É mesmo verdade: o homem do mortal está mesmo de volta!
Após uma época de pouco sucesso na Lazio, que o deixou de fora dos convocados de Fernando Santos para o Mundial na Rússia, Luís Carlos Almeida da Cunha, ou Nani se preferir, está de regresso a casa. Impera agora a pergunta: será para relançar a carreira ou para terminar em beleza?
Analisemos então aquilo que foi a carreira de Nani e o atual momento da mesma. Lançado por Peseiro em 2005, técnico que encontrará agora na turma de Alvalade, Nani rapidamente se evidenciou como uma das muitas pérolas fabricadas em Alcochete. Um ano depois, lançado por Luiz Felipe Scolari, Nani fez a estreia em jogos pela seleção A numa partida frente à Dinamarca. O extremo aproveitou logo a oportunidade e estreou-se também a marcar pela seleção. Já em 2007, Nani protagonizou uma transferência milionária: quatro anos depois de ter pescado em Alvalade (com a contratação de Ronaldo), Sir Alex Ferguson desembolsou 25 milhões de euros para contar com o extremo nascido na Amadora.
Nani seguia assim as pegadas de Cristiano Ronaldo ao prosseguir a carreira em Old Trafford. Logo no primeiro ano, venceu a Liga dos Campeões e marcou no desempate de grande penalidade na final contra o Chelsea. Porém, a partir daí, Nani mergulhou numa maré de lesões, que nunca mais o deixou ser o jogador de outrora. Mesmo com o lugar garantido na seleção, foi perdendo espaço entre os prediletos de Alex Ferguson.
No ano de 2014, com o claro objetivo de relançar a sua carreira, Nani voltou ao Sporting, então treinado por Marco Silva. Rapidamente se assumiu como uma das vozes da equipa e a época até lhe correu bem: venceu a Taça de Portugal e realizou 37 jogos. Porém, no ano seguinte, não conquistou um lugar no plantel do Manchester United e acabou por ingressar no Fenerbahçe. Já na equipa turca, Nani acabou por marcar doze golos em 47 partidas.
Em 2016, durante o Europeu em que foi campeão europeu e capitão na final, Nani foi anunciado como jogador do Valência. Esperava-se que Nani tivesse já a sua carreira bem relançada, mas a época em Espanha não lhe correu bem: novamente atormentado pelas lesões, realizou apenas 26 jogos e marcou por cinco ocasiões. Apenas um ano depois, Nani foi emprestado à Lazio e aí obteve números manifestamente reduzidos: marcou três golos e participou apenas em dezoito jogos da turma romana.
Ao analisar estes números, é percetível que Nani não está no auge da sua carreira. No entanto parece ser ainda bem capaz de ajudar a equipa que o formou. Para os adeptos é bom ver que enquanto uns fogem, outros vêm para ajudar o clube que os criou.
Resta assim a interrogação: é para recomeçar ou para acabar?
Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal
artigo revisto por: Ana Ferreira