Casa Pia AC 3-1 CD Mafra: A Primeira mais perto à boleia do Saviour

    A CRÓNICA: MAFRA AINDA EMPATOU,
    MAS CASA PIA FOI NOVAMENTE SÓLIDO

    Saviour Godwin foi a estrela maior do jogo entre Casa Pia AC e CD Mafra, desta terça-feira à noite, encontro que fechou a jornada 25 da Segunda Liga. Se o Casa Pia já sabia que o SL Benfica B tinha perdido e que podia alargar a sua vantagem na liderança, o CD Mafra vinha de uma experiência amarga na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal (derrota com o CD Tondela por 3-0).

    E o jogo começou praticamente com o golo dos gansos. De pontapé de canto, como já aconteceu várias vezes esta época. Aos 2 minutos, Leonardo Lelo bateu a bola parada do lado direito, com Antoine a ganhar de cabeça no ar e a finalizar. Mas a equipa de Ricardo Sousa não se deixou ficar e continuou a jogar como se não houvesse golos. E chegou ao empate aos 23 minutos, também de bola parada. Num livre batido para a área, a bola bate em Kelechi e fica à mercê de Pedro Lucas, que aproveita uma saída mal calculada de Ricardo Batista da baliza para fazer o empate.

    Aos 32 minutos, os visitados regressaram à vantagem, numa bela jogada. Leonardo Lelo provocou o primeiro desequilíbrio, com um passe que apanhou Afonso Taira de frente para a defesa do Mafra. O médio teve a qualidade para assistir de trivela Saviour Godwin, que fez o 2-1. E numa primeira parte bem jogada de parte a parte, o melhor momento ficou guardado para o fim. Numa jogada que começa com um pontapé longo de Ricardo Batista, Antoine tocou de cabeça para Godwin, que fletiu da direita para o meio e disparou para um grande golo. Intervalo e o Casa Pia dispunha de uma vantagem de dois golos.

    Ricardo Sousa não quis esperar pelos primeiros minutos da segunda parte e mexeu logo ao intervalo. Duas modificações do lado esquerdo, trocando o central e o ala daquele lado (saíram Pedro Barcelos e Rodrigo Gui, entraram Bruno Silva e Francis Cann). Dez minutos depois, entrou Vitor Gabriel, saiu Aparício e o Mafra passou para um 3x4x3. Ricardo Sousa fazia o que podia a partir do banco, mas o Casa Pia também podia jogar com o resultado.

    E foi isso mesmo que os da casa fizeram, com a segunda parte a decorrer praticamente sem lances de perigo junto das balizas (com exceção de um lance de Banjaqui perto do final, que podia ter feito o 4-1). Vasco Matos também foi mexendo na equipa, refrescando e mantendo a intensidade alta, e o Casa Pia conseguiu mesmo confirmar mais uma vitória. Quatro pontos de vantagem sobre o Rio Ave FC, cinco sobre o SL Benfica B (que não pode subir à divisão principal) e oito sobre GD Chaves e CD Feirense. O sonho da subida parece cada vez mais real.

     

    A FIGURA

    Fonte: Sebastião Rôxo / Bola na Rede

    Saviour Godwin – O nigeriano Saviour Godwin foi, mais uma vez, decisivo para o Casa Pia na Segunda Liga. Dois golos, um a concluir uma boa jogada coletiva, outro com um grande pontapé de longe, valeram aos líderes da competição mais três pontos. Nota ainda para Afonso Taira, também com um jogo de grande nível no meio-campo, quer no passe, quer na recuperação.

     

    O FORA DE JOGO

    Pedro Barcelos – Se Godwin teve um jogo diabólico, quem o apanhasse pela frente iria sempre sofrer. Foi o caso de Pedro Barcelos, central esquerdo do Mafra, que, juntamente com Rodrigo Gui, foram substituídos ao intervalo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CASA PIA AC

    A equipa de Filipe Martins (ainda ausente por motivos de saúde) apresentou-se no seu habitual 3-4-2-1, que se tornava um 5-2-3 em momento defensivo. Lucas Soares e Leonardo Lelo davam profundidade nos respetivos corredores, com Jota e Godwin mais por dentro, junto ao avançado Antoine. Neto e Taira eram os médios-centro, com Zach, Kelechi e Zolotic (hoje sem o capitão Vasco Fernandes) no centro da defesa.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo Batista (5)

    Lucas Soares (5)

    Zach (5)

    Kelechi (5)

    Zolotic (5)

    Leonardo Lelo (6)

    Neto (6)

    Taira (7)

    Jota (6)

    Saviour Godwin (7)

    Antoine (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Sanca (5)

    Derick Poloni (5)

    Nuno Borges (5)

    João Vieira (-)

    Banjaqui (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD MAFRA

    Ricardo Sousa veio para este jogo com uma disposição tática de 3-4-1-2. Pedro Pacheco, Inácio Miguel e Pedro Barcelos eram os defesas centrais, com Tomás Domingos a fazer o corredor direito e Rodrigo Gui o esquerdo. O meio-campo tinha Aparício a jogar numa posição mais adiantada em comparação com Leandrinho e Mattheus Oliveira. Rodrigo Martins e Pedro Lucas foram os avançados da equipa mafrense neste jogo. Nos primeiros dez minutos do segundo tempo, Ricardo Sousa passou a equipa para um 3x4x3, com a entrada de Vitor Gabriel.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Miguel Santos (5)

    Tomás Domingos (5)

    Pedro Pacheco (5)

    Inácio Miguel (5)

    Pedro Barcelos (4)

    Rodrigo Gui (4)

    Mattheus Oliveira (4)

    Leandrinho (5)

    Aparício (4)

    Rodrigo Martins (4)

    Pedro Lucas (4)

    SUBS UTILIZADOS

    Bruno Silva (5)

    Francis Cann (5)

    Vitor Gabriel (5)

    Lucas Marques (-)

    Okitokandjo (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Casa Pia AC

    BnR: Pedia-lhe um destaque individual ao Godwin, que hoje foi decisivo e tem sido decisivo em alguns momentos da época. Que análise faz ao jogo e à época do Godwin?

    Vasco Matos –  Não gostamos de individualizar. Obviamente que tem vindo a melhorar. Está a integrar-se bem na ideia coletiva, quando chegou, tinha alguma dificuldade em perceber o jogo e aquilo que nós queríamos. Tem feito um trabalho muito bom, tem vindo a ligar-se muito mais à equipa e à nossa ideia. Obviamente que, quando o coletivo funciona, as individualidades sobressaem, hoje foi o Saviour Godwin e vai ser assim com muitos mais.

    BnR: Pergunto-lhe sobre as alterações que fez ao intervalo, em que troca o central esquerdo e o ala esquerdo. Identificou alguma lacuna na primeira parte do seu lado esquerdo que levasse a essas alterações ou fê-las numa perspetiva de arriscar para ir à procura do resultado?

    Ricardo Sousa – Tirei o Barcelos ao intervalo porque já tinha amarelo, queria alguém na ala esquerda que progredisse mais com bola, o Barcelos é muito de receber e jogar, o Bruno tem mais poder de decisão da primeira para a segunda zona de construção. Meti também um central que podia ser central e lateral esquerdo se eu quisesse jogar com uma linha de quatro, e dei largura ao jogo com o Francis, que é mais velocista e procura mais o duelo individual nos corredores laterais e abdiquei do Rodrigo Gui, só isso.

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.