CS Marítimo 0-2 Sporting CP: Leões vencem e convencem na Madeira

    A CRÓNICA: SPORTING DE ´POTE´ CHEIO

    Para a jornada 17 da Liga Portuguesa, CS Marítimo e Sporting CP, subiram ao relvado do Estádio do Marítimo para disputar um jogo equilibrado, à priori, apesar da má fase da equipa madeirense. Ainda que venha de três derrotas seguidas, os verde-rubros têm a favor, o facto de ter sido a única equipa em Portugal a vencer os leões esta época.

    O jogo começou como já se esperava, com mais bola do Sporting, sendo que, a primeira ocasião de perigo aconteceu aos 3´minutos, quando o ala/lateral esquerdo Antunes, chutou ao lado da baliza do Marítimo. O Sporting não tirou o pé do acelerador e ao oitavo minuto de jogo fez golo através de Pedro Gonçalves, muito graças a um erro defensivo da equipa local.

    Posteriormente ao golo leonino, a intensidade de jogo acalmou. Com o relvado muito escorregadio, os jogadores tentavam ao máximo não cometer erros defensivos, especialmente, os do Marítimo.

    A primeira vez que a formação do Marítimo chegou perto da baliza de Adán foi aos 27´minutos, quando Rúben Macedo bateu um livre para o interior da área, que rapidamente, foi aliviada por João Palhinha.

    A qualidade de jogo dos leoninos era puro de mais evidente. Uma equipa muito bem delineada, sem que os madeirenses fossem capazes de bloquear as investidas de ´Pote´ e companhia. Embora isto, Rúben Amorim, não se sentava por nada, sempre corrigido um ou outro posicionamento dos seus pupilos. A verdade é que o Marítimo não conseguia sair a jogar, devido à forte pressão alta dos homens vestidos de preto.

    Até final da primeira metade, a história foi, sucessivamente, a mesma. Leões ao ataque, ao que o Marítimo fazia lembrar um gato sem pêlo, descoberto de fraquezas. A estatística, ao intervalo, falava por si, com 63% de posse de bola a beneficiar a formação de alvalade, e ainda, 29 ataques perigosos, contra apenas três dos ´leões do Almirante Reis´.

    A segunda parte iniciou como a primeira. Com o Sporting ao ataque, ao que o reforço de inverno, Paulinho, finalizou em habilidade para uma defesa segura de Amir Abedzadeh.

    Aos 56´minutos, Milton Mendes mexeu, pela primeira vez, na equipa, com as entradas de Andreas Karo e o ponta de lança iraniano Alipour. Contudo, a turma de alvalade respondeu às alterações verde-rubras com mais um golo, novamente, por Pedro Gonçalves, em mais uma desatenção defensiva do ´maior das ilhas´.

    Com o 2-0 no placard, o Sporting foi relaxando a sua pressão ofensiva, aproveitando assim, os ´leões da Madeira´, para subir no terreno e ocasionar lances de perigo junto da baliza do espanhol Adán. O jogo abriu, mas nem por isso foi uma partida de encher o olho. O Marítimo teve mais iniciativa, mas a defesa leonina parecia intransponível.

    O jogo encaminhava-se para o fim, sem que a crónica do jogo se alterasse, terminado em nova derrota do CS Marítimo, e por outro lado, em vitória do Sporting CP, ficando assim a seis pontos do segundo classificado, o FC Porto.

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Pedro GonçalvesMarcou os dois golos da vitória leonina, estando sempre envolvido em todos os lances de ataque do Sporting, dando uma grande dinâmica no momento ofensivo.

    O FORA DE JOGO
    CS Marítimo
    Fonte: CS Marítimo

    Defesa do CS Marítimo – Desde o guarda-redes aos pivots. Nenhum elemento da defesa maritimista ficou isento de críticas. Voltaram a comprometer. No lance do primeiro golo, Amir interpretou mal lance e saiu dos postes, sem grande nexo. No segundo, os centrais, podiam ter feito muito melhor. As perdas de bolas foram constantes, em especial dos dois pivots, Bambock e Jean Irmer, numa zona do terreno em que pode ser letal perder a “redondinha”.

