CS Marítimo 1-3 Vitória SC: Luís Castro volta a ser feliz na Madeira

    O Vitória SC foi o primeiro a estragar a festa dos madeirenses em casa do CS Marítimo. Invicta no Estádio dos Barreiros, a equipa de Cláudio Braga recebia os vimaranenses num duelo já clássico no futebol português e que se adivinhava bem disputado. Já o treinador dos minhotos voltou a ser a pedra na engrenagem dos insulares, depois de já na época passada ter interrompido a série vitória da então equipa de Daniel Ramos, na altura em que Luís Castro comandava o GD Chaves.

    Os primeiros minutos mostravam um jogo intenso e animado, com alguma superioridade dos vitorianos que chagavam mais vezes à área de Amir. Numa dessas investidas, Guedes já tinha ameaçado, e foi num lance muito semelhante que o avançado português inaugurou o marcador, aos 11 minutos.

    O Vitória estava claramente melhor no jogo, e pouco depois do primeiro, Ola John podia ter aumentado a vantagem num remate cruzado, mas o esférico saiu centímetros acima. Só a partir daí se começou a desenhar a reação dos insulares.

    A melhor jogada do Marítimo até então surgiu aos 20 minutos, quando China apareceu nas costas de Ola John, mas o remate de primeira do lateral madeirense saiu ao lado. A ocasião marcou, ainda assim, o início de um período de maior ascendente maritimista, e numa das melhores ocasiões para os homens da casa, Danny atirou à barra, num remate perigoso da quina da área, aos 24’. Seguiu-se ainda, três minutos depois, nova grande oportunidade, mas Douglas negou o empate a Rodrigo Pinho, com uma defesa providencial.

    O jogo tornou a equilibrar após a meia-hora, com Marítimo e Vitória a dividirem as despesas. A equipa de Luís Castro estivera encostada às cordas, e passara grande parte do tempo a jogar de forma pouco habitual, em relação ao estilo privilegiado pelo treinador transmontano. O futebol orquestrado dava lugar às transições rápidas. Do outro lado, os verde-rubros até dispuseram de algumas ocasiões, mas faltava fazer melhor em frente à baliza. O lado esquerdo também se revelava problemático, com China obrigado a subir e a descer constantemente, deixando o corredor desapoiado.

    Luís Castro voltou a ser feliz na Madeira, depois de na época passada, ao serviço do GD Chaves, ter interrompido a série vitoriosa de Daniel Ramos
    Fonte: Bola na Rede

    Após o reatamento, o Marítimo entrou mais determinado para chegar ao empate, mas os desequilíbrios continuavam a ser evidentes. Promovendo uma alteração tática, com dois avançados, o lado esquerdo acabou por ser sacrificado, deixando China sozinho, dividindo as tarefas ofensivas e defensivas. O lateral madeirense tinha por missão criar os desequilíbrios pelo flanco canhoto, mas a falta de cobertura dada por Jean Cléber e Fabrício significava que o Marítimo ficava desprotegido quando a defender.

    Cláudio Braga teve a oportunidade de alterar o xadrez, mas a entrada de Edgar Costa para o lugar de Danny acabou por não alterar em nada o posicionamento. Seguiu-se a entrada de Leandro Barrera, aí sim colocando um extremo em cada flanco, mas o segundo golo dos vimaranenses surgiu precisamente quando o argentino se preparava para entrar.

    Alexandre Guedes foi o homem que deu ao Vitória o segundo tento de vantagem, surgindo bem perto da pequena área, para responder ao cruzamento da direita. A partir desse momento, o Marítimo acertou o posicionamento, mas já era tarde, e o Vitória continuava mais perigoso e mais perto do terceiro.

    Já se adivinhava e o ponto de exclamação apareceu por intermédio de um pontapé da marca de grande penalidade. Ola John infiltrou-se na área insular e Fábio China derrubou o vitoriano. Na conversão, André André finalizou sem problemas, colocando no marcador o terceiro golo do encontro. Já nos descontos, o Marítimo ainda chegou ao tento de honra, com um belo golo de Jorge Correa, num remate poderoso e de difícil execução, de pé esquerdo e ainda de fora da área.

    De pouco ou nada serviu, porém, e o resultado final foi justo para o Vitória, que nem precisou de carregar no acelerador. O Marítimo apenas se mostrou a bom nível durante 10 minutos na primeira parte, e os erros técnicos e falhas de interpretação dos jogadores revelaram-se fatais, naquela que foi a pior exibição dos madeirenses nesta temporada. Cláudio Braga não se livrou de forte assobiadela, de um estádio onde já se começaram a ver os lenços brancos e que apenas reservou aplausos para os jogadores verde-rubros.

     

    CS Marítimo: Amir Abedzadeh, Bebeto, Zainadine, Lucas Áfrico, Fábio China, Jean Cléber, Fabrício Baiano (Barrera, 69’), Jorge Correa, Danny (Edgar Costa, 62’), Rodrigo Pinho (Ricardo Valente, 73’) e Joel Tagueu

    Vitória SC: Douglas, Sacko, Osório, Pedro Henrique, Rafa Soares, André André, Alhassane Wakaso, Tozé (João Carlos Teixeira, 83’), Ola John, Davidson (Tyler Boyd, 78’) e Guedes (Rincón, 89’)

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    Marco António Milho
    Marco António Milhohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no Funchal, licenciou-se em Ciências da Comunicação, antes de passar pela redação do Diário de Notícias da Madeira. Dividido entre a rádio e a escrita, é amante incorrigível do jornalismo, do cinema, da história e do desporto em geral, onde o futebol e o basquetebol ocupam o lugar de destaque.                                                                                                                                                 O Marco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.