Sporting 1-0 Nacional: Com Slimani, quem precisa do veneno da cobra?

    porta

    Na ressaca de uma derrota caseira pouco expectável frente ao Lokomotiv, o Sporting apresentou-se em Alvalade para o jogo frente ao Nacional da Madeira disposto a continuar na liderança da Liga NOS. De novo sem o André Carrillo nos convocados, Jesus voltou a apostar em Gelson Martins no onze titular; Slimani também voltou ao onze, assim como Naldo, num sinal claro de que este jogo era de vital importância para Jorge Jesus e seus discípulos.

    O início da partida trouxe Slimani a tentar agitar as águas de forma célere, mas com o passar dos primeiros quinze minutos o jogo acabou por entrar num registo mais morno. Gelson conseguiu aqui e ali chamar a atenção do público presente, público esse que tanto anseia por ver na jovem pérola leonina o substituto natural do extremo peruano. Do lado oposto, Ruiz parecia ser a peça menos em foco dos leões, com algumas decisões lentas e faltas de entendimento com a linha avançada.

    À passagem da meia hora de jogo, Nuno Sequeira foi expulso por acumulação de amarelos, após falta sobre Islam Slimani, ficando algumas dúvidas sobre a severidade com que o árbitro Fábio Veríssimo puniu o defesa do Nacional da Madeira. Apesar de ter aumentado o perigo perto da baliza dos madeirenses, os leões voltaram a ter dificuldades num capítulo essencial do jogo, a finalização, sendo assim natural o nulo com que se chegou ao intervalo, mas não sem antes de Slimani ter visto a cartolina amarela, após protestos.

    Slimani e Teo foram de novo aposta na frente de ataque
    Fonte: Facebook do Sporting Clube de Portugal

    Uma primeira parte que veio, um pouco contra as primeiras impressões da partida, mostrar as fragilidades que o Sporting tem no que toca a criar situações claras de golo. Muita posse, algum caudal ofensivo de relevo, mas poucas oportunidades para fazer golo.

    Foi sobre este mesmo registo que se iniciou o segundo tempo. Slimani, sempre ele, chegou a ter por duas vezes a hipótese de alvejar a baliza do Nacional, mas em ambas as situações a concretização não foi a ideal. A primeira mexida de Jorge Jesus, com a entrada de Montero para a saída do compatriota Gutiérrez , fez mexer o jogo leonino, conseguindo “el avioncito” entender-se de forma mais concisa com Slimani; mas o Sporting começava a dar sinais de intranquilidade, contra um Nacional reduzido a dez elementos e cada vez mais preocupado em defender o resultado que lhe garantia um ponto, começando a jogar com o relógio e com o nervosismo leonino.

    O jogo foi se desenrolando até aos derradeiros minutos, com um Sporting instalado no meio campo contrário, com muita posse de bola mas raramente incomodando Rui Silva, que continuava a perder muito tempo nas reposições de bola. O golo leonino acabou por surgir numa jogada de entendimento entre dois jogadores lançados por Jorge Jesus na segunda parte; Mané assiste Fredy Montero com um pormenor digno de relevo e o avançado “cafetero” atira para o solitário tento da partida.

    Esta foi a primeira vitória do Sporting de JJ sem golos sofridos para o campeonato, um registo que já não acontecia desde a conquista da Supertaça de Portugal frente ao rival Benfica. O Sporting continua a ser uma equipa em construção e em crescimento, mas com um claro défice na concretização. Este jogo demonstrou também a importância que Super Sli tem na equipa verde e branca. O argelino é a principal referência no ataque, servindo também de um apoio para tabelas para os seus colegas.

    A Figura:

    Curva Sul – Na primeira noite de Outono, que trouxe consigo o frio, os adeptos leoninos demonstraram a lealdade habitual, com a presença de trinta mil pessoas nas bancadas. Bastante bom para um jogo realizado às 21 horas de uma segunda feira.

    O Fora de jogo:

    Bryan Ruiz – O costa-riquenho continua sem deslumbrar em Alvalade. Um jogo a passada lenta, com demora nos processos e repetidas faltas de comunicação. A precisar de descanso após dois anos com poucas férias.

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    Vítor Miguel Gonçalves
    Vítor Miguel Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    Para Vítor, os domingos da sua infância eram passados no velhinho Alvalade, com jogos das camadas jovens de manhã, modalidades na nave e futebol sénior ao final da tarde.