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SL Benfica 5-0 CS Marítimo: Este comboio não abranda

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Benfica

A CRÓNICA: DIFICULDADE INICIAL FOI SUPERADA POR EXIBIÇÃO A TRANSBORDAR DE QUALIDADE

O Estádio da Luz recebeu o duelo nº 100 entre SL Benfica e Marítimo e a tarefa não se adivinhava fácil para os insulares – o SL Benfica vencera oito dos últimos nove jogos entre as equipas e marcara 44 golos nas últimas 10 receções aos madeirenses, tendo-as vencido a todas.

Depois, neste campeonato, as águias só tinham vitórias e o Marítimo, só derrotas.

O visitado começou com tudo, trocando a bola a seu bel-prazer, mas a avalanche foi travada pela competência do Marítimo no processo defensivo. Ainda assim, os papéis de David e Golias neste jogo estavam claramente entregues.

O Benfica corria o risco de adormecer na partida, mas foi Rafa quem impediu isso – Gonçalo Ramos arrastou o central Léo e colocou a bola no espaço aberto em Rafa, que apontou o seu quarto golo na Liga.

Até ao intervalo, assistiu-se a um festival de desperdício das águias: João Mário começou por, estando isolado, atirar ao lado; depois foi Ramos que por duas vezes não superou Miguel Silva e Rafa ainda desferiu um remate potente, mas o guardião visitante fez (nova) defesa excelente.

Começa a segunda parte e golo do Benfica – Bah cruzou rasteiro para a pequena área e Gonçalo Ramos apareceu para fazer um golo requintado de letra.

O ritmo baixou um pouco nos minutos seguintes, ainda assim, Miguel Silva fez mais duas defesas, o jovem António Silva atirou ao poste e o terceiro golo acabou por chegar.

No contra-ataque, Rafa isolou Gonçalo Ramos e o jovem chegou ao quarto golo do campeonato com facilidade – os mais de 56 mil adeptos presentes explodiram de alegria com o golo que coroava (mais uma) exibição perfumada do Benfica.

O Marítimo passou a dispor de mais posse de bola, mas não criou perigo com a mesma. O Benfica não deixava de visar a baliza madeirense e chegou ao quarto golo – belo remate colocado de Neres.

Os leões da Madeira ainda conseguiram dar um ar da sua graça, com um remate forte de Fábio China, tendo Otamendi impedido o golo. De seguida, o recém-entrado Draxler também ainda foi a tempo fazer o gosto ao pé com um pontapé fulminante ao ângulo superior.

 

A FIGURA

SL Benfica 5
Fonte: Zito Delgado/ Bola na Rede

Rafa (SL Benfica): Dinamizador e dinamite – dois adjetivos que caracterizam outra grande exibição do internacional luso. Marcou o primeiro golo do jogo, foi o cérebro do segundo e assistiu o terceiro. Saiu sob uma chuva de aplausos.

O FORA DE JOGO

SL Benfica 5
Fonte: Zito Delgado/ Bola na Rede

Leo Andrade (CS Marítimo) – Viu logo aos quatro minutos o amarelo, o que condicionou todas as suas ações no resto do jogo. De resto, teve culpas nos três primeiros golos do jogo, muito devido ao seu mau posicionamento.

ANÁLISE TÁTICA –  SL BENFICA

Partindo do habitual 4-2-3-1, a novidade foi a inclusão de Aursnes (que foi pouco influente) ao lado de Enzo no duplo-pivot. Na frente, Grimaldo e Bah fixavam-se nas alas, enquanto Rafa, João Mário e Neres procuravam espaço entrelinhas e no centro do terreno para criarem perigo

Gonçalo Ramos participou pouco na construção ofensiva, descendo ocasionalmente para combinar com os colegas (assim nasceu o primeiro golo) e servir de alvo para cruzamentos e passes de rotura.

Sem bola, o objetivo de a recuperar o mais depressa possível foi muitas vezes alcançado.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Vlachodimos (6)

Bah (7)

Otamendi (6)

António Silva (6)

Grimaldo (7)

Enzo (7)

Aursnes (6)

Neres (7)

Rafa (8)

João Mário (7)

Gonçalo Ramos (8)

SUBS UTILIZADOS

Draxler (7)
Florentino (6)
Gilberto (6)
Ristic (6)
John Brooks (-)

ANÁLISE TÁTICA –  CS MARÍTIMO

Defendendo num 4-4-2 (com Xadas e Joel na frente) compacto, o Marítimo não queria permitir espaços no centro do terreno, não se importando de deixar as alas mais descobertas para alcançar esse objetivo. Em bloco mais baixo, Joel ficava sozinho na frente e a equipa defendia em 5-4-1.

Na recuperação de bola, Xadas era o turbo do ataque, com Vidigal e Zarzana a tentarem ganhar espaço nas alas. A equipa tentava jogar em ataque apoiado, mas depressa se viu confinada a tentar esticar o jogo em Joel.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Miguel Silva (7)

Cláudio Winck (5)

Moises Mosquera (4)

Leo (4)

Vítor Costa (4)

Zarzana (4)

Diogo Mendes (5)

João Afonso (5)

Vidigal (5)

Joel Tagueu (4)

Bruno Xadas (5)

SUBS UTILIZADOS

Fábio China (6)

Lucho (5)

Edgar Costa (6)

Beltrame (5)

Jesús Ramírez (5)

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

SL Benfica

Não foi possível colocar questões ao treinador do SL Benfica, Roger Schmidt.

CS Marítimo

BnR: Na antevisão a este jogo, disse que o Benfica teria mais bola e que o Marítimo passaria mais tempo no processo defensivo; a sua equipa entrou neste jogo em 4-4-2, a conceder pouco espaço entrelinhas e a jogar num bloco compacto, fez isso com o objetivo de reduzir a influência de jogadores mais criativos como Rafa, Neres e João Mário?

João Henriques: Nós queríamos fazer algumas coisas, mas não fizemos nada, a verdade é essa. Nós, na primeira fase queríamos pressionar a construção do Benfica a partir do pontapé de baliza, não houve. Passamos para a fase seguinte, é 4-4-2 para bloquear os médios para a bola não entrar no meio, conseguiu entrar.

Quando defendemos em bloco baixo é 5-4-1, conseguiram entrar. Não fomos suficientemente agressivos para fechar a bola ou para saltar, ganhávamos bola, estávamos em campo grande e pretendíamos transitar, nós nem isso fizemos. Ganhávamos bola e ficávamos encolhidos.

Não é porque os jogadores não têm qualidade, têm, eles sabem fazer isto, só que o momento faz com que as coisas pareçam muito difíceis. Vamos agora olhar para a frente, temos muito ponto pela frente por conquistar e vamos entrar no nosso campeonato com essa confiança, muito melhores.

Para mim um dos pontos mais importantes, que é inegociável, é a agressividade sem bola, sermos um bocadinho mais atrevidos com bola, era fecharmos os espaços, nem isso conseguimos e acho que a melhor fotografia disso mesmo é a as cinco faltas contra as 16 do Benfica, nós pelo menos temos que igualar.

Temos de discutir as faltas, os duelos, mas nós nem nos aproximamos dos jogadores do Benfica. Jogaram à vontade e isso é fruto, não da falta de treino, eles faziam isso, mas não conseguem fazer, estão com mais medo de serem ultrapassados e ficam mais longe da bola porque não arriscam em chegar, em cortarem espaço, estão com medo de errar.

Precisamos de ter confiança e eles já o fizeram, já venceram em vários campos, estes jogadores que ali estão, já tiveram essa capacidade, não desaprenderam.

Afonso Viana Santos
Afonso Viana Santoshttp://www.bolanarede.pt
Desde pequeno que o desporto faz parte da sua vida. Adora as táticas envolvidas no futebol europeu e americano e também é apaixonado por wrestling.

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