    ANÁLISE TÁTICA – CS MARÍTIMO

    Como já vem sendo hábito, o técnico Milton Mendes utilizou um sistema de três centrais (René Santos, Lucas Áfrico e Leo Andrade), com dois jogadores abertos nas laterais, o português Rúben Macedo e o brasileiro Marcelo Hermes, com fortes funções ambíguas. Um duplo pivot, composto por Jean Irmer e Bambock. No ataque, Rafik Guitane como número ´10´ e o reforço brasileiro Sassá, apoiado pelo camaronês Joel Tagueu, completavam o sistema 3-4-1-2 escalado pelo treinador brasileiro do Marítimo.

    Taticamente, o Marítimo foi uma equipa muito defensiva. Uma equipa sem ideias de jogo ofensivo. A jogar em bloco baixo e com muitos problemas na construção de jogo, a equipa apenas melhorou ao meio da segunda parte, depois de já estar a perder por 2-0, passando a jogar em 4-2-3-1 nos minutos finais da partida.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

     

    Amir Abedzadeh (4)

    Rúben Macedo (4)

    René Santos (SC) (3)

    Lucas Áfrico (3)

    Leo Andrade (3)

    Marcelo Hermes (5)

    Bambock (3)

    Jean Irmer (4)

    Rafik Guitane (5)

    Joel Tagueu © (4)

    Sassá (4)

    SUBS UTILIZADOS

    Andreas Karo (4)

    Alipour (3)

    Tim Soderstrom (-)

    Jorge Correa (-)

    Milson (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    Para a deslocação aos Funchal, Rúben Amorim privilegiou aquele quem tem sindo o seu frequente sistema tático, o 3-4-3. A baliza ficou à guarda do espanhol Adán. O corredor direito ficou a cargo de Pedro Porro e o esquerdo, de Antunes, em vez de Nuno Mendes, por questões físicas. Já ao centro da defesa, permaneceram dois dos titulares habituais, Feddal e Coates, com o jovem Gonçalo Inácio a ser opção em detrimento do castigado, Luís Neto. No meio-campo, João Palhinha teve o papel de destruidor de jogo, entre linhas, ao que Matheus Nunes, ficou com a função ´híbrida´ do centro do terreno, substituindo o lesionado, João Mário. Pedro ´Pote´ Gonçalves e Nuno Santos estiveram no apoio ao novo ponta-de-lança dos ´leões´, Paulinho.

    Taticamente, o Sporting jogou com o bloco alto, pressionante em muitos momentos do jogo, impossibilitando a saída de bola dos madeirenses. A nível ofensivo, os sportinguistas, iniciavam a construção de jogo pelos pés dos centrais, e aproveitou a grande profundidade dos seus alas para espalhar o terror na defesa verde-rubra, harmonizando jogo interior com os três homens do ataque leonino.

     

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Antonio Adán (4)

    Pedro Porro (6)

    Gonçalo Inácio (7)

    Sebastián Coates © (6)

    Zouhair Feddal (5)

    Antunes (7)

    João Palhinha (SC) (6)

    Matheus Nunes (6)

    Pedro Gonçalves (8)

    Nuno Santos (5)

    Paulinho (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Tiago Tomás (4)

    Bruno Tabata (-)

    Daniel Bragança (-)

    João Pereira (-)

     

    BNR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

     

    Não foram colocadas questões aos treinadores.

     

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    Rodolfo Fabiano Abreu
    Rodolfo Fabiano Abreuhttp://www.bolanarede.pt
    Rodolfo Abreu é um rapaz de 23 anos licenciado em Comunicação, Cultura e Organizações na Universidade da Madeira.                                                                                                                                                 O Rodolfo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.