A CRÓNICA: REVIRAVOLTA RECOMPENSOU RISCO FINAL DO ACADÉMICO DE VISEU FC
Depois da goleada na Taça de Portugal, frente à Académica OAF, era interessante ver como a equipa de Académico de Viseu FC iria reagir num jogo referente à Segunda Liga contra um dos candidatos à subida, o GD Chaves.
O jogo começou com os forasteiros a terem mais bola, mas com os viseenses a estarem mais perigosos no ataque. Logo nos primeiros dez minutos de jogo, num contra-ataque rápido, Ayongo conseguiu chegar à área vindo da direita cruzou rasteiro para João Vasco, que só com o guarda redes pela frente, mas pressionado por um adversário, atirou por cima.
A equipa da casa apresentava-se compacta e bem organizada a nível defensivo e aproveitava os erros na defesa dos flavienses. O guardião do Chaves, Paulo Vitor repôs mal a bola em jogo e colocou a bola em Ayongo. O avançado, já nas imediações da grande área, rematou forte, obrigando o guarda redes brasileiro a socar a bola com os punhos para longe da baliza. Aos 25 minutos, nova oportunidade para a equipa da casa com Paná a lançar na direita para Ayongo que rematou para uma bela defesa do guardião junto ao poste direito da baliza, desviando a bola para a linha de fundo.
À medida que os minutos passavam, o Desportivo de Chaves estava cada vez mais a encostar os academistas à sua área defensiva. No entanto, os visitantes não conseguiam incomodar o guarda redes da equipa da casa. Só que aos 43 minutos, Roberto cabeceou para o fundo da baliza do Académico, depois de um cruzamento de Batxi pela direita para a grande área.
A segunda parte iniciou-se com o Desportivo de Chaves a estar com maior posse de bola e mais avançado do terreno de jogo. Contudo, o Académico de Viseu esteve perto de empatar na sequência de um livre de Mesquita, despejando a bola para dentro da grande área. Em boa posição para fazer o golo, Ayongo viu um defesa do Chaves fazer o corte no momento em que ia rematar. Logo de seguida, foi Toro que esteve perto de alargar a vantagem, com um remate à entrada da área, mas que acabou desviado para fora ao embater involuntariamente nas costas de Wellington.
Com as entradas de Carter e de André Carvalhas, passou a ter mais bola e a estar mais perto da baliza flaviense, mas aí foi a equipa de Carlos Pinto a dar pouco espaço aos viseenses.
O Académico acabaria mesmo por empatar a cinco minutos dos 90´. Da esquerda, Zimbabwe cruzou para Mathaus, que num remate rasteiro à meia volta, atirou para o fundo da baliza do Chaves. No entanto, a reação dos anfitriões não iria ficar por aqui. Passados dois minutos, num lance sem bola, Rafael Viegas derrubou João Vasco dentro da grande área flaviense. Carter não tremeu na grande penalidade e atirou para a reviravolta na partida.
O Académico de Viseu está no melhor momento da época com duas vitórias consecutivas, já o Desportivo de Chaves falha a aproximação aos lugares de subida à Primeira Liga.
A FIGURA
#VFCxAVFC
⚽️ GOLOOOOO AYONGO !
Vitória FC 0-1 Académico de Viseu FC
#TerrasdeViriato #AVFC #Viriato
Publicado por Académico de Viseu Futebol Clube em Quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Ayongo – Não esteve envolvido em nenhum dos dois golos do Académico de Viseu, mas foi ele o elemento mais desequilibrador na maioria do jogo, em especial na primeira parte. Através da mobilidade e do controlo de bola que possui, consegue dar mais verticalidade ao jogo da equipa viseense. No entanto, falta-lhe ainda confiança para rematar, no momento certo, à baliza.
O FORA DE JOGO
Publicado por Grupo Desportivo de Chaves em Sexta-feira, 7 de junho de 2019
Rafael Viegas – Acabou por cometer o penalti que levou a sua equipa à derrota, de forma precipitada, num lance em que João Vasco não tinha posse de bola. Já na primeira parte deixou Ayongo muitas vezes ter liberdade e espaço para fazer o que queria com a bola. Apesar de estar muitas vezes, mais adiantado, quando a equipa do Desportivo de Chaves atacava, foi inconsequente.
ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICO DE VISEU FC
Pedro Duarte apostou num 4-4-2, sem um ponta de lança fixo na frente, apenas dois extremos, João Vasco, pela esquerda, e Ayongo, mais pela direita. Diogo Santos e Zimbabwe faziam o tampão do meio-campo, num duplo pivô defensivo. Paná era o médio mais próximo da dupla da frente, com Joel a ficar encarregue pela ala direita. Na segunda parte, Carter acabou por entrar para a frente do ataque academista, passando o esquema tático para 4-3-3.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Ricardo Fernandes (7)
Jorge Miguel (7)
Mathaus (8)
João Pica (7)
Mesquita (7)
Zimbabwe (7)
Diogo Santos (7)
Paná (6)
Joel (6)
João Vasco (6)
Ayongo (8)
SUBS UTILIZADOS
Carter (8)
André Carvalhas (7)
Jeremias Push (-)
ANÁLISE TÁTICA – GD CHAVES
Carlos Pinto apostou, por sua vez, num 4-3-3 com Roberto como referência ofensiva no centro, com Wellington e Batxi, nas laterais. Nuno Coelho era o médio mais recuado, com Toro e Zé Tiago mais adiantados a apoiarem o ataque flaviense.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Paulo Vitor (6)
João Reis (6)
Rocha (6)
Bura (6)
Rafael Viegas (5)
Nuno Coelho (5)
Wellington (7)
Zé Tiago (6)
Toro (6)
Batxi (7)
Roberto (7)
SUBS UTILIZADOS
João Correia (6)
Luís Silva (-)
BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
GD Chaves
BnR: O Desportivo de Chaves teve mais posse de bola e encostou o adversário mais à sua zona defensiva. Contudo, a sua equipa teve poucas oportunidades de golo. O que faltou?
Carlos Pinto: Se vocês repararem, a melhor oportunidade na segunda parte é nossa, do Wellington que rematou para a defesa do guarda redes do Viseu. Na primeira parte, também tivemos uma ou outra oportunidade. Foi um jogo de grande entrega das duas equipas. Tivemos muita posse de bola, mas não fizemos muita mossa. Na segunda parte, o Viseu não teve uma oportunidade de golo. As equipas trabalharam muito bem, em termos defensivos. Em termos ofensivos, não houve grandes oportunidades de golo. Em termos de qualidade de jogo, ficou um pouco aquém, atendendo aos intervenientes que estavam dentro do campo.
Académico de Viseu FC
BnR: O plano do Académico hoje era dar a iniciativa do jogo ao Chaves e aproveitar os espaços livres do adversário para explorar o contra-ataque?
Pedro Duarte: Sabíamos que o Chaves, no processo ofensivo, mete os extremos por dentro e os laterais muito projetados. Numa primeira fase, para combater essa organização ofensiva do Chaves, teríamos de estar extremamente organizados no processo defensivo. Mas ao mesmo tempo estar conscientes de que, através dessa organização defensiva, poderíamos permitir uma recuperação de bola e explorar os corredores laterais e se formos a ver nos primeiros 10/15 minutos, as situações de perigo que nós criámos foi fruto disso e a estratégia de jogo era um bocadinho essa.
Sabíamos que o Chaves ia ter mais bola, não temos problema nenhum em assumir. Mas queríamos ser extremamente fortes naquilo que a nossa organização defensiva para depois poder explorar esses espaços que o Chaves dá normalmente nos corredores laterais. Foi isso que fizemos na primeira parte. Poderíamos ter feito golo em duas situações: pelo Ayongo e pelo João Vasco. Obviamente, com o passar do jogo e com o Chaves em vantagem, “demos” um bocadinho mais de bola na segunda parte e aí jogámos mais instalados no campo defensivo do Chaves.
Depois acabámos por fazer de um golo de canto e outro de penalti. Se ganhamos os jogos em bolas paradas ou em bola corrida, isso não é o que mais me preocupa. Efetivamente nós queremos é ganhar. As bolas paradas dão muito trabalho durante a semana e acabámos por fazer o golo através de bola parada, embora fosse na sequência de ressaltos. Já tínhamos feito na semana passada. Também fico satisfeito por ficarmos a ganhar, nesse momento do jogo. Como digo, muito satisfeito, orgulhoso pelo que fizemos. Segunda-feira voltamos ao trabalho para começar a preparar o jogo frente ao FC Porto B.