Académica OAF 2-1 FC Porto B: Encanto na hora da despedida de Costinha

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Coimbra teve encanto na hora da despedida da época… e de Costinha. Académica e FC Porto B protagonizaram um jogo, na sua generalidade, bonito e marcado pela vontade de vencer dos estudantes e pela qualidade técnica dos dragões. No fim, ganhou a Briosa, conforme mereceu, atenuando a mágoa de ainda não estar de regresso ao escalão principal.

Perante um FC Porto B a tentar encontrar-se no meio das mudanças promovidas pelo seu treinador (jogou e venceu, a meio da semana, a final da Premier League Internacional Cup), a Académica começou a partida a ganhar ascendente nos instantes iniciais, por força do espírito empreendedor de Kaka, capaz de encontrar e lançar Marinho e Traquina nos flancos. O problema esteve na fase de decisão, que tornou inconsequentes esses primeiros 15 minutos de domínio.

O esbanjamento dos estudantes foi aproveitado pelo FC Porto B, que começou a ligar setores e a conseguir criar oportunidades de golo, com Graça em destaque neste particular. Primeiro aproveitou uma má reposicao de um pontapé de baliza batido por José Costa para progredir e obrigar o guardião dos estudantes a defesa difícil e, depois, com quatro adversários ao seu redor, foi capaz de descobrir a integração de Verdasca no ataque. Este visou a área, onde apareceu Ruben Macedo a disparar por cima.

Costinha dá instruções aos jogadores da Académica... pela última vez
Costinha dá instruções aos jogadores da Académica… pela última vez

O jogo ganhou equilíbrio e foi sobre esta nota que a Academica chegou ao golo inaugural. Kaka, sobre a meia hora de jogo, aproveitando uma desatenção de Gudiño num lance aparentemente ofensivo, contornou o guarda-redes dos dragões e coloriu o marcador. O FC Porto B não se ficou e, 5 minutos depois, igualou a partida na sequência de uma bola parada exemplarmente batida por Rui Moreira e que teve o condão de acalmar as hostilidades, fazendo com que o intervalo chegasse numa toada mais “calma”…

… Que se arrastou até ao início do segundo tempo. O jogo entrou num estranho marasmo (dada a primeira parte), com o qual só Makonda e Kaka, no primeiro quarto de hora, quiseram romper.
Costinha e Folha tiveram, pois, que mexer. Ki entrou para o lugar de Kaka, nos estudantes, ao passo que Fede Varela e Pereira renderam Tomás Podstawski e Tony Djim do lado do FC Porto B.

Trocas que beneficiaram a Academica. É que, para além de perder fulgor ofensivo, o meio-campo do FC Porto B perdeu a cola que ia impedindo a Briosa de ganhar ascendente, e permitiu o atrevimento dos estudantes – Yuri de cabeça, atirou a trave e Rui Miguel, na pequena área, atirou ao lado.

Folha, descontente, colocou em campo um dos seus trunfos – Galeno. O brasileiro agitou, como costuma e, ao romper pela área academista, quase era feliz. Mas, sozinho, não podia fazer mais que se ficar pelo inconformismo, e este foi só um pormenor no meio de um domínio academista, que voltou a ser manifestado em quatro oportunidades – primeiro Rui Miguel atirou para defesa difícil de Gudiño e Makonda, na recarga, atirou a trave, e depois, o mesmo Rui Miguel atirou por cima, à semelhança do que Ernst (já entrado para o lugar de Marinho) tinha feito uns minutos antes.

Calor não deu tréguas e os jogadores do FC Porto B aproveitaram uma assistência méida para se refrescar
Calor não deu tréguas e os jogadores do FC Porto B aproveitaram uma assistência méida para se refrescar

Adivinhava-se o golo dos estudantes. Só faltava um bocadinho mais de discernimento. Estava no banco. Costinha decidiu tirar Rui Miguel e colocou Diogo Ribeiro. 2 minutos depois, aos 86′, tirava frutos desta troca: o número 66 dos estudantes correspondeu da melhor maneira a um cruzamento de Traquina e devolveu a liderança no marcador à Briosa. Um golo festejado em euforia pelo jogador formado no Esperança de São Martinho e na Academica, que tirou a camisola e foi engolido em abraços pelos seus colegas.

Uma imagem que marca a união que existe num balneário nem sempre recompensado devidamente pelas incidências do jogo e que merecia, pelo seu profissionalismo, muito mais que o 6º lugar em que terminou a época.

Pedro Machado
Pedro Machado
Enquanto a França se sagrava campeã do mundo de futebol em casa, o pequeno Pedro já devorava as letras dos jornais desportivos nacionais, começando a nascer dentro dele duas paixões, o futebol e a escrita, que ainda não cessaram de crescer.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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