Académico de Viseu FC 2-0 SC Farense: Viseenses encostam-se aos algarvios

    A CRÓNICA: GOLOS NOS TIMINGS CERTOS DÃO VITÓRIA AO ACADÉMICO

    O SC Farense com a estreia de José Mota criou bastantes dificuldades ao Académico de Viseu FC com a sua pressão alta. Contudo, as duas equipas conseguiam rematar e chegar às grandes áreas sem que houvesse oportunidades de golo. Já em período de descontos, Ott assistiu Quizera que junto à grande área rematou rasteiro para o 1-0.

    Na segunda parte, os algarvios vieram tentar impor o seu jogo, mas depressa o Académico de Viseu subiu as linhas e aproximou-se da baliza adversária. Só que isto permitiu ao Farense explorar as transições rápidas, mas sem grandes efeitos. Aos 67’, a expulsão de Toro por duplo amarelo deixou a equipa da casa com menos um e José Mota meteu as fichas todas, abdicando de um dos centrais. Todavia dez minutos depois, num lance muito rápido, Ott cruzou rasteiro para o recém-entrado Yuri Araújo matar o jogo. Os últimos minutos acabaram por ser o Farense a asfixiar o Académico na sua grande área com Gril a fazer duas boas intervenções.

    Vitória para a equipa que marcou nas melhores alturas do jogo. Este resultado deixa o Académico de Viseu com 34 pontos a um do Farense. Os algarvios foram ultrapassados pelo Estrela da Amadora na classificação e ocupam agora o terceiro lugar que dá acesso ao playoff de subida.

    A FIGURA

    Fonte: Paulo Ladeira/Bola na Rede

    Gautier Ott – O francês foi um dos elementos importantes no movimento ofensivo e fez os passes decisivos para os dois golos do Académico de Viseu. De resto, foi mais um elemento abnegado no trabalho coletivo da equipa.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Cláudia Figueiredo/Bola na Rede

    Marco Matias – O extremo experiente do Farense passou ao lado do jogo. Não há qualquer recordação no jogo completo do jogador mesmo no último quarto de hora de sufoco na grande área adversária. Esta exibição contrasta com o que tem sido a sua influência na época do Farense.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Académico de Viseu FC

    BnR: Com a expulsão do Toro, as substituições que fez, posteriormente, tinham o objetivo de reforçar o meio campo?

    Jorge Costa: Não, nós mantivemos praticamente a mesma estrutura. Só passamos a jogar sem ponta de lança. Como tínhamos perdido um jogador no meio campo, era importante repor aquilo que nós queríamos que era três jogadores no meio campo.

    Sabíamos que o Farense iria tentar puxar para o lateral para o jogo direto para as primeiras e segundas bolas. Era importante estarmos fortes e estivemos na disputa da primeira bola e ter gente suficiente para disputar a segunda bola que acabamos por perder algumas, mas que é normal com o volume de bolas que o Farense colocou.

    Basicamente era deixar o Farense chegar a zonas laterais e fechar o espaço interior.

    BnR: Com a lesão do André Almeida e sem o Ícaro no banco, apostou no Chris Nduwarugira para central. É uma aposta de recurso em situações logo a seguir aos quatro centrais?

    Jorge Costa: Ou era o Chris ou era eu. Eu não estou inscrito, por isso, não tínhamos outra opção. Não é uma posição nova para ele e fê-lo bem na minha opinião.

    SC Farense

    BnR: Fez a primeira substituição ainda durante a primeira parte com a substituição do Diogo Viana pelo Miguel Bandarra. Houve algum problema físico ou foi opção técnica?

    José Mota: Foi pura e simplesmente a condição física. Não sei bem o que ele sentiu, mas foi substituído porque se lesionou. Aliás, ele entrou muito bem no jogo e como é óbvio não faria esse tipo de alteração. Foi exatamente por limitações físicas.

    BnR: A equipa sofreu o primeiro golo mesmo à beira do intervalo. O que disse aos jogadores porque pareceu que entraram na segunda parte novamente a mandar no jogo?

    José Mota: Pareceu não, o Farense tomou conta do jogo. Aliás, o jogo foi um bocadinho assim. O Viseu usava sempre as transições e aproveitou duas ou três vezes. Vocês podem reparar nas estatísticas que há realmente um desnível muito forte.

    Agora é com esta determinação, é com esta qualidade que tivemos muitas vezes que vamos chegar mais perto de vencer. É claro que trabalhamos para conseguir vitórias. Se pudermos ganhar, hoje diríamos que tínhamos feito um jogo maravilhoso porque viemos a casa de um candidato e impusemos o nosso ritmo de jogo, obrigámos o adversário a baixar e a fazer muitas faltas. Dominámos em muitos aspetos, mas a verdade é que não ganhámos e, por isso, não estamos felizes.

    A equipa tem princípios e demonstrou que tem e que vai ter um futuro bom. Isso não tenho dúvidas.

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    Pedro Filipe Silva
    Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.