SC Braga 4-2 CD Tondela: Três pontos à vontade do freguês

    A CRÓNICA: BRAGA EM PESO NO JOGO E NO RESULTADO

     O Estádio Municipal de Braga foi palco de mais um encontro da Primeira Liga. Desta vez disputou-se a 20.ª jornada, num jogo que opôs o SC Braga ao CD Tondela. Numa partida que contrapôs os minhotos, que lutam pelos lugares cimeiros na tabela e uma qualificação para as competições europeias, e os beirões, que se encontram na procura pela manutenção e de alcançar a melhor posição possível na tabela, esperava-se um jogo com bastante luta parte a parte.

    A pressão ofensiva do SC Braga fez-se sentir logo nos primeiros minutos da partida, tanto como a ligação entre o meio-campo e o ataque. Aos 18 minutos, e depois de uma bela jogada coletiva, Galeno atrasou para Lucas Piázon, que se encontrava à entrada da área, e só lhe restou rematar para uma bola que não conseguiu ser defendida por Trigueira. Ainda não se estava a meio da primeira parte e o marcador assinalava a vantagem dos guerreiros do Minho.

    Pouco foi o direito de resposta que a formação de Carvalhal deu ao Tondela. Cinco minutos após o golo, o SC Braga poderia ter aumentado a vantagem no marcador, não tivessem sido perdidas duas oportunidades mais flagrantes que um sinal de mensagem variável sobreposto à autoestrada.

    Por falar em autoestrada, a defesa beirã não demonstrou estar num dia “sim”. A capacidade ofensiva do SC Braga aumentava à medida que os minutos iam passam, e a equipa de Pako Ayesterán ficava cada vez mais longe da área de Matheus. Quem se retratava como a materialização dessa pressão ofensiva bracarense era Lucas Piázon que, mesmo depois do golo, continuava de mira bem apontada à baliza de Trigueira.

    As jogadas coletivas do SC Braga faziam, com certeza, brilhar os olhos do treinador Carlos Carvalhal. O poderio ofensivo e a ligação entre setores faziam mossa atrás de mossa. Inevitavelmente, o segundo golo acabou por aparecer. Borja cruzou, sem piedade, para o centro da área beirã, nenhum defesa do Tondela conseguiu aliviar a bola, que caiu nos pés de Ricardo Horta, diretamente para o fundo da baliza de Pedro Trigueira. Já muito perto do intervalo, os arsenalistas levavam a melhor no marcador por dois golos de vantagem sobre os visitantes.

    No entanto, enquanto estava a ser escrito o último parágrafo, o Braga decidiu aproveitar e, por João Novais, fez surgiu o terceiro golo… e que golo! À lei da bomba, do meio da rua, nem dá muito bem para descrever o tiro que foi. Certamente que o brilho nos olhos de Carvalhal se estendeu ao restante mundo bracarense e aos seus adeptos.

    O início da segunda parte demonstrou mais do mesmo do SC Braga. A capacidade ofensiva, a ligação entre setores e a fluidez no ataque eram uma constante e, aos 51 minutos, em mais uma jogada coletiva brilhante, os minhotos aumentaram a vantagem para quatro golos. Lucas Piázon voltou a fazer o gosto ao pé e bisou na partida.

    Os restantes minutos da segunda parte apenas continuaram a mostrar o poderio ofensivo dos arsenalistas. Mesmo não existindo mais golos neste espaço de tempo, se existia algo não passível de críticas era a falta de eficácia por parte do SC Braga.

    Algo que também não se criticava era a garra do CD Tondela. Mesmo com um resultado totalmente desnivelado a seu favor e quase num beco sem saída, os jogadores acreditavam o suficiente e ainda conseguir diminuir a vantagem arsenalista, aos 84 minutos, por parte de Souley. Depois do esforço ao longo de toda a partida, ficou o golo de honra.

    Como o jogo só acaba quando o árbitro apita, o Tondela ainda foi capaz de marcar o segundo golo, através de Jaquité, apesar de não ser o suficiente para levar pontos.

