Andraz Sporar parece não encaixar no perfil que Rúben Amorim pretende para o avançado centro do Sporting CP. Desde o início da época, o esloveno não tem tido vida fácil, visto que é utilizado de forma muito menos frequente do que quando chegou a Alvalade.
No início deste ano civil, Andraz Sporar chegou a Portugal com o estatuto de próximo ponta de lança de referência da equipa leonina. Os 60 golos que apontou em 78 jogos ao serviço do Slovan Bratislava foram uma boa montra, algo que levou o Sporting CP a investir mais de seis milhões no passe do jogador.
Em meia temporada, com Silas e Rúben Amorim, o avançado era titular indiscutível, sendo que foi utilizado em quase todos os minutos e marcou por sete vezes.
A verdade é que, nos últimos tempos, o ponta de lança não tem tido os dias mais felizes da sua carreira. Rúben Amorim retirou o avançado da lista de prioridades e começou a utilizar outros jogadores na posição central do ataque, nomeadamente Jovane e Vietto. Esta temporada, Andraz Sporar fez apenas 55 minutos em quatro partidas oficiais.
Na minha opinião, Rúben Amorim ainda anda à procura da característica que mais favorece a equipa na posição central do ataque. Com Jovane, o Sporting CP ganha um jogador explosivo e imprevisível; com Vietto, uma espécie de falso nove que desce para ir buscar jogo, projetando os outros dois avançados para a frente; Já com Andraz Sporar, a formação leonina ganha um avançado com mais presença na área, sendo que o esloveno também é capaz de se movimentar bem nos espaços vazios.
Acredito que Andraz Sporar pode ser uma peça importante para o sucesso do Sporting CP, nesta temporada. Com a falta de goleadores na equipa leonina, esta época é a derradeira para o avançado garantir e confirmar o rótulo que trouxe do campeonato eslovaco. Faz falta um jogador no onze titular que dê profundidade e que se afirme no jogo aéreo, já que a equipa leonina utiliza muito os cruzamentos na manobra ofensiva.
Com o interesse em Paulinho do SC Braga, cada vez mais difícil de se concretizar, é hora de aproveitar o ponta de lança da casa, visto que este tem características muito idênticas ao tal “avançado de sonho” de Rúben Amorim.
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão