Considerações sobre o regresso do Sporting CP ao trabalho

    Quando o anterior campeonato findou e o Sporting CP corporizou a segunda posição na tabela classificativa,

    A grande parte dos adeptos aplaudiu a ida à competição milionária e a performance tão regular como a tida anteriormente.

    O apoio foi unidirecional. Os cânticos erguidos a uma só voz. As vitórias imensas. Rúben Amorim posicionou a mesma diretiva.

    Contudo, houve Diaz maus. Sérgio Conceição clamou pela regularidade e não sucumbiu aos Clássicos. Deu FC Porto, evidentemente.

     

    Mesmo sendo (ainda) matematicamente possível ter lutado pela conquista do campeonato, o raio de visão incidia sobre a temporada 2022-2023 e o futuro que era quase presente

    Islam Slimani prometeu e, mesmo desempenhando a sua tarefa, portou-se mal. Levou um puxão de orelhas e uma guia de marcha. Estava riscado.

    A saída de Matheus Nunes esteve apalavrada. Dada como desmentida posteriormente. Apalavrada e desmentida, novamente. (Creio que o leitor já deu conta do jornalismo de objetividade ausente).

    Enquanto se visualizava o jogo de cintura anterior, Jeremiah St. Juste acelerou até Alvalade. Diz-se que foi o central mais rápido da Bundesliga. Fiquei admirado.

    O desenlace do embrulho que alberga a camisola para a época desportiva que se avizinha ___________ (assemelha-se a uma espécie de êxtase desenfreado/ desilude pelo rumo que a Moda tomou).

    Pelo que pude perceber, a ordem das listas inverteu-se no equipamento principal e a gola escureceu. Por sua vez, o equipamento alternativo transporta-me para um desaire diante do Rio Ave.

    Esqueçam. O pessimismo e o mau humor subjugaram-me à sua força. Será que a placidez de Marcus Edwards ocupará todas as linhas do manto? (Esqueci-me completamente… O Morita já chegou!)

    Optei pela parte que precede ao slash. Digamos que João Virgínia sai e Franco Israel entra. Quem contrata em Itália, de muita tendência sabe.

    “Hoje fui à Academia despedir-me dos meus colegas, não é fácil despedir-nos depois de quase 10 anos no clube, custou-me muito. O Sporting vou levar sempre comigo.”

    🗣 João Palhinha pic.twitter.com/sabostMxwF

    — Raça de Leão (@racadeleao_) July 2, 2022

    João Palhinha leva o Sporting CP no coração e toda a gente sabe disso. Atingiu a glória com muitas doses dos outros três bordões na epígrafe do leão.

    Porém, o camisola seis não teve direito a despedida. Não lhe chamo falta de consideração nem de respeito. Designemos a atitude de “laivo amnésico” ou “esquecimento”.

    Na ressaca da comemoração dos 116 anos do leão, será que toda a estrutura se apercebeu de que faltava um médio com características semelhantes? Eu diria que não!

    Se pegassem no dinheiro oriundo dos bolsos da coqueluche do AC Milan e empregassem no Robertone, não ficaríamos mal servidos. Caso contrário, apelo à solidariedade no sofrimento.

     

    Outro dossiê na senda da impercetibilidade é o de Rúben Vinagre. A cláusula de compra do lateral-esquerdo foi acionada este verão e a dispensa veio logo a seguir. Não conta.

    Gonçalo Esteves, lateral repescado nas margens do Douro, tem um enorme potencial e também dará uma volta de carrossel. No polo oposto está quem tremelica e quem não cumpre: Ricardo Esgaio.

    Jovane regressou de empréstimo e diz que cumprirá aquilo que o Sporting entender. Francisco Trincão apresentou-se em Barcelona, mas é na direção de Alvalade que aponta.

    Eduardo Quaresma sofreu um toque e foi espalhafatoso mais uma vez, como se tivesse caído ao mar. Mas a cana de pesca voltou ao FC Porto e Diogo Abreu juntou-se à equipa B. Desconfiam de alguém que possa sofrer um badagaio?

     

    Os miúdos e os graúdos pareciam em agradável confluência no primeiro capítulo de 2022/2023. A medicina foi pedra basilar. Não faltou o habitual “meiinho”.

    Daniel Bragança apanhou pouco sol na Caparica, surfou ainda menos e continua com ar de beto/alfacinha. Manuel Ugarte ainda não regressou de férias porque o relvado da academia estava sublimemente arranjado.

    Os críticos e os analistas do universo da modalidade afirmam, à boca cheia, que o Sporting CP precisa de um ponta-de-lança com diferentes características de Paulinho.

    Issahaku Fatawu poderá ser o motivo do silêncio de vários telemóveis e afins. Acredito que o capitão Coates terá quota parte no espírito renovado.

    Sporting contratou Abdul Fatawu Issahaku, prodígio ganês de 17 anos 🌟🇬🇭 pic.twitter.com/vTOE2SQa3d

    — B24 (@B24PT) February 17, 2022

    A época teve o seu início.

    E os adeptos aguardam um bom desfecho

    Porque há vontade, sempre que possível, de realizar comício

    E de levantar o apetecível apetrecho.

     

    Bem sabemos que o mote é jogo a jogo

    Não entremos em euforia desbragada

    Porque o dragão também pode cuspir fogo

    E a águia não permitir ser depenada

     

    Importa quem cá está e mais nada

    O clube fica e tudo o resto é passageiro

    Senão trazemos o passado em forma de enxada

    E tudo se dissolve no anterior nevoeiro.

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    Romão Rodrigues
    Romão Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    Em primeira mão, a informação que considera útil: cruza pensamentos, cabeceia análises sobre futebol e tenta marcar opiniões sobre o universo que o rege. Depois, o que considera acessório: Romão Rodrigues, estudante universitário e apaixonado pelas Letras.                                                                                                                                                 O Romão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.