    Pouco mais história houve para contar para além da imensa história que todo o jogo contou. O SC Braga deixou os três pontos ficarem em casa, venceu o Tondela por 4-2, num jogo sem qualquer margem para dúvidas.

     

    A FIGURA

    Coletivo do SC Braga – Num jogo onde existiram muito poucos momentos defensivos para a equipa minhota, todo o coletivo sobressaiu o brilhou no encontro. A construção de jogo, a ligação entre setores e as jogadas coletivas que surgiram e acabaram por construir o resultado deram sinal mais à exibição do SC Braga.

     

    O FORA DE JOGO

    Equipa do CD Tondela – Acabou per ser um dia “não” para a formação beirã. Apesar do bom posicionamento defensivo na primeira parte, os golos sofridos começaram a surgir um atrás do outro e a moral, o discernimento e a motivação começaram por desvanecer no jogo. A garra e a ambição ainda se sentiam nos jogadores, como refletido pelos golos marcados já na parte final, mas não foi o suficiente.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Carlos Carvalhal utilizou o esquema tático 4-2-3-1. Ricardo Esgaio voltou a ser titular, depois de ser expulso no último encontro referente à Liga Europa, e foi um dos que ocupou a linha de quatro defesa, composta igualmente por Borja na lateral e, na zona central, voltaram Tormena e Rolando.

    No meio-campo, João Novais e Al Musrati faziam a ligação com o setor defensivo para dar início à construção de jogo, “reportando” aos homens da frente, Galeno, Piázon e Ricardo Horta. Abel Ruiz atuava como homem mais avançado no terreno, apesar de baixar bastantes vezes no terreno para poder ajudar na construção de jogo e, também, em tarefas defensivas.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (6)

    Borja (7)

    Rolando (6)

    Tormena (6)

    Ricardo Esgaio (6)

    João Novais (8)

    Al Musrati (7)

    Lucas Piazón (9)

    Galeno (7)

    Ricardo Horta (8)

    Abel Ruiz (7) 

    SUBS UTILIZADOS 

    Nico Gaitán (7)

    Fransérgio (6)

    Sporar (6)

    André Horta (6)

    Bruno Rodrigues (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD TONDELA

    O CD Tondela alinhou de Pako Ayesterán alinhou num 3-4-3, aquando dos momentos ofensivos. Os laterais Tiago e Filipe Ferreira subiam no terreno para se juntarem ao restante complô do meio-campo. Salvador Agra e Jhon Murillo, os dois extremos, procuravam optar pelos lances individuais, percorrendo as alas, ou servindo os homens mais avançados na frente de ataque.

    Aquando dos momentos defensivos, os beirões alteravam o seu esquema tático para um 5-3-2, com a linha de cinco defesas, nomeadamente três centrais. Com o bloco bastante baixo e com todos os homens a defender e a tentar parar a ofensiva da equipa da casa.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES 

    Pedro Trigueira (5)

    Tiago (5)

    Medioub (4)

    Ricardo Alves (5)

    Enzo Martínez (5)

    Filipe Ferreira (6)

    Salvador Agra (6)

    Pedro Augusto (4)

    João Pedro (4)

    Mario Gonzalez (3)

    Jhon Murillo (3)

    SUBS UTILIZADOS 

    Jaquité (6)

    Tiago Arcanjo (5)

    Olabe (5)

    Rafael Barbosa (5)

    Souley (6)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA 

    SC Braga

    Não foi possível colocar questões ao técnico do SC Braga, Carlos Carvalhal.

     

    CD Tondela

    BnR: Sofre quatro golos, mas ainda consegue concretizar duas oportunidades. O que se diz a estes jogadores e o que estão a sentir neste momento?

    Pako Ayesterán: Acabámos por não nos sentirmos confortáveis. O resultado acabou por estar maquilhado. Foi um jogo muito difícil e seria sempre muito difícil dar a volta. Acabámos por fazer dois golos mas não conseguimos levar algo melhor daqui.

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.