Ontem à noite estava a ver os British Comedy Awards 2013… Hilariante! Só faltou mesmo convidar um marialva tuga, já que o nosso povo tem tradição de ter jeito para a comicidade. Um dos meus favoritos ultimamente é um jovem muito talentoso. Falo do jornalista José Carlos Sousa d’A Bola (esse monumento do jornalismo desportivo nacional) que nos presenteou recentemente com a sua análise do último jogo e da situação actual do Sporting:
“É portanto enganador este resultado. Não está em causa a vitória do Sporting, ainda que tenha sido sempre contrariada, acaba por a diferença no marcador não reflectir o que verdadeiramente se passou nas quatro linhas de jogo. (…) O Sporting, em boa vontade, compensa a sua falta de estofo com a sorte que muitas vezes faz um campeão. (…) Mas quem arrisca assim tanto durante 90 minutos a fio também merece ser bafejado pela fortuna! Mesmo que seja a dobrar, a triplicar…
(…) Nem por isso o triunfo dos leões lhes caiu do céu aos trambolhões. Foi uma questão apenas de pormenor, com dois lances no risco do fora de jogo a beneficiar a interpretação correcta da equipa de arbitragem, um erro clamoroso de Gabriel no golo de abertura e uma expulsão inconcebível de Peks a meia hora do final da partida. (…)”
Na minha opinião, merecia mais a estatueta do International Achievement Award que o Will Ferrel. É bom ver estamos a começar causar comichão.
Mudando de assunto, excelentes notícias! Soube-se esta semana que a auditoria de gestão, prometida pela actual Direcção aos últimos 18 anos de chefia do Sporting, vai arrancar no próximo mês. A auditoria será dividida em cinco fases (detalhadas cronologicamente) e prevê-se que esteja terminada um ano e meio após o seu começo. Os resultados desta auditoria serão revelados no final de cada fase analisada.
Algo me diz que isto vai levantar muita poeira e há uma grande probabilidade de vermos cabeças rolar, já que estão previstas medidas disciplinares e jurídicas em caso de ser provada gestão danosa por parte de antigas direcções. “Let the games begin!”
E já agora, falando de momentos passados, uma “walk down memory lane”: faz amanhã 27 aninhos que se celebrou o famoso derby no Estádio José Alvalade. O Sporting, com Vítor Damas, Gabriel, Virgílio, Venâncio e Fernando Mendes; Oceano, Litos, Zinho e Mário Jorge; Manuel Fernandes e Ralph Meade.
Conta a história que o Sporting vivia um ano atribulado e que ao intervalo, com um modesto 1 a 0, ninguém sequer imaginaria o que se iria passar na relva histórica do velhinho Alvalade.
A meio do festival de golos, a desorientação entre os jogadores benfiquistas foi apenas superada pela dos seus adeptos, que não encontraram melhor maneira de reagir ao que se passava em campo do que fazer uma fogueira na Superior Norte, alimentada com bandeiras, cachecóis e cartões de sócio do seu próprio clube. Essa “birra” também ficaria na história, cimentando, para todos os Sportinguistas, a diferença entre nós, fiéis nas boas e nas más horas, e os nossos rivais, que queimaram os símbolos do clube no único momento de adversidade ocorrido durante uma época vitoriosa.
No fim do jogo a festa não conheceu limites. Manuel Fernandes, o herói da tarde com quatro golos apontados, foi quem melhor soube resumir o significado do que se passara: “nós vamos morrer todos e este resultado vai ficar para sempre”. Assim aconteceu o famoso jogo dos 7 a 1. Um jogo para não mais esquecer.
Para ver o vídeo: http://youtu.be/pmGrSK9d8Q8
Amanhã, outro derby. Sporting – Belém em Alvalade às 20:15. E porque não um resultado semelhante para oferecer como presente aos heróis de ’86?