Um fim de semana como já não se via há muito | Sporting CP

    Sempre ouvimos dizer que não iremos ganhar sempre, e que algum dia acontecerá uma derrota. A verdade é que ninguém gosta de perder, e mesmo que sejam equipas que ganham de forma consecutiva, uma derrota é sempre uma derrota. Imagino que doa ainda mais a quem não esteja habituado a perder, como é, por exemplo, a equipa de futsal masculino do Sporting CP.

    No fim de semana passado, o universo Sportinguista viu acontecer algo que parecia não ser mais possível uma vez que a cada jogo se perpetuava a onda de vitórias, mesmo quando surgia um adversário que aparentava ter condições para terminar esse estado de graça.

    Infelizmente o fim de semana passado serviu para relembrar os Sportinguistas que nada é eterno e mesmo as melhores equipas, apesar de muito superiores aos adversários, podem sofrer um deslize, seja por mérito do opositor ou com influências externas.

    No sábado aconteceu a primeira derrota do nosso treinador de futebol profissional na Taça da Liga. Desde que Ruben Amorim começou a sua carreira de treinador ganhou todas as edições de “campeão de inverno” em que participou até à última final que perdeu.

    Apesar de percebermos que teria que haver uma aliança de várias forças para que isso acontecesse, o que fica na história é a derrota do mister e da equipa do Sporting. Para quem estava a ver o jogo, parecia que mais uma vez o Ruben iria manter a sua senda vitoriosa naquela competição, mas a verdade é que havia um presidente, “o mais titulado de todos”, que já está em idade avançada e parecia não conseguir alcançar o único título que lhe faltava.

    Já no domingo, e depois de três anos de conquistas consecutivas em todas as competições internas, a equipa de futsal do Sporting viu-lhe ser negada a possibilidade de defender mais uma competição. Foi apenas nos penaltis, mas foi uma derrota, e permitiu que outro clube, que não o nosso, ganhasse uma competição em Portugal.

    Diz-se que, quando outras ganham, só mostra que há concorrência forte, o que só valoriza as nossas vitórias, mas custa aceitar. Agora temos de recuperar o nosso percurso de glória e não deixar que os “outros” ganhem embalo. Continuamos a ser melhores, e teremos que o mostrar dentro da quadra.

    Numa vertente diferente, mas parecendo que também nunca iria acabar, foi a novela da saída de Pedro Porro do Sporting. Durante semanas, no mesmo dia já estava vendido e depois já estava cancelado. Foi assim por dias consecutivos até se chegar à venda do nosso melhor jogador. Por muito que o clube precise de se equilibrar financeiramente, esta saída torna a nossa equipa mais fraca, o que retira maiores hipóteses de alcançar os objetivos que ainda temos por que lutar.

    São três eventos que nos deixam mais fracos, mas que nos devem mostrar e relembrar que só unidos poderemos lutar contra tantas forças que nos querem derrubar. Como disse o nosso treinador de futebol profissional, se nos concentrarmos com guerras internas, nunca conseguiremos concentrar-nos nas ameaças externas.

    E, como disse o mister Nuno Dias, aquela derrota deve servir de aviso para batalhas futuras.

    Portanto, que este fim de semana sirva para aprender e relembrar o quanto temos que lutar, contra quem devemos lutar, e por quem devemos lutar.

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    Nuno Almeida
    Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.