Rio Ave FC 2-2 FC Famalicão: Empate a dois no adeus ao campeonato

    A CRÓNICA: RIO AVE FC RECUPERA PARA CHEGAR AO GOLO EM JOGO DE DESPEDIDA

    Em jogo a contar para a 34º jornada, da primeira liga portuguesa, o Rio Ave recebeu o Famalicão, no Estádio dos Arcos.

    Com pouco a acrescentar na classificação das duas equipas, ambas com a manutenção garantida há algumas jornadas atrás, nenhuma delas pretendia perder naquele que seria o último jogo do campeonato.

    O jogo começou agitado com diversas ocasiões nos primeiros 15 minutos. Contudo, a mostrar que não viajou em vão, o Famalicão aproveitou melhor as duas primeiras ocasiões na partida e chegou, por duas vezes, ao golo. O primeiro marcado por Ruben Lima, aos 10 minutos, após cruzamento de Alex Dobre, este que viria a fazer o segundo golo na partida, dois minutos depois, a responder a um excelente cruzamento/remate de Santi Colombatto.

    Com uma excelente aula de eficácia, nos minutos iniciais, o Fama tranquilizou-se no jogo até que, à meia hora de jogo, ficou com menos uma unidade. Zaydou Youssouf viu o cartão vermelho após entrada dura sobre Guga. Com mais uma unidade e a jogar em casa, mesmo a perder por duas bolas, o Rio Ave tinha de fazer pela vida, de modo a dar uma última alegria aos adeptos, esta época.

    Os da casa ainda tentaram, por diversas ocasiões, mas sem sucesso. O resultado iria manter-se até ao final da primeira parte. Um 0-2 repleto de eficácia atacante e consistência defensiva por parte dos Famalicenses.

    Na entrada para a segunda parte, Luís Freire optou por fazer entrar Emmanuel Boateng no jogo para o lugar de Paulo Vítor. O técnico rioavista realizava a segunda alteração no encontro, uma vez que, aos 36 minutos, substituiu Renato Pantalon por Sávio.

    Com mais um elemento, o Rio Ave carregava e fazia levar perigo à baliza de Zlobin. Já o Famalicão tentava chegar à baliza adversária através de contra-ataques conduzidos, principalmente, por Alex Dobre e Ivan Jaime.

    Sem tirar o pé do acelerador, os da casa chegaram finalmente ao golo, no minuto 70. Sávio cruzou para Boateng que, com um grande cabeceamento, introduziu a bola na baliza adversária.

    O Rio Ave não abrandou e chegou mesmo ao empate no marcador. Na ressaca de um pontapé de canto, Guga cruzou para Leonardo Ruiz que, novamente, de cabeça, fez o 2-2 na partida. Após estar a perder por dois golos, os rioavistas não desistiram e chegaram, com justiça, ao empate.

    O jogo estava elétrico e até ao final prometia permanecer ligado à corrente. O Rio Ave fazia valer a superioridade numérica e não dava hipótese ao Fama sequer de respirar.

    Até ao final surgiram ocasiões de ambos os lados. Para os forasteiros através de contra-ataques e para os da casa através de cruzamentos. Porém o empate a dois viria a manter-se até ao final. 

    O campeonato terminava assim para as duas equipas. O Famalicão somou 44 pontos e o Rio Ave 40. Na próxima época estarão novamente a defrontar-se na primeira liga.

    A FIGURA

    Alex Dobre – Fez a assistência para o primeiro e carimbou o segundo golo do Famalicão. Essencial nos contra-ataques na segunda parte, uma vez que a equipa estava reduzida a dez unidades.

    O FORA DE JOGO

    Fábio Ronaldo – Esteve muito apagado no jogo e fez um falhanço, após grande cruzamento de Ukra, na primeira parte. Jogo aquém do esperado do jovem português.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    RIO AVE FC

    BnR: O Rio Ave beneficiou, ao longo da época, de muitos jogos a um domingo à tarde. Esse fator ajudou a atrair o público para o estádio. No seu entender foi um fator preponderante para o bom desempenho na época?

    Luís Freire: Os nossos adeptos habituaram-se a ser adeptos aguerridos, exigentes e que puxam pela equipa. Lutaram juntos com os jogadores e com a equipa. Os nossos adeptos são a identidade do clube e estiveram sempre do nosso lado. Só temos a agradecer todo o apoio que nos deram.

    FC FAMALICÃO

    BnR: Após a expulsão optou por baixar o Ivo Rodrigues no terreno em vez de colocar um médio mais posicional, porquê?

    João Pedro Sousa: Se optássemos por fechar espaços para controlar as ações ofensivas do adversário e colocar um ponto final nas nossas ações, eu colocava um médio defesivo. Nunca isso me passou pela cabeça, juntamos os três médios e os três tiveram um comportamento, quer ofensivo, quer defensivo, muito bom. Mas como eu disse, não iriamos abdicar de atacar, mesmo com dez jogadores.

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