Momento verde e branco: o dia em que a Gazprom ganhou ao Sporting

    No dia 21 de outubro de 2014 o Sporting foi a Gelsenkirchen com a difícil tarefa de bater o Schalke 04. Os leões, então comandados por Marco Silva, sabiam que os alemães eram os principais adversários dado que, tal como o Sporting, lutavam pela segunda vaga de acesso à fase final da prova. Recorde-se de que nesse grupo estavam também os ingleses do Chelsea e os eslovenos do Maribor.

    O onze dos homens de Alvalade era composto por Rui Patrício, Cédric Soares, Maurício, Paulo Oliveira, Jonathan Silva, William Carvalho, Adrien Silva, João Mário, Nani, Carrillo e Slimani. Foram estes onze (mais três que entraram no decorrer da partida: Sarr, Diego Capel e Montero) que foram derrotados não pelo Schalke mas, como se costuma dizer, pela Gazprom, patrocinador dos alemães e da própria competição.

    Os leões até começaram bem o jogo e chegaram à vantagem logo aos 16 minutos. Após um canto batido ‘à Camacho’ por João Mário, Nani apareceu já dentro da área e, aproveitando o péssimo estado do relvado, atirou a contar, deixando assim o Sporting em vantagem.

    Porém, a partir daí quase nada correu bem ao Sporting. Slimani foi substituído por lesão aos 25 minutos de jogo e aos 34 os alemães chegaram ao empate: num livre batido para o interior da área leonina, Chinedu Obasi cabeceou e, aproveitando um clamoroso erro de Rui Patrício, restabeleceu a igualdade no marcador. Contudo, os ‘azares’ não ficaram por aí: aos 38 minutos, num lance muito discutível, Maurício foi amoestado com o segundo cartão amarelo e acabou mesmo por ser expulso.

    Já depois do intervalo, era notório o desalento dos homens de Alvalade. Os alemães aproveitaram isso mesmo e chegaram à vantagem no marcador por intermédio de Klaas Jan Huntelaar ao minuto 51: em posição irregular, o avançado holandês isolou-se e deu pela primeira vez na partida a frente do marcador aos homens de Gelsenkirchen. Nove minutos depois, foi graças a Benedikt Höwedes que os alemães aumentaram a vantagem:  aproveitando um livre batido por Boateng, o defesa central beneficiou de uma falha defensiva dos leões e aumentou e fez o terceiro da sua equipa.

    Todavia, o Sporting não desistiu e conseguiu voltar a rugir. Carrilo numa enorme arrancada pelo flanco esquerdo chegou até à área e só foi parado em falta. O árbitro apontou para a marca dos 11 metros e Adrien Silva, sem vacilar, reduziu a desvantagem no marcador à passagem do minuto 64. Quatorze minutos depois, aos 78’, o leão voltou a rugir e de novo por intermédio de Adrien Silva. Numa jogada de contra-ataque, Cédric Soares cruzou de forma quase perfeito para o médio português, que, sem tremer, cabeceou e repôs a igualdade no marcador.

    Os sportinguistas estavam já orgulhosos dos seus jogadores. Perante uma missão quase hercúlea, os homens de Marco Silva souberam estar à altura. Porém, num jogo que tinha já muita história para contar, o momento mais marcante ficou reservado para o último minuto do jogo.

    Numa tentativa de chegar ao golo, os alemães colocaram a bola na área, mais propriamente para Huntelaar. O avançado holandês cabeceou a bola embateu, nada mais nada menos, do que na cabeça de Jonathan Silva. Os homens de Schalke deram inclusive o lance por perdido, mas a equipa de arbitragem, surpreendendo tudo e todos (inclusive os alemães), marcou grande penalidade. Muitos foram os protestos por parte do Sporting. Todos com o devido fundamento ma nenhum deles foi atendido. O jogo acabou mesmo por se resumir a uma inglória derrota frente a uma equipa de arbitragem que derrotou por completa o emblema de Alvalade.

    Foto de Capa: UEFA

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Guilherme Anastácio
    Guilherme Anastáciohttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social e tem o sonho de ser um jornalista de eleição. O Sporting Clube de de Portugal é uma das maiores paixões que Guilherme tem, porém, é ao mote do lema da moda “Support your local team”que acompanha a equipa do Estoril-Praia. Sendo natural de Cascais, desde pequeno que apoia a equipa da linha e que é presença assídua no António Coimbra da Mota.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.