Bruno continua, independentemente dos castigos

    Esta entrevista não teve muitas perguntas. Acabou por ser mais uma troca de opiniões sobre o estado atual do futebol português. Um dos assuntos mais “tocados” nesse painel foi o castigo aplicado a Bruno de Carvalho, por causa de Vítor Pereira. Um castigo aplicado pelo “lápis vermelho”, como apelidou Bruno de Carvalho. O presidente do Sporting deixou ainda em aberto uma suspeita de que Vítor Pereira voltará a ser falado e poderá voltar ao ativo brevemente, e voltou a analisar o afastamento de Marco Ferreira, que deixou duras críticas a Vítor Pereira. As ameaças a Jaime Marta Soares no último jogo oficial da seleção nacional foram também tema, assim como o escandaloso branqueamento das mesmas, em favor de críticas feitas pelo Benfica a tudo o que mexe no futebol português.

    Considero incrível a aplicação deste castigo ao presidente do Sporting. Relembro que é o maior castigo aplicado ao presidente de um clube desde o Apito Dourado, um dos maiores escândalos de corrupção do futebol português. O presidente, sem medo, disse que não vai deixar de representar o Sporting Clube de Portugal. O castigo pode deixá-lo fora do banco de suplentes durante o jogo, mas não vai impedi-lo de continuar a desempenhar e muito bem, na minha opinião, as funções de presidente do clube e da SAD.

    Esta semana ficou também marcada pelo sucesso da utilização do vídeo árbitro no encontro particular entre as seleções de França e Espanha. O árbitro da partida tomou duas decisões erradas, que foram corrigidas pelo vídeo árbitro e permitiram que o resultado não fosse totalmente desvituado. Num primeiro lance, Antoine Griezmann marcou um golo em fora de jogo, inicialmente validado pelo árbitro e depois anulado com o recurso às imagens televisivas. Mais tarde, tivemos uma situação inversa a ser resolvida também com sucesso. Gerard Deulofeu marcou um golo que foi anulado pela equipa de arbitragem mas que, apenas quarenta segundos depois, foi validado com a ajuda do vídeo árbitro. Assim, tivemos um encontro que ficou 2-0 mas que, sem vídeo árbitro, teria um golo mal validado à França e outro mal anulado à Espanha. A introdução definitiva do vídeo árbitro já devia ter sido “para ontem” e apenas é recusada por aqueles que ainda ganham alguma coisa com os erros dos árbitros, a manipulação de resultados e a corrupção no futebol mundial.

    O vídeo árbitro foi testado com um sucesso retumbante no França-Espanha Fonte: FFF - Fédération Française de Football
    O vídeo árbitro foi testado com um sucesso retumbante no França-Espanha
    Fonte: FFF – Fédération Française de Football

    Em suma, o presidente do Sporting Clube de Portugal está bem e recomenda-se, assim como o clube. Foi lembrado na entrevista que, dentro da esfera do futebol, o Sporting apenas não consegue ser campeão da vertente sénior masculina do desporto rei, pois continua a ter sucessos no futebol de formação, futsal feminino e masculino em todos os escalões, e futebol de praia. É realmente um fenómeno estranho esta ausência de grandes títulos no futebol sénior masculino. Ainda assim, Presidente, deixe que lhe diga que, mesmo que não vença nenhum campeonato nos próximos quatro anos, mantenho total confiança na sua capacidade. Como vemos com o vídeo árbitro, muita coisa deve mudar no futebol português e mundial. Se acontecerem efetivamente essas mudanças, acredito fortemente que o Sporting será campeão brevemente.

    Foto de capa: Facebook de Bruno de Carvalho

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    Diogo Janeiro Oliveira
    Diogo Janeiro Oliveira
    Apaixonado por futebol, antes dos livros da escola primária já lia jornais desportivos. Seja nas tardes intermináveis a jogar, nas horas passadas no FIFA ou a ver jogos, o futebol está sempre presente. Snooker, futsal e andebol são outras paixões. Em Portugal torce pelo Sporting; lá fora é o Barcelona que lhe enche as medidas. Também sonha ver o Farense de volta à primeira…                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.