Transportar confiança: a evolução de Eduardo Quaresma | Sporting

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    Eduardo Quaresma, formado em Alcochete e já campeão pelos verdes e brancos, começou o seu percurso em Alvalade cedo, no entanto, a trajetória do defesa português até hoje não se fez apenas entre caminhos de pétalas. Emprestado ao Tondela em 2021 e aos alemães do Hoffenheim em 2022, Quaresma não teve o protagonismo e o sucesso desejado pelo clube e pelo próprio nas cedências.

     Apesar disso, o central tem mostrado esta época que uma oportunidade no plantel dos leões era tudo aquilo que o jovem precisava.

    Ao surgir como titular de forma surpreendente no onze na receção ao FC Porto na décima quarta jornada, Quaresma virou a página em Alvalade e tem, desde então, reescrito a sua história enquanto jogador do Sporting.

    Eduardo Quaresma no Sporting x FC Porto
    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Elogiado por Rúben Amorim em vários momentos, é no transporte da bola que Quaresma se tem sobressaído cada vez mais a partir da defesa leonina, e no último jogo, frente ao Young Boys, a história não foi diferente. Sempre que possível arranca com a bola nos pés e distribui jogo como se de um médio se tratasse, quebrando facilmente a primeira linha opositora. A partir do lado direito da defesa, consegue encontrar espaços para carregar a bola e desmarcar, sobretudo, o homem que tanto gosta de explorar a profundidade, Viktor Gyokeres.

    Deste jeito, o defesa vai conseguindo, jogo atrás de jogo, proporcionar situações de perigo para a equipa, elevando o nível de jogo para outro patamar.

    Beneficiado pelo equilíbrio de Hjulmand ou Esgaio na reocupação dos seus espaços, nesses momentos, torna-se mais livre o processo para que as suas qualidades possam fluir pelo campo fora, onde a confiança do jovem tem ajudado a conquistar metros e metros de terreno adversário.

    Juntando esse fator de irreverência à imperialidade e solidez defensiva, Eduardo Quaresma vai somando notas de excelência a cada exibição.

    Com o Europeu à porta, a chamada do jovem central torna-se cada vez mais numa realidade a encarar. Visto que o sistema tático utilizado por Rúben Amorim é o mesmo adotado pela seleção nacional, a habituação ao mesmo pode ser um fator chave para essa escolha que se tem mostrado gradualmente mais merecida.

    Tendo realizado apenas 14 jogos esta temporada, Eduardo Quaresma precisa de continuar esta evolução apresentada a cada oportunidade concedida, para que, no final, não reine a premissa de que se trata simplesmente de mais um jovem que prometeu e não vingou verdadeiramente.

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    Guilherme Terras Marques
    Guilherme Terras Marques
    Orgulhoso estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vê no futebol e na sua cultura uma paixão. É apenas mais um jovem ambicioso que sonha fazer do jornalismo desportivo a sua vida. Escreve com o novo acordo ortográfico