Foi com polémica, intensidade, confusão e equilíbrio que se fez mais um jogo da Segunda Liga. Famalicão e Covilhã, com estilos de jogo diferentes, igualaram-se e tornaram o encontro num espectáculo entretido e competitivo. Tal como há duas semanas atrás, Nandinho mexeu na equipa em força. Porém, se frente aos estudantes a equipa ganhou qualidade de jogo, desta vez ganhou presença e poder atacante – mas a qualidade de jogo diminuiu. Para o Covilhã, fica a sensação de morrer na praia.
O jogo começou equilibrado e bem disputado, mas com sinal claro de perigo a favor dos famalicenses. Mendes criou diversos desequilíbrios pelo lado direito do ataque e apenas a falta de pontaria de Carlão e companhia iam adiando o golo. Eis que chega o momento mais insólito do encontro: pontapé para a frente, os centrais do Famalicão deixam bater a bola e Harramiz, lesto a aproveitar o espaço vazio, aproveitou para colocar o Covilhã em vantagem.
O Covilhã cresceu (e muito) com o golo. A equipa foi dona e senhora do encontro no resto da primeira parte e o rendimento do Famalicão foi caindo. Equipa intranquila, adeptos desesperados com a arbitragem – muitos cartões amarelos mostrados –, e o intervalo até vinha bem para a equipa da casa: o Covilhã esteve sempre mais perto do segundo golo.
A segunda parte foi diferente. Perdeu-se qualidade de jogo, ganhou-se emoção e competitividade. Nandinho colocou Gevaro e introduziu a dupla Tozé Marreco-Carlão na frente de ataque. Mais cruzamentos, mais bolas bombeadas e um golo, conseguido através de um lance de bola parada. O problema veio depois…
Logo a seguir ao empate, veio o golo do Covilhã. Transição rápida e golo de Erivelto. O Covilhã passou a ter a “desculpa” perfeita para agora jogar com 5 defesas – a equipa de Gouveia apresentou-se muito desgastada na segunda parte. O Famalicão foi tentando, sempre com mais coração do que cabeça. Ainda assim, não se pode apontar nada à atitude dos homens de Nandinho, que conseguiram o empate ao cair do pano, numa recarga de Mércio, a um penalty falhado por Jorge Miguel.
Equipas com atitude e qualidade de jogo são necessárias na Segunda Liga. Descontando o final – a confusão instalou-se no túnel de acesso aos balneários –, promoveu-se o bom futebol e o espectáculo. No final, ninguém se ficou a rir.
Foto de Capa: Futebol Clube de Famalicão