Piccini ganhou inequivocamente a corrida perante o seu colega de posição, Stefan Ristovski, e foi titularíssimo sempre que esteve em condições. Ao longo da temporada, foi-se desinibindo em termos ofensivos e brilhou na Liga dos Campeões, principalmente nos duelos frente à Juventus, equipa do seu país natal. Chegou inclusivamente a falar-se na possibilidade de Piccini regressar ao seu país pela porta do crónico campeão transalpino, contudo essa chance não se concretizou. Apesar de ainda não ser internacional A pelo seu país, penso que essa meta estará muito perto de se concretizar, assim continue Piccini a mostrar qualidade nesta sua segunda passagem pelo campeonato espanhol.
Formado na Fiorentina, curiosamente um clube com ligações ao Sporting, através das respetivas claques, Cristiano Piccini deixou uma agradável e saudosa mensagem de despedida aos adeptos verde e brancos, com passagens como esta: “Nunca vou deixar de apoiar este clube, mesmo depois do que aconteceu a 15 de Maio, na Academia. Sempre tive claro que queria sair pela porta grande, e não podia decepcionar 3,5 milhões de adeptos por culpa de 40 ou 50 pessoas que actuaram como criminosos com o objectivo de matar o sentimento de todos os sportinguistas“.
Ao contrário de alguns desertores formados na Academia e que preferiram chantagear o clube e rescindir, nomeadamente quatro elementos formados na Academia de Alcochete. Isto dá que pensar e o Sporting terá de repensar de forma muito séria o dinheiro que investe na formação e como “educa” os jogadores que forma. Com os casos de Rui Patrício, Podence, William e Gelson a juntarem-se a outros casos míticos de vergonhas como Moutinho ou Simão, o Sporting não pode continuar a ser atraiçoado desta forma.
Por fim, resta-me agradecer todo o empenho a Cristiano Piccini e desejar o melhor para a sua carreira. As portas de Alvalade estarão sempre abertas para homens como Cristiano Piccini.
Foto de Capa: Valencia CF
Artigo revisto por: Jorge Neves