Foi pela esquerda que os leões procuraram o JackPote

    A chuva que se abateu sobre o Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira não permitiu que a partida se desenrolasse com arte e engenho pela relva. A procura do jogo aéreo era, por isso, uma estratégica com tudo para funcionar na teoria – especialmente para os leões, que defrontavam a segunda equipa do campeonato com mais golos concedidos de cabeça (seis). E foi isso que os leões passaram a primeira parte a fazer: procurar colocar bolas na área.

    E conseguiram-no – com perigo – diversas vezes. Sobretudo pelo lado esquerdo. Pela canhota do ataque leonino, Nuno Santos e Paulinho encontraram muitas vezes espaço e tempo para puxar do cruzamento para o retângulo delimitador da área flaviense. Esse espaço era, por vezes, concedido pelos erros técnicos do GD Chaves, mas, na maioria das vezes, era proporcionado pela presença e pela movimentação de Pedro Gonçalves.

    No momento com bola dos verde-e-brancos, Pote deslocava-se da sua posição ao lado de Hjulmand para, entre as linhas adversárias e descaído para a esquerda, proporcionar superioridade numérica perante o lateral e o ala adversários, com a ajuda de Nuno Santos e Paulinho, que fazia diagonais para a esquerda e deixava os trabalhos de área entregues a Gyokeres.

    João Correia e Rúben Ribeiro, por vezes auxiliados por Vasco Fernandes, viram-se muitas vezes desorientados, permitindo as receções tranquilas e consequentes cruzamentos dos homens do Sporting CP. Foi assim que os leões mais criaram perigo, ainda que tenha sido com bola pela relva, na segunda parte, que surgiram os golos do 0-2 e do 0-3.

    Na ausência de Morita e com Daniel Bragança a entrar apenas na segunda parte, Pedro Gonçalves usou das suas características ofensivas para ser uma solução de maior perigo e desequilíbrio do que o japonês ou o jovem português podem e sabem ser.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Declarações de Moreno:

    “É uma vitória justa do Sporting CP”.

    “Nos primeiros 15 minutos tivemos algumas boas saídas, mas não decidimos bem”.

    “Oferecemos algumas bolas ao Sporting CP”.

    “A minha desilusão foi o golo sofrido antes do intervalo e como o sofremos”.

    “Ao fim de 10 minutos da segunda parte ficámos fora do jogo”.

    “Temos de melhorar muitas coisas”.

    “Procurámos não mudar o que tínhamos feito nos últimos dois jogos”.

    “O responsável sou eu, a este nível os erros pagam-se muito caro”.

    BnR: Pedia-lhe um comentário ao posicionamento e movimentação de Pote, muitas vezes mais subido e pela esquerda, ajudando a desorientar um pouco a defensiva do GD Chaves e perguntava-lhe se, com o terreno assim, as bolas paradas ganham maior preponderância, num jogo em que o Sporting CP se tornou a equipa com mais golos de canto da Primeira Liga.

    Rúben Amorim: As bolas paradas já têm uma importância grande. Neste tipo de jogos, a equipa que fica em vantagem no marcador fica mais confortável no jogo. Portanto, o trabalho que temos vindo a fazer tem resultado. Andamos é a sofrer mais golos de bola parada, mas temos já decidido vários jogos de bola parada. O Pote tem características diferente do Morita ou do Dani, a capacidade física que ele tem de ir à frente e atrás e é bastante potente. Aproveitámos ele poder ser médio-centro e também ala para criar alguma dificuldade, principalmente com blocos baixos, nada de mais. É simplesmente olhar para o jogador que temos e usá-lo de um lado ou do outro para criar essa superioridade numérica.

    Outras declarações:

    “Foi a adaptação dos jogadores”.

    “Conseguimos levar a bola para a frente”.

    “Desperdiçámos algumas oportunidades”.

    “Estou muito satisfeito com a forma como os jogadores jogaram”.

    “Temos de saber ganhar estes jogos”.

    “Defensivamente foi bom”.

    “Sabíamos que as bola altas iam para o Hector”.

    “Os jogadores seguiram o plano”.

    “A saída do Quaresma foi opção e foi difícil de tomar. O Eduardo estava a ser o melhor central com bola”.

    “É completamente diferente ir para o descanso a vencer ou a empatar”.

    “Sentimo-nos mais confiantes para mudar em vantagem”.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.