Num domingo quente, pais e filhos deslocaram-se ao Estádio Santos Pinto para ver a equipa da casa receber o Fafe, antepenúltimo da tabela classificativa. Foram também vários os adeptos que viajaram desde o distrito de Braga para apoiar a sua equipa, que teria de ganhar no terreno – difícil – do Sporting da Covilhã; caso contrário, poderia começar a fazer as malas para abandonar a Segunda Liga. Antes do início do jogo, cumpriu-se um minuto de silêncio pelo sócio número 1 do Sporting da Covilhã, que havia falecido durante a semana.
O Fafe foi o primeiro a mostrar serviço durante o jogo, aproveitando um adormecimento por parte dos serranos para atacar a baliza de Igor, rematando por duas vezes, de forma enquadrada, nos primeiros minutos de jogo.
O Covilhã demorou a entrar em jogo, mas começou a pressionar alto no terreno, permitindo recuperar depressa a bola e deixá-la nos pés dos criativos da equipa, Chaby e Ponde.
Os serranos iam evoluindo cada vez mais no jogo, ameaçando também por algumas vezes a baliza de Ricardo Fernandes. Uma das ocasiões foi proporcionada por Chaby, num remate à meia distância, que o guarda-redes fafense não agarrou à primeira, acabando por criar um instante de aflição à sua equipa.
Na resposta, o Fafe desperdiçou uma grande oportunidade de golo. Digas, depois de um cruzamento do lado direito, falhou inacreditavelmente, rematando ao lado quando estava isolado e de frente para a baliza de Igor.
Numa segunda tentativa, Digas volta a não conseguir marcar, desta vez por mérito de Mike, valendo a rápida intervenção do defesa direito para cortar a jogada do jogador nortenho.
Aos 43 minutos, aconteceu o lance mais polémico do jogo. O árbitro, Pedro Vilaça, assinalou grande penalidade, num lance que deixou grandes dúvidas e que foi bastante contestado pelo Sporting da Covilhã. Nota-se que Igor se faz ao lance e que toca primeiro na bola e só depois em Digas. Para além disto, pareceu que tocou na bola já fora da área. Alan Jr. não se deixou intimidar e converteu com sucesso o primeiro golo do jogo.
Já na segunda parte, o Covilhã voltou a entrar adormecido em jogo, não conseguindo ainda digerir o penálti sofrido nos últimos minutos da primeira parte. Prova disso foram as distracções, as faltas desnecessárias e os muitos passes errados que iam sendo cometidos nos primeiros minutos de jogo.
A primeira vez que conseguiu chegar com algum perigo à baliza da Desportiva foi por Ponde, que, através de um cruzamento/remate, ia surpreendendo Ricardo Fernandes, que, em esforço, defendeu para canto.
O Covilhã acabaria por chegar à igualdade através de bola parada, por Harramiz. Ponde bate um canto do lado esquerdo e o extremo aparece sozinho a cabecear para dentro da baliza. A defesa do Fafe fica mal na fotografia, já que Haramiz não teve qualquer tipo de marcação na altura em que o canto foi batido.
O golo deu alguma confiança à equipa de Filipe Gouveia, que acabou por, na mesma jogada, conseguir desperdiçar três oportunidades, com Onyeka (que entrou ao intervalo para substituir Erivelto), Harramiz e Ponde a tentarem a sua sorte, sendo que o lance acabou por dar canto.
A faltarem cinco minutos para o fim, Marcílio é expulso devido a um erro infantil: recebeu a bola e tentou ultrapassar o adversário, que lhe conseguiu tirar a bola. O defesa esquerdo, ao tentar recuperar o esférico, faz falta e é admoestado com o segundo amarelo e respectivo vermelho.
O Fafe não conseguiu aproveitar a vantagem numérica para se pôr em vantagem, já que o cansaço se fazia notar bastante na equipa do norte. Houve ainda tempo para Chaby, de livre directo, rematar à baliza fafense, com a bola a rasar a barra.
O jogo acabou com um empate que, apesar de justo, em nada ajudou as equipas. O Fafe continua em zona de despromoção e o Covilhã não conseguiu sair do mesmo lugar. A tarefa torna-se cada vez mais difícil – mas não impossível – para os fafenses, que se mantêm no antepenúltimo lugar, em zona de despromoção directa.