Grujic
O médio sérvio que atuou no lugar habitualmente ocupado por Uribe fez um jogo muito competente e foi a peça chave na estratégia portista. A forma como recuou para junto dos centrais permitiu controlar os movimentos em apoio de Paulinho e libertar os laterais para a escolta ao alas do Sporting CP. Com isso, o FC Porto retirou aos leões os seus pontos mais fortes, a largura e a profundidade.
Marchesín
A qualidade de Diogo Costa é inegável e a aposta num jovem de enorme qualidade e potencial da formação é mais do que justificável. Ainda assim, qualquer portista dorme descansado sabendo que está no banco um guarda-redes com a mesma qualidade (em alguns momentos do jogo acho, até, que o argentino supera Diogo Costa) do titular.
Na quinta-feira, uma vez mais, Marchesín voltou a apresentar-se em excelente nível e foi decisivo (a defesa que faz a remate de Matheus Nunes no início da segunda parte é de capital importância) para o triunfo portista. Pela exibição e pelo profissionalismo merece esta menção honrosa.
Homónimos
Pepe e Pepê. Por razões distintas merecem este destaque individual. Pepe porque esteve fora do Clássico até bem perto do início da partida e porque voltou a mostrar a importância que tem para a equipa. Pela qualidade que exibe, pela liderança e pela enorme experiência que tem.
Já o extremo brasileiro, merece que lhe sejam reconhecidos os méritos por um desempenho francamente positivo numa posição que não é a sua. Sérgio Conceição voltou a apostar em Pepê para a lateral direita defensiva (desta feita num jogo de máxima exigência) e este voltou a apresentar-se a um nível alto.
Toni
Última nota, como não podia deixar de ser, para Toni Martinez. O avançado espanhol decidiu o Clássico poucos segundos depois de entrar. Não tem a qualidade individual dos seus concorrentes, mas vai mostrando a sua utilidade sempre que é chamado à ação.
Apesar da menor utilização, mostra-se sempre disponível para ajudar a equipa e a forma como festejou o golo mostra bem o compromisso do jogador para com o treinador e os seus colegas de equipa e o carinho que tem pelo clube e pela cidade. E isso, por si só, merece este reconhecimento final.
Em suma, foi um jogo (e uma eliminatória) recheado de motivos de interesse (mais factos, momentos e protagonistas haveria a destacar) e do qual o FC Porto foi um justo vencedor. A época avança de forma galopante para o seu final e estão cada vez mais escancaradas as portas de um Maio totalmente azul e branco. Que assim seja.