Está na altura de Amorim dar o salto na sua carreira?

    Sporting

    Rúben Amorim é, por esta altura, o melhor treinador da Liga Portuguesa e, provavelmente, o melhor treinador português da atualidade.

    A sua carreira de jogador profissional de futebol foi sempre marcada por um ritmo constante de coerência, perseverança e resiliência, que não fizeram de si um jogador extraordinário, mas sim um jogador confiável, útil a qualquer treinador, que sabia interpretar os aspetos táticos no campo com relativa facilidade. E, por isso mesmo, é isto que vemos quando olhamos para a faceta de treinador do antigo jogador português, porque vemos esta tal serenidade, confiança em si mesmo, mas, ao mesmo tempo, a vontade de aprender cada vez mais dando sempre espaço aos seus próprios erros e aos erros dos seus jogadores.

    Hoje em dia, é perfeitamente normal dizermos que Rúben Amorim é um grande treinador, porque transformou uma equipa sem brilho e sem qualidade no seu jogo, numa equipa vencedora e que transborda alegria dentro das quatro linhas. Mas será que o técnico português já tem o que é preciso para assumir o banco de uma grande equipa?

    A mim parece-me que, apesar de ainda achar que Rúben Amorim não provou nada de muito relevante em grandes palcos internacionais, a aposta em jovens treinadores deve continuar e, por isso, acredito que Rúben é o treinador jovem moderno em que as grandes equipas têm de apostar, porque é de facto aquele que ainda tem alguma coisa a provar em contextos diferentes. A saída do treinador do Sporting para reforçar um dos grandes clubes da Europa parece-me inevitável e, por esta altura, é o Liverpool que está na pole position pelo técnico português, o que me deixa muito entusiasmado! É interessante perceber o que Amorim pode realmente acrescer a um clube com tão larga história, para além de podermos já traçar de antemão alguns aspetos: será que vai levar consigo alguns dos seus craques?; será que vai manter o esquema de três centrais?; será que Gyokeres será o seu ponta de lança?

    Estas perguntas difíceis de responder, mas abrem todo um leque de discussão entre os amantes do futebol que podem assim ver mais um treinador muito jovem a assumir a cadeira de sonho! Acredito muito nas capacidades de Rúben Amorim, porque já percebeu que é um treinador concentrado em aprender e evoluir, focado no crescimento e valorização dos seus jogadores, muito ambicioso e sem medos nenhuns, o que lhe acrescenta ainda uma tal coragem que pode fazer a diferença ao mais alto nível. Para além do Liverpool, parece-me que o próprio Chelsea podia ser uma opção de carreira interessante, ainda que acredite que seja mais arriscado rumar a Stamford Bridge do que a Anfield Road, porque a tal margem de erro que falei anteriormente pode ser maior nos reds no que nos blues, e assim beneficiar o técnico português.

    Sporting e Farense a jogarem e Rúben Amorim a dar instruções
    Fonte: Edmilson Monteiro/Bola na Rede

    Em conclusão, seja em Inglaterra ou não, e seja ou não o Sporting o campeão, acredito que o ciclo do treinador do Sporting vai chegar ao fim. Rúben já deu muito de si ao clube leonino e merece, merece muito uma oportunidade num grande clube, que lhe permita lutar por títulos importantes. À imagem do que Xabi Alonso acabou de fazer, Rúben pode ser a próxima grande sensação de um lote de treinadores jovens interessantes e, pessoalmente, estou em pulgas para ver onde vai parar Amorim!

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    Bernardo Santos
    Bernardo Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Licenciado em Comunicação Empresarial e Relações Públicas, é um apaixonado por futebol desde tenra idade. O jovem natural de Tomar, mas residente em Lisboa, é um poço de sonhos por realizar, sendo que ser uma voz ativa no mundo do futebol é um deles! Comunicador, simpático, bem humorado e cheio de energia, assim é o Bernardo! Para solidificar os seus conhecimentos no desporto rei, completou os níveis I e II de Scouting no futebol, para além de uma formação de Team Manager. Atualmente, trabalha no departamento de comunicação internacional de uma grande empresa e divide o seu tempo entre as suas paixões e os seus vícios.