A segunda parte iniciou-se de forma diferente, com o FC Porto a querer mais do jogo. Tal como tinha acontecido na primeira parte, a primeira situação de golo pertenceu à equipa da casa, e novamente com uma bola a embater nos postes da baliza de Rui Patrício. Sérgio Oliveira marcou de forma exemplar um livre directo e apenas o travessão salvou a equipa do Sporting de conceder – novamente – o empate.
O Sporting acabou por acusar a pressão inerente à quase obrigação de vitória, e a segunda parte foi disputada muito mais próxima da baliza de Rui Patrício. As trocas feitas por Peseiro, colocando Varela e André André nos lugares de Corona e Oliveira, vieram dar muito mais consistência e por consequência deram um novo ânimo à equipa caseira.
Durante a quase totalidade da segunda parte, e ao contrário do que aconteceu na primeira parte, foi a vez de João Mário remar contra a maré e tentar carregar a equipa leonina para a frente; mas apenas por uma vez o Sporting conseguiu assustar Casillas. A equipa dos dragões pode mesmo queixar-se duma grande penalidade não assinalada, após falta de Coates sobre Aboubakar.

Fonte: Sporting CP
À entrada dos últimos dez minutos, Jesus decide mexer na equipa, tirando Téo e colocando Bruno César. Com esta substituição passaria Bryan a fazer parelha com Slimani, enquanto que Bruno César era mais uma arma para ajudar a suster a pressão feita pelos jogadores azuis e brancos.
Contudo, foi mesmo o jogador brasileiro do Sporting que conseguiu marcar o golo da tranquilidade. Uma jogada em que a defesa do Porto fica mal na fotografia e em que Iker Casillas volta a dar uma imagem parca do que já foi. Nota também para a nova assistência de João Mário.
A vitoria leonina não merece discussão, apesar de sofrida. Os comandados de Jesus tremeram, acusaram a pressão, mas foram a melhor equipa em campo. João Mário voltou a mostrar que tem qualidade para dar e vender, e cada vez mais se aproxima do estatuto de melhor jogador do Campeonato.
Faltam duas finais e 180 minutos de crer e querer. E ninguém quer mais que nós.
A Figura:
Islam Slimani – Dois jogos frente ao rival nortenho, quatro golos. Slimani personifica a luta e o acreditar deste Sporting de Jorge Jesus, dando tudo em cada jogada e alimentando ainda o sonho no título nacional.
O Fora-de-Jogo:
José Ángel – O lateral esquerdo do Porto é um jogador abaixo de mediano. Falhas consecutivas de posicionamento, má abordagem defensiva, tudo foi mau de mais e é um dos maiores exemplos de que este já não é o Porto de Pinto da Costa.
Foto de Capa: FPF