Com ou sem adeptos, continuaremos a vencer | Sporting CP

    Muito se falou no facto do Sporting CP ter conquistado o último campeonato com as bancadas despidas de público (sem adeptos). Bastantes foram as questões quanto ao facto de a equipa poder fraquejar com a presença dos adeptos no estádio. A resposta a tais inquéritos ridículos, que curiosamente só são aplicados a um único clube, está a ser dada de forma categórica.

    As dúvidas, claramente inocentes, já evoluíram para outro patamar. Existe agora a dúvida se os jogadores do Sporting CP se poderão ressentir de eventuais assobios por parte dos adeptos. Note-se: jogadores profissionais de futebol, grande parte dos quais já jogou com adeptos nos estádios (os mais jovens só agora o conseguiram), recebendo aplausos e vaias, como é natural.

    Se estas questões fossem verdadeiramente genuínas, por que é que um atleta de alta competição não conseguiria lidar com assobios? Aliás, por que é que os sportinguistas iriam assobiar a equipa num momento histórico como este – após a conquista de três troféus em apenas sete meses – com um futebol personalizado e um treinador que foi uma autêntica lufada de ar fresco no clube? É uma “questão” aparentemente sem sentido, mas com um propósito.

    Bem sabemos que a grandeza do Sporting CP incomoda muito boa gente neste país, em vários quadrantes da sociedade. Somos uma nação pequena (não apenas em território, como em espírito) na qual plano ideal dos senhores feudais passaria por duas agremiações a dividir o poder nos bastidores e os títulos no campo, algo que vem acontecendo desde o início da década de 80 – três clubes a ganhar é algo demasiado incómodo para os vícios instalados.

    Independentemente do transtorno causado, o Sporting CP continuará a vencer, com ou sem adeptos, com aplausos ou com assobios, se a situação o justificar. Até se pode dizer que nenhum outro clube ganhou um campeonato na “normalidade” e na “anormalidade”. Uma conquista única faz com que se esqueçam das outras vinte e duas? A amnésia em Portugal é contagiosa…

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    Francisco Guerra
    Francisco Guerrahttp://www.bolanarede.pt
    É apaixonado por futebol, principalmente pelo Sporting CP, o seu único clube. Está a licenciar-se em Comunicação e Jornalismo, adora escrever sobre futebol no geral, além de outras modalidades como o wrestling, que acompanha desde pequeno. Também gosta de apreciar o futebol fora do espectro da paixão clubística, tendo como principais referências Cristiano Ronaldo e Diego Maradona.                                                                                                                                                 O Francisco escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.