Deixem-nos ser felizes

    milnovezeroseis

    Numa primeira percepção, leiga e mesquinha, juntar as palavras Sporting e felicidade numa frase comum é algo irrisório. Inconcebível. Ao longo dos últimos quatro anos, os amantes do desporto-rei, e não só, habituaram-se a ouvir um relato repetido até à exaustão que aclamava o Sporting Clube de Portugal, instituição centenária, como um clube morto. Um “não-grande”, no dizer de bastantes notaveisinhos. Enfim, um sem número de argumentos de quem desconhece a verdadeira idiossincrasia das gentes de Alvalade e do clube que nos pinta os corações de verde e branco.

    Neste sentido, a actual temporada tem representado um verdadeiro volte face. O Sporting é, novamente, uma equipa com rotinas de jogo, disciplinada tacticamente, com brio exibicional, e superiormente liderada, não apenas por Bruno de Carvalho, como também por Leonardo Jardim, que merece ter os louros do enorme trabalho feito até ao momento. Acrescente-se um coletivo repleto de qualidade (Montero, Wilson Eduardo, Jefferson, Adrien, e fico por aqui porque caso contrário teria de citar o plantel todo) e eis o Sporting.

    Ou melhor, um “quase-Sporting”. O Sporting, no seu todo, só coexiste graças à massa adepta fanática que acompanha religiosamente o clube. Não apenas fisicamente porque, por vezes, a vida tal não permite mas igualmente por intermédio de textos, mensagens, ou simplesmente através do mero facto de envergar um cachecol ao pescoço sempre que a turma de Alvalade entra em campo.

    Chamo-me Pedro Lemos e enquadro-me nesta última descrição. Tenho 17 anos de sportinguismo e aceitei ser mais um escriba no novíssimo formato do Bola Na Rede. Como leão que sou, ambiciono defender o meu clube com garras (de leão) e dentes. A hora para o fazer é das mais favoráveis de que tenho memória. O Sporting encanta. Confesso, sou um platónico. Entusiasmo-me quando o meu clube joga bom futebol e ganha jogos por mérito próprio. Instintivamente o meu intelecto idealiza voos altíssimos. Marquês em Maio. Champions League em Setembro. E por aí fora.

    Aos iluminados que referenciei no princípio do texto dedico esta primeira e curta crónica, a quem julgava que o Sporting, que é de Portugal, estava num estado de profunda latência. A resposta está à vista. O leão está vivo e ruge bastante alto.

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