Antes de mais tenho algo a dizer. SC Braga, agora que tenho um cantinho para falar de ti, tu deixas-me mais uns dias à espera… 1-1 no fim… Pazes (quase) feitas! Que seja quinta-feira a vitória que por mim espera. Aí, sim, fazemos as pazes!
E agora um bocadinho do jogo para apaziguar a coisa. Num dia algo frio e chuvoso, não houve rigorosamente nada que tenha corrido bem ao Braga. Três jogadores a saírem lesionados, aos quais esperemos que nada de grave tenha sucedido. Uma série de remates defendidos por parte de Stefanovic, que, com uma grande exibição, deverá ter levado a bola para casa. Ou parte dela… Quanto mais não seja na boca… Visto que esta também foi a última linha de defesa. Por curto que seja o espaço, aquele sorriso de orelha a orelha de Stefanovic foi crucial. Por fim, uma equipa em alta rotação, que de tanta rotação deixou o carro em velocidade cruzeiro e poupou gasolina nas descidas. Todos devem jogar. Concordo a 100% com esta velha afirmação. Mas não todos ao mesmo tempo… As alterações efectuadas pelo Braga, a começar na baliza e a acabar no ataque, são inteligentes e necessárias, mas demonstram através do resultado que ou se roda ou se põe a bola a rolar. Independentemente de tudo, lá algo remendados, demos a volta à situação e espalhámos o nosso bom futebol.
Merecíamos mais sorte no jogo e não na arbitragem. Depois de um golo anulado, a meu ver mal, à equipa do Moreirense, o jogo transcreveu-se em mais do mesmo. No final da primeira parte, não tivesse sido o remate para golo de Iuri Medeiros, o Moreirense ia para intervalo sem perceber em qual baliza atacava. Do Braga fica uma série de tentativas, com Stefanovic a ser a estrela do jogo. Findo o primeiro tempo e começado o segundo, o Moreirense, numa boa entrada em campo, pressiona o Braga e consegue colocar-se em vantagem no marcador. Tal foi a pressão que a bola acabou mesmo por entrar. No meio de tanta gente, foi Evaldo o último a lá chegar. Um para os cónegos e zero para os arcebispos. Num jogo com tanta religiosidade, foi penálti para o Braga. Stefanovic, em jeito de passada, consegue não um, nem dois, mas perto de três metros a Josué, que, com a sua modesta estatura, igual à minha, diga-se, por sinal, vê o caminho da baliza mais curto e nova gracinha para o guarda redes do Moreirense. Adivinhe-se onde é que a bola acertou na recarga? Mais não digo.
De seguida, mais um conjunto infindável de ataques e remates do Braga, que por muito que continuassem haveriam de nunca entrar. Os cónegos viram que a sorte do jogo não estava do lado arsenalista e aproveitaram da melhor forma, explorando as costas e o erro. Miguel Leal lança Boateng na corrida, que, apanhando o testemunho de Iuri, foi quase sempre em frente. O Braga, lá tremido, foi-se aguentando.
Jogo muito duro de parte a parte, mas quem ofereceu mais pancada esta semana foi mesmo o Moreirense. Vermelho dentro de campo, Vitor Gomes fora. Apanhando-se numa vantagem numérica aparente, pois esgotadas as substituições, Arghus e Baiano saem de cabeça erguida mas de pernas bem marcadas, fazendo companhia a Pedro Santos, que já se encontrava nos cuidados médicos. O Braga lá continuou a massacrar, apesar de algumas bolas perdidas sem grande desculpa no meio-campo. Tentava e tentava, mas não era hoje que Stefanovic deixava. Até que, do alto da sua estatura, Boly, na cara do golo, faz o empate e retira o sorrisinho, mal merecido diga-se de passada, bem merecido de passagem, ao guarda-redes da equipa visitante. No final, 1-1. Ninguém ganhou, ninguém perdeu. Paz no Minho entre cónegos e arcebispos. Que a sorte esteja com o Braga na quinta-feira.
Quinta-feira quero fazer as pazes! Força, Braga! Sempre juntos!
A figura:
Stefanovic – Com todas as partes do corpo negou o golo ao Braga, e é a ele que o Moreirense deve agradecer o ponto conquistado.
O Fora de Jogo:
Vítor Gomes – Tanto pela imprudência nas entradas, como pelo penálti cometido e pela a expulsão, tornou-se “quase” um mal menor para o Moreirense…