Em 2010 são partilhadas na internet várias escutas telefónicas tendo como protagonista Jorge Nuno Pinto da Costa.
Nessas escutas, pode-se ouvir falar de “fruta”, “café com leite” e o processo é denominado de “apito dourado”. Nessas “conversas” pouco mais há a provar sobre a corrupção que embrulhava o futebol português. Repito, não existiam quaisquer dúvidas sobre ofertas e pressões no campo da arbitragem. Resultado: o caso foi arquivado por “falta de provas”. Passados uns anos, em 2016 volta-se a falar de resultados comprados no futebol português, desta vez, no segundo escalão, com suspeitas de “combinações de resultados”. Mais uma vez, por falta de provas e por ser inconclusivo… nada acontece.
Em 2017, por “pirataria informática”, uns emails são revelados pelo Porto Canal e a defesa do clube encarnado, de acordo com o advogado, baseia-se no seguinte: “o que interessa não é se os emails são verdadeiros ou falsos”, afirmando “o conteúdo dos emails são factos passados”. O problema é a “pirataria informática e a devassa da privacidade”. Sim, mas tem “fichados” todos aqueles que, de alguma forma falaram “contra” o clube vermelho e branco não é problema nenhum…
Já no final do ano de 2017, começam a surgir novos boatos de uma “combinação de resultados”, desta vez de um jogo da primeira divisão. Rapidamente essa combinação de resultados passou para cinco jogos a serem investigados por tentativa de corrupção. No seguimento destes acontecimentos, o Director de Comunicação do FC Porto, ao dar os parabéns ao seu Presidente, diz que “ao menos ele nunca mandou emails”.
Não há vergonha nenhuma nestes intervenientes… O futebol português está podre e tem que rapidamente se fazer aplicar a justiça. Se há dados e provas irrefutáveis, a justiça tem de ser aplicada, chega de cobardia e de vassalismos a qualquer clube (seja ele qual for).
Este é o meu desejo para o futebol português para 2018: que finalmente saia da lama em que está chafurdado!
Foto de Capa: http://fraudedesportiva.jogoremoto.pt