Ano de Champions e só duas opções para a frente de ataque de Amorim

    Rúben Amorim, o técnico do Sporting Clube de Portugal, está certamente cansado da pergunta: “São dois avançados suficientes para atacar a nova época que conta com a liga dos campeões?”. O comandante da turma de Alvalade mostra-se decidido e revela uma tremenda convicção de que Paulinho e Tiago Tomás são os únicos elementos necessários para garantir o sucesso dos leões.

    Amorim leão, Sporting campeão

    Uma coisa é certa: foi com Rúben Amorim a comandar que o Sporting CP voltou, quase 20 anos depois, a vencer o título de campeão nacional. O ex-treinador do SC Braga foi o escolhido para liderar o novo projeto do clube de Alvalade. E a verdade é que conseguiu fazer algo que 19 treinadores diferentes não conseguiram durante 19 anos, e num espaço de tempo bastante curto (um ano e meio).

    Olhando por esta perspetiva, seria de esperar que os adeptos sportinguistas se sentissem mais tranquilos quanto a esta questão. Acontece que isso não se verifica. Mesmo com a tremenda confiança apresentada por Rúben Amorim, o homem que trouxe a bonança após uma longa tempestade, os adeptos continuam a questionar-se sobre se não seria melhor ter mais um avançado.

    Aos olhos dos sportinguistas, Paulinho e Tiago Tomás não chegam para que o seu clube consiga lutar com garras e dentes por todas as competições em que vai estar envolvido.

    Rúben Amorim
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    De um lado a mais, do outro a menos

    Ao contrário do que acontece em Alvalade, na equipa de Amorim, no outro lado da 2ª circular há demasiadas opções. Os encarnados, que também vão jogar a liga milionária, têm, neste momento, seis opções para a posição de ponta de lança.

    É verdade que estão à procura de um novo clube para Carlos Vinícius e que Darwin Núñez e Haris Seferovic já foram associados a alguns emblemas, mas ainda pertencem ao plantel do SL Benfica. Contam ainda com o recém-contratado Roman Yaremchuck e com o jovem formado no Seixal Gonçalo Ramos. Todos eles já somaram minutos desde o arranque oficial da época, mas as escolhas de Jorge Jesus têm recaído sobre o ucraniano Yaremchuck e o miúdo Gonçalo Ramos. Mas há outro nome que ainda não se estreou em jogos oficiais com a camisola das águias. Rodrigo Pinho, o ex-maritimista que foi anunciado a época passada como reforço encarnado para a época 21/22, ainda não jogou nenhum jogo oficial desde a mudança para a capital.

    O treinador amadorense tem seis nomes à disposição, para já, mas é provável que até ao fecho do mercado esses seis nomes fiquem reduzidos a quatro. E mesmo que no fim sejam cinco, não será nenhuma surpresa, pois presume-se que joguem algumas vezes em 4-4-2, em alternativa ao 3-4-3.

    Uma alternativa não parece chegar

    No caso do FC Porto, Sérgio Conceição tem três avançados à disposição. São eles Toni Martinez, Mehdi Taremi e Evanilson. O espanhol e o iraniano têm sido a dupla de eleição. O brasileiro tem sido opção nos minutos finais. Parece a medida certa. Mas, tendo em conta que os azuis e brancos se apresentam em 4-4-2 na maioria das vezes, ter um só suplente parece pouco. É um caso semelhante ao do Sporting CP, visto que também vão jogar a liga dos campeões.

    Taremi (28 anos), do FC Porto, e Paulinho (28 anos), do Sporting CP, são as opções com mais experiência para a posição. Evanilson (21 anos) e Tiago Tomás (19 anos) são as com menos estaleca, mas com mais irreverência. Os dragões contam ainda com Toni Martinez, de 24 anos, um avançado com discernimento e que acrescenta qualidade. Aos leões parece faltar essa opção – alternativa que poderia dar ao bem reforçado plantel maior profundidade e maior facilidade de adaptação a possíveis adversidades.

    A crença de Amorim

    Rúben Amorim acredita que a fórmula para o sucesso são os dois avançados de raiz que tem no plantel. E, em caso de necessidade, vê Jovane Cabral e Pote como soluções. Tanto o treinador como os adeptos querem a mesma coisa – o sucesso do clube. E se é esta a fé do treinador, só há uma coisa que os adeptos podem fazer: confiar na palavra de Amorim, que muita alegria lhes deu na temporada transata e esperar que, em caso de contrariedades, o melhor marcador da última edição do campeonato, Pedro Gonçalves, as consiga colmatar.

     

    Artigo com opinião do redator da secção do Sporting Miguel Rodrigues

    Artigo revisto por Andreia Custódio

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    Miguel Amaral Rodrigues
    Miguel Amaral Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    Desde que se lembra que o Miguel joga à bola. Sentiu sempre uma ligação com a redondinha. Com 7 anos de idade começou a ir a Alvalade e desde então é raro falhar um jogo. Aos 13 iniciou a sua carreira no futebol federado. E para sua tristeza, há cerca de dois anos pendurou as botas. Mas não largou a maior paixão que tem na vida. Estuda jornalismo na ESCS e é por intermédio da comunicação que quer acompanhar o futebol daqui para a frente.