo saídas através do passe. À esquerda, e embora com maiores limitações defensivas, o passe ganha outra proporção no meio-campo contrário, onde um pé direito consegue ganhar opções e maior leque de abrangência.
Gonçalo Borges: A identificação com o FC Porto e o desejo de se manter no clube levaram o jovem extremo a recusar abordagens do Estrasburgo muito mais vantajosas do ponto de vista financeiro. Gonçalo Borges sabe que está a viver a melhor fase da carreira e a lesão de Francisco Conceição abre espaço ao português para continuar no onze. Conseguir ir além do agitador é o maior desafio para o extremo.
Jonathan Buatu: A saída de Gabriel Pereira para o Copenhaga (venda importante por 5+2 milhões de euros) é penalizadora para a defesa do Gil Vicente, que tem Rúben Fernandes e Jonathan Buatu como nomes mais forres para a posição. O central angolano dá dimensão física ao jogo dos galos pela agressividade nos duelos e pela velocidade em antecipar-se e nas coberturas.
3 equipas em campo
Onzes prováveis
FC Porto: Diogo Costa; João Mário, Zé Pedro, Otávio, Martim Fernandes; Gonçalo Borges, Alan Varela, Nico González, Wenderson Galeno; Pepê, Evanilson.
Gil Vicente: Andrew Ventura; Zé Carlos, Rúben Fernandes, Jonathan Buatu, Sandro Cruz; Mory Gbane, Santi García, Kanya Fujimoto; Maxime Domínguez, Depú, Félix Correia.
Arbitragem:
- Árbitro: Cláudio Pereira
- Assistentes: Tiago Costa e Nuno Manso
- 4.º árbitro: Fábio Melo
- VAR: Vasco Santos
- AVAR: João Bessa Silva
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