Isto só acontece porque não quisemos ganhar

    Desde novo que me habituei a ver o Sporting como o cúmulo da Lei de Murphy, em que quando tudo pode correr bem, corre mal, e quando pode correr mal, corre pior que mal.

    Por todos esses anos de experiência, tenho reservas em exultar exacerbadamente por partir com a vantagem de um golo em relação ao rival para garantir o acesso às pré-eliminatórias da “Champions League”.

    Se fossemos pelo histórico do nosso clube, esta situação teria tudo para correr mal, no entanto mantenho-me esperançado e agarrado à ideia de que apenas as excepções confirmam a regra. Espero, e desejo que esta se confirme como a excepção, e que a mesma se comece a tornar regra no clube. Precisamos mesmo de terminar com este cúmulo no nosso clube, pelo menos no futebol, porque em todas as outras modalidades já nos estamos a habituar a ganhar.

    Foi culpa nossa que, depois de um grande trabalho, Dost não tenha rematado
    Fonte: Liga Portugal

    Mas isto já podia estar resolvido. Aliás, vendo bem, se não tivéssemos tido algumas paragens colectivas em alguns momentos finais de determinados jogos, poderíamos até ter sido nós a festejar o título que foi para o norte. Mas já sabemos que, quando podemos passar para frente, como bons cavalheiros, deixamos sempre passar a “senhora” à frente. Não tendo tido a regularidade para chegar à frente, poderíamos ter resolvido a questão do segundo lugar, no entanto, como tinha escrito aqui na semana passada, já se percebia que o nosso treinador iria jogar com o empate a zero (que podemos agradecer ao Patrício na primeira parte). Jogou Jorge Jesus e o VAR, que insistiu em não se meter nos lances capitais do jogo. E mesmo jogando pouco e essencialmente para não perder, podíamos ter ganho. Finalmente passámos da equipa que merecia ganhar e perdia, e é já uma equipa que, apesar de jogos menos conseguidos, consegue pontos – ainda insuficientes para ganhar títulos.

    Ou seja, esta questão do segundo lugar já poderia estar resolvida, e não teríamos de estar a ouvir falar de malas, castigos, impugnações. Os ratos de porão já estariam confinados ao seu lugar, e não teríamos de passar uma semana à espera das jogadas de bastidores, que com certeza surgirão.

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    Nuno Almeida
    Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.