Vitória SC 0-0 FC Paços de Ferreira: Nenhuma espada se ergueu

    A CRÓNICA: CONFRONTO EQUILIBRADO TEM O DESFECHO MAIS EQUILIBRADO POSSÍVEL

    Num duelo no primeiro dia do mês, Vitória SC e FC Paços de Ferreira eram adversários nesta 26.ª jornada da Primeira Liga. Para vimaranenses, cimentar a posição de acesso às competições europeias e impedir uma possível ultrapassagem de FC Arouca era fundamental. Para pacenses, o objetivo passava claramente por ultrapassar o CS Marítimo no lugar de play-off.

    No terreno do D. Afonso Henriques, foi o Vitória que começou melhor, com o Paços a assumir mais as rédeas do jogo com o passar do tempo. A primeira parte foi parca em oportunidades, ficando só na retina uma ocasião de golo onde Holsgrove ficou muito perto de marcar, sendo impedido por Celton Biai com uma bela defesa.

    Primeiro tempo combativo e disputado, que também viu Alexandre Guedes introduzir a bola na baliza adversária, porém viria a ser anulado por fora de jogo de Hernâni nessa jogada. Ou seja, jogo a zeros ao intervalo, mas com potencial para que fosse diferente no segundo tempo. Equilíbrio a nível de oportunidades, de posse também muito perto disso e um jogo onde só faltava a bola entrar.

    O Paços de Ferreira começou tal como acabou a primeira parte – bem – e teve logo uma oportunidade de causar mossa nos conquistadores, com Djaló a rematar por cima da baliza. Os castores iam se demonstrando uns furos acima do seu adversário e mais perto de chegar ao desejado golo.

    A segunda parte não se destacava em relação à primeira no capítulo ofensivo, apesar de haver algumas aproximações pontuais. O mais perto que se esteve de gritar golo foi aos 73 minutos, onde Hernâni encostou para dentro da baliza, num lance que seria invalidado por falta de Nigel Thomas.

    Esse lance teve o condão de trazer animo ao jogo, porque logo de seguida o Vitória ficou perto de marcar através de Mikey Johnston, que rematou ligeiramente ao lado. Na sequência desse momento, Marafona viu cartão vermelho direto. Inicialmente foi amarelado por demorar a bater o pontapé de baliza e depois viu mesmo o vermelho direto por protestos com o árbitro.

    Os virtuosos não conseguiam quebrar o nulo, mas não era por falta de tentativas. Rúben Lameiras serviu a bola numa bandeja para Anderson Silva, que cabeceou ao lado da baliza, agora sob proteção de Vekic.

    Já em tempo de compensação, o Vitória aumentava a pressão no último terço e cada ataque era sinónimo de perigo. Johnston ficou perto de marcar aos 94 e Maga ainda mais perto ficou logo no minuto a seguir. Num ritmo verdadeiramente alucinante e sem haver indícios, o Paços fica mesmo perto de marcar mesmo com dez, com um remate brutal de Nigel Thomas a bater na barra.

    Apesar do maior fulgor nos últimos instantes, nenhuma das equipas conseguiu fazer o golo que queriam e o jogo ficou 0-0. Havia potencial para mais, num resultado que não espelha o que se passou em campo.

    A FIGURA

    Vitória SC
    Fonte: Vitória SC

    Mickey Johnston – Há qualquer coisa neste jovem jogador. Fantasista, foi agitador vindo do banco e esteve em alguns dos melhores momentos da sua equipa. Tem qualidade para dar e vender.

    O FORA-DE-JOGO

    Marafona– Independentemente de ser questionável o seu cartão amarelo, o guarda-redes dos castores já tem, certamente, experiência suficiente para saber que não se pode reagir assim. Pôs a equipa em cheque e poderia ter sido fatal.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Vitória SC

    BnR: Falou da questão da ansiedade e do nervosismo do jogo, sente que está relacionado com a juventude do plantel ou outro fator? Que avaliação é que faz dessa situação?

    Moreno Teixeira: Os adeptos do Vitória já não estão para ouvir a questão da juventude. Temos que perceber que temos seis miúdos que o ano passado estavam na Liga 3, na equipa B. Isso poderá ser uma das razões, e aí é por isso que a responsabilidade será sempre minha na mensagem que possa passar, no que é perceber o que é jogar no Vitória, nestes ambientes, por vezes os adeptos e vem um ambiente de querermos atacar muito à pressa e precisámos de critério. Alguma inexperiência poderá ser, agora é com isto que temos que trabalhar e estou muito satisfeito por trabalhar com estes atletas. Não é este jogo que menos conseguido que me tira alguma desconfiança.

    FC Paços de Ferreira

    BnR: Até à expulsão, a nível de detalhes, o que é que sente que faltou à sua equipa para se superiorizar ao Vitória?

    César Peixoto: Mais? Acho que faltou a finalização e um dos golos que tivemos anulado. Não está em causa a qualidade de trabalho do Moreno, dos jogadores e da equipa do Vitória, enquanto tivemos 11 para 11 o Paços foi claramente superior. O Vitória com pouca capacidade para ter bola, dificilmente nos criou perigo, não me lembro de nenhum. Por isso, faltou conseguirmos jogar o jogo a 90 minutos 11 para 11, marcámos duas vezes, mas foram anulados. Parabéns à minha equipa, fizemos um grande jogo.

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    Fernando Coelho
    Fernando Coelho
    Jogador de futsal amador, treinador de bancada profissional. A aprender diariamente, acredita que o desporto pode ser diferente. Escreve com acordo ortográfico.