Académico de Viseu FC 1-1 CF Estrela da Amadora: Um mal menor

    A CRÓNICA: ESTRELISTAS COM MAIOR PODERIO FÍSICO, ACADÉMICO MAIS LUTADOR

    Depois da vitória do SC Farense, Académico de Viseu FC e CF Estrela da Amadora sabiam que a importância da vitória seria ainda maior na luta pela subida ao principal escalão.

    Com maior poder físico, o Estrela começou com mais cedo, mas cedo o jogo ficou partido com um ligeiro ascendente para a equipa da casa mais visível nos últimos 20 minutos antes do intervalo. Mesmo assim, foram os visitantes a terem as duas melhores oportunidades frutos de falhas da defesa viseense com Capita a desperdiçar isolado perante Gril. Já do lado do Académico faltou melhor definição na hora de finalizar.  Só Ott acertou na baliza ao fazer um chapéu a Brigido que afastou para cima.

    Na segunda parte, o Estrela voltou a entrar mais dominante, mas sem conseguir alvejar a baliza adversária e a situação complicou-se com a saída de Capita. O avançado angolano era o único que conseguia desequilibrar o jogo no tridente da frente. Depois a partir da hora de jogo, o Académico voltou a ter mais bola e voltou a revelar alguma ineficácia a finalizar. Ott teve a melhor situação de perigo com um remate forte de meia distância a obrigar Brigido à defesa da tarde.

    No entanto, contra a corrente do jogo foi o Estrela a abrir o marcador. Num canto cobrado pela direita por Jean Felipe, o recém entrado Aloísio cabeceou mais alto do que todos e deu vantagem aos visitantes.

    Jorge Costa meteu a carne toda no assador e foi premiado com o empate. Nos descontos, André Almeida atirou rasteiro para dentro da grande área e Clóvis solto de marcação contornou o guarda redes adversário e atirou para o 1-1.

    Empate que se aceita, mas que não beneficia nenhuma das duas equipas pela vitória do Farense. Destaque também para a maior assistência na Segunda Liga até ao momento. 4657 espectadores marcaram presença no Estádio do Fontelo.

    A FIGURA

    André Clóvis Académico Viseu FC Porto
    Fonte: Paulo Ladeira/Bola na Rede

    André Clóvis – O melhor marcador da segunda liga tentou aparecer no jogo, mas teve bastante dificuldade para ter bola face à defesa estrelista. Contudo, o ponta de lança brasileiro mostrou toda a sua capacidade ao desmarcar-se e contornar o guardião para fazer o empate. Oportuno.

    O FORA DE JOGO

    Académico de Viseu FC
    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    André Almeida – Apesar de estar na base da jogada do empate, o central do Académico acabou por falhar nas duas melhores oportunidades de jogo do Estrela ao deixar passar a bola nas suas costas.  No lance do golo adversário, o defesa partilha responsabilidades com o colega Arthur Chaves.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Académico de Viseu FC

    BnR: Perante aquilo que se passou em campo, foi um ponto ganho ou dois perdidos?

    Jorge Costa [técnico principal]: Não sei. Em termos de oportunidades claras de golo, deve ter sido o Estrela aquelas mais evidentes de 1×1. Nós tivemos também o Chris na pequena área, tivemos dois ou três lances de bons cruzamentos e chegadas a zonas de finalização. 

    Também não é muito preocupante honestamente. Aquilo que queria fazer desde que cheguei aqui a Viseu, estou a conseguir fazê-lo de forma fabulosa. Nós estamos a divertir-nos, a lutar todos os jogos pelos três pontos e a bater contra quaisquer equipas sem qualquer tipo de receios.

    BnR: A solução final com dois pontas de lança é algo preparado no treino para estas situações em que a equipa está em desvantagem no marcador?

    Jorge Costa: Eu não tive muito tempo para treinar. Quando cheguei, já a pré época tinha acabado e já tínhamos cinco ou seis jogos e, depois se bem se lembram houve aquela fase de Taça da Liga e Taça de Portugal. Por isso, houve muitos jogos em que quase não houve tempo para treinar. Era jogar, recuperar, jogar, recuperar.

    Portanto, há alguns processos de jogo que gostaria de ter tido mais tempo e outro tipo de condições para o fazer nomeadamente a alteração de um sistema de jogo que não é fácil. Porém, por exemplo, fizemo-lo contra o Torreense na segunda parte toda e deu resultado. 

    Hoje foi mais em SOS. Faltavam quatro minutos e dez segundos [risos].

    CF Estrela da Amadora

    BnR: O Capita estava a ser o elemento mais desequilibrador no tridente ofensivo. No entanto, o avançado foi um dos primeiros a ser substituído. Esta decisão está relacionada com limitações físicas do atleta?

    Sérgio Vieira [treinador principal]: Exatamente. O Capita foi muito desequilibrador durante a primeira parte e no início da segunda parte. Sabíamos que tínhamos de ter muita precaução devido aos problemas que teve nos últimos tempos. Tínhamos de ser responsáveis nessa gestão. 

    Já estava a dar alguns indicadores, assim como o Kikas também. Tivemos de fazer essa gestão de uma forma natural. Tínhamos o Regis e o [Diogo] Salomão e acabámos por refrescar os corredores na parte da frente. Era uma coisa natural que nós tínhamos planeado e que podia acabar por acontecer. 

    BnR: Depois deste balde de água fria final com o golo do empate, como sentiu o ambiente no balneário entre os jogadores?

    Sérgio Vieira: Como uns campeões reais com tristeza. Tristeza por saber que podiam chegar aqui e ganhar como sentimos contra o Moreirense lá no final do jogo, quando empatamos por 0-0 e falhámos um penalti. Tivemos oportunidades e podíamos ter ganho. Como sentimos também com o Farense em que nos deixámos empatar, nos últimos segundos, com aquele penalti. 

    Os campeões não se satisfazem por levarem um ponto de uma casa difícil, de um adversário difícil e de um campo difícil. A atitude foi a de campeão com tristeza e a fazer luto do objetivo não cumprido. 

    Amanhã talvez ainda se vá manter isso, mas o primeiro dia da semana e o segundo já é para reverter essa situação e focar na alegria, no trabalho, no próximo adversário, naquilo que nós controlamos para que repetir o que fizemos hoje.

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    Pedro Filipe Silva
    Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.