Numa primeira instância, os factos: sou adepto de um clube rotulado de “grande do futebol português” – por mais interpretações e juízos que daí se possam extrair – e possuo um sentimento de compaixão e de vínculo, ainda que mais tardio, com o Moreirense FC, clube da terra na qual colori a maior parte da minha infância. Perante este desabafo, e ainda no campo factual, fui também vítima do bairrismo bacoco e da diversidade argumentativa que suporta a bizarria infundada.
Numa segunda instância, o prazer oculto: em todo e qualquer campeonato, apraz-me assistir a uma partida na qual alegadamente está na moda a equipa que preencha uma checklist do supremo, ou seja, seja desarmada, dominada e esconjurada. A igualdade, palrada desde o urro dos primatas, atinge o futebol com pequenas alfinetadas, e ver isso é estimulante.
Uma equipa que não recue, que aproveite meticulosamente as debilidades defensivas e que urda uma tática responsável que cesse a atividade das peças chaves adversárias não se agiganta perante o dito gigante? Como na gíria se distancia o “à vontade” do à vontadinha”, no futebol urge segregar o “respeito” do “respeitinho”. Que se deixe de pedir licença para trespassar a soleira da porta quando os dois pés já a transpuseram!
Em conformidade com a moratória, encerram-se aqui cinco exemplos ilustrativos: