Vindo do Racing Club, Acuña chegou na época passada para reforçar o plantel leonino. Jogador esquerdino, o extremo veio para ser orientado por Jorge Jesus tendo sido um dos atletas mais utilizados pelo antigo treinador do Sporting CP. Atualmente continua a ter uma influência reconhecida, tanto por José Peseiro, como por Marcel Keizer.
Na temporada passada o argentino ocupou desde logo lugar de destaque no corredor esquerdo leonino. Apesar de não ser um criativo, a sua inteligência tática equilibrava a equipa de modo a que a sua performance fosse constante.
Este ano, uma nova posição foi-lhe atribuída, tendo realizado alguns jogos a defesa esquerdo – posição que aliás já conhecera na seleção argentina. Contudo, temos de ser claros: Acuña tem um melhor desempenho em zonas mais avançadas. A forma como equilibra o corredor e ainda faz a bola chegar com qualidade, tanto à área, como aos seus colegas, fazem dele um dos jogadores-chave do plantel. Tal facto é comprovado com a corrente aposta do treinador holandês em Acuña.
Individualmente, Acuña é um jogador forte fisicamente, apesar de não ser muito alto, muito agressivo (por vezes em demasia), com qualidade de cruzamento e de passe. Não é, no entanto, um poço de técnica, mas a sua garra faz com que ganhe muitas bolas aos jogadores contrários e que crie condições para cruzar com qualidade. Além disto, de notar a sua capacidade de proteção à bola devido à sua força física, o que faz com que seja muito difícil ser desarmado.
No livro de Bruno de Carvalho, o ex-presidente do Sporting CP refere que o argentino queria também rescindir contrato com o clube, mas não havia recolhido os pressupostos necessários. Sendo ou não verdade, o certo é que Marcos Acuña sempre demonstrou compromisso com o emblema leonino e a sua entrega nunca será posta em causa.
Concluindo, no atual plantel, Acuña é um dos imprescindíveis do onze. É verdade que não é um dos jogadores que faz fintas de levantar o estádio, mas a sua regularidade e qualidade naquilo que faz, conferem-lhe um estatuto de acarinhado em Alvalade. Fala-se da hipótese da sua saída para o estrangeiro, mas até hoje, quando veste a verde e branca deixa tudo em campo. E isso ninguém lhe pode apontar.
Foto de Capa: Bola na Rede
artigo revisto por: Ana Ferreira