Na segunda parte, mais do mesmo. Houve muitos duelos a meio campo, muita luta, mas muito pouco discernimento. A equipa leonina não conseguiu carburar muito jogo ofensivo, também devido à boa exibição do adversário, principalmente na defesa e no meio campo. Muitos passes errados tornaram o encontro mal jogado e o espectro de um golo caído de céu que empatasse a partida assustou os sportinguistas até ao fim. Porém, os cónegos não criaram ocasiões que assustassem Rui Patrício e o melhor que o Sporting conseguiu foi um cabeceamento de Teo e um remate de Gelson Martins que passaram perto do poste esquerdo da baliza dos “axadrezados”.
Até ao fim, realce para a expulsão (mais uma) de Jorge Jesus, aparentemente por protestos dirigidos a Bruno Paixão. É ridícula a dualidade de critérios existente entre esta temporada e as seis em que JJ treinou o Benfica. É muito mais fácil expulsar o técnico desde que tem o leão ao peito. O Sporting soube sofrer e adaptou-se às difíceis condições atmosféricas, segurando o empate até ao término de um encontro onde as defesas se superiorizaram de forma clara aos ataques contrários.
O Sporting recuperou assim, provisoriamente, a liderança da Liga portuguesa, ficando à espera de ver o resultado do Benfica na receção ao Vitória de Setúbal, na próxima segunda feira. Já o Moreirense continua perto de garantir a permanência, e merece atingir esse objetivo. É uma das equipas sérias da nossa Liga e é inteiramente justo destacar a qualidade deste grupo de trabalho e do seu treinador Miguel Leal. Neste jogo, esteve privado de quatro jogadores titulares (Sagna por lesão, Vítor Gomes por castigo, Iuri Medeiros e João Palhinha por estarem emprestados pelo Sporting). Ainda assim, a equipa minhota esteve muito bem, foi mesmo um osso duro de roer e foi das que deu melhor imagem frente aos “verde e brancos” nesta Liga. Por isso, os meus parabéns ao Moreirense e o desejo que mantenham esta mentalidade, porque é de clubes destes que o campeonato precisa.
A Figura:
Sebastián Coates – Podia também destacar Slimani, que marcou mais um golo decisivo para uma vitória leonina. Mas prefiro enaltecer a exibição do central uruguaio. Admito que tenha sido demasiado ríspido em alguns lances, mas o Sporting precisava de um central destes. Tremendo no jogo aéreo, e sem nenhum pudor em jogar feio ou em derrubar adversários, quando não consegue atingir a bola. Um patrão é feito deste calibre.
O Fora de Jogo:
Equipa de arbitragem – Mais um jogo adulterado por erros de arbitragem. Só não foi mais do mesmo porque desta vez o principal beneficiado foi, imagine-se, o Sporting. O árbitro assistente não anulou o golo ilegal dos “leões”. No resto do jogo, Bruno Paixão foi igual a si próprio, ou seja, foi uma nódoa permanente na condução da partida. O maior exemplo foi a expulsão de Jorge Jesus.