Viseu ainda não deitou a toalha ao chão

    Tratava-se de um de teste de fogo para o Académico Viseu. Apontada como uma das equipas favoritas à subida à Primeira Liga, os resultados desiludiram, mas com Jorge Simão ao leme a equipa já soma nove jogos consecutivos sem perder.

    Ainda vão a tempo de reentrar na luta pela subida? Os adversários são fortes e ainda há muitos pontos para recuperar. Contudo, os viseenses têm feito o seu trabalho e frente ao Penafiel, não foi exceção. Sem deslumbrar, a equipa necessitou que o treinador retirasse do banco a chave mágica que dá criatividade e desequilíbrio no último passe, Famana Quizera.

    O internacional guineense criou um desequilíbrio com Yuri Araújo que ganhou uma falta e resultou num livre concluído, no fundo da baliza, com o selo da cabeça de André Almeida.

    Sem um André Clóvis com o instinto matador da temporada passada, as bolas paradas ainda aumentam a sua importância para a eficácia ofensiva dos beirões. Contra a formação treinada por Hélder Cristóvão, o Académico teve ainda uma bola na trave por João Pinto, na sequência de um canto ofensivo.

    Em forma de aviso, o jogo com o Penafiel mostrou que os viseenses necessitam de conseguir descobrir mais espaços perante adversários que abdicam da posse de bola e baixam bastante as linhas. Por outro lado, ao contrário da temporada anterior, há um divórcio entre equipa do Académico de Viseu e adeptos que faz com que, por vezes, no Estádio do Fontelo, não se saiba que emblema joga em casa.

    Frente aos durienses, menos de 500 pessoas estiveram nas bancadas e o silêncio que se ouvia ao redor era constrangedor.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Penafiel

    BnR: Na primeira dupla substituição que fez por volta dos 60´, trocou o Adílio Santos por Diogo Batista. O que pretendia fazer com esta substituição?

    Hélder Cristóvão: Foi para ter superioridade numérica, essencialmente, porque queríamos ter mais bola. A largura esteve a ser dada pelo Robinho e pelo Bruno. Poderíamos ter um jogador extra pelo meio. Não era tanto necessário um jogador mais à frente porque as nossas chegadas não estavam a chegar em construção, estavam a chegar mais em transição.

    Portanto com mais um homem, conseguimos ligar mais o jogo e chegar com mais gente na frente. Acho que isso foi conseguido. Temos logo a jogada do Robinho e depois temos ali um período que empurrámos o Académico para trás, com mais bola, com maior critério.

    Depois, isso foi o seguimento para o 4x3x3 em que nós conseguimos duas, três situações no corredor, através do Pedro [Vieira].  Poderíamos ter decidido melhor.

    Académico de Viseu

    BnR: A entrada do Famana Quizera, no início da segunda parte, tinha como objetivo de dar maior criatividade à equipa? Foi o que faltou ao Académico para chegar ao golo na primeira parte.

    Jorge Simão: Aqui ou ali senti a necessidade de forçar movimentos de rutura da última linha deles. Na primeira parte, o jogo foi muito nós em interposicional e eles baixos com muitos jogadores atrás da linha da bola e a defenderem a largura toda.

    Era fundamental ter jogadores que conseguissem desbloquear, por um lado, ficar em campo aberto para poderem servir movimentos de rutura de quebra da última linha e, por outro lado, jogadores que o fizessem eles próprios. 

    O Famana entra nesse registo.  Eu disse-o no intervalo, o Sori [Mané] fez uma boa primeira parte e custa-me tirar um jogador que estava a um nível bom, mas acho que era importante para a equipa ter o Famana lá dentro.

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    Pedro Filipe Silva
    Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.