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A criação dos Sub23 terá extinguido a necessidade dos “B”? | Sporting CP

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Em muitos clubes, principalmente os de maior dimensão como o Sporting CP, existem, desde há muito tempo, as equipas “B”. Estas serviam para incorporar jovens jogadores que terminavam o seu caminho formativo e excedentários que deixavam de ter lugar na equipa principal.

Para mim sempre fez sentido ter uma equipa secundária pelos motivos acima descritos, uma vez que, principalmente para os jovens, continuariam dentro do clube, seguindo os mesmos valores da instituição e podendo continuar a ser moldado segundo a forma de jogar da equipa “A” para se facilitar a sua integração quando houvesse necessidade da sua chamada ao patamar mais alto do futebol do clube.

Em alternativa temos o modelo de empréstimos, em que corremos sempre o risco de os jogadores passarem a integrar um clube que não siga a mesma forma de jogar, o mesmo modelo, e o treinador da equipa em que se enquadre não tenha perfil de formador ou venha a “encostar” o jogador no banco, até porque ao ritmo que as coisas mudam no futebol, um treinador que aceite receber um tipo de jogador pode não ser o mesmo que duas ou três semanas depois esteja a treinar o clube. Para além do facto de que, estando emprestado, não é possível convocar um jovem à formação principal sempre que necessário. (importante num plantel curto como o do Sporting).

Já não sei é se fará tanto sentido ter duas equipas secundárias, uma equipa “B” e uma Sub23. Digo isto porque, no fundo, a função de uma e outra são a mesma, ou seja, criar uma ligação de integração dos jovens no futebol adulto, mais competitivo.

Rafael Moreira Sporting B SAD
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Mantendo as duas, não conseguimos completá-las apenas com os jovens que saem da formação, obrigando a contratações de jogadores muitas vezes sem a qualidade exigida, o que depois se reflete nas prestações menos conseguidas, como a do Sporting “B” no campeonato da Liga 3 do ano passado, e da “sub23” deste ano que, à quarta jornada tem apenas três pontos e ocupa o último lugar da tabela. Para além de que, alimentar estes dois escalões intermédios obriga muitas vezes a “desfalcar” escalões inferiores, apesar de poder ser considerado um passo evolutivo o facto de miúdos desses escalões poderem competir em campeonatos mais “experientes”.

Isso gera então a questão sobre se fará sentido manter as duas formações. E se não, qual das duas faria mais sentido manter.

Podem dizer-me que a equipa de sub23 do Sporting tem o handicap de só acolher jovens até aos 23 anos, ficando os excedentários da equipa principal desenquadrados e sem onde manterem a sua carreira dentro do clube. E assim a manutenção de uma equipa “B” faria mais sentido. No entanto, nós como clube que aposta principalmente nos jovens e em contratados também geralmente muito jovens com perspetiva de valorização e futura venda, faria mais sentido a equipa de “sub23”.

Manter as duas servirá apenas para dispersar talento. Uma equipa que incorpore os nossos melhores jovens será sempre mais forte, e como se costuma dizer nos corredores do futebol, os bons treinando com os melhores podem tornar-se ainda melhores. Ou seja, uma equipa com qualidade em que haja concorrência saudável nivelada por cima formará melhores profissionais.

Para além de tudo isso, e atendendo aos sinais recentes mostrados pela direção em fazer cortes salariais, manter apenas uma das duas equipas, aparentemente, seria mais uma medida de encontro às necessidades financeiras do clube.

Nuno Almeida
Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.